Não se fala em outra coisa: Ibovespa espera discurso de Powell com investidores na expectativa de emplacar novos recordes
Ibovespa devolveu quase 1% dos ganhos recentes em meio a um movimento de realização de lucros na quinta-feira, mas reteve os 135 mil pontos

Os mercados financeiros começaram a semana já querendo sextar. Isso porque, nos últimos dias, o foco dos investidores concentrou-se quase exclusivamente nas expectativas em relação ao discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de banqueiros centrais de Jackson Hole.
Enfim, a sexta-feira chegou e não se fala em outra coisa. Quem atua no mercado financeiro quer saber o que Powell vai dizer. O discurso está programado para as 11h.
Enquanto Powell não fala, os investidores testam suas habilidades divinatórias. Eles têm certeza de que o presidente do banco central norte-americano vai sinalizar o início de um ciclo de corte de juros para a reunião de política monetária de setembro.
Isso deixa duas questões em aberto:
- De quanto será o primeiro corte?
- Quais serão a extensão e a magnitude do ciclo como um todo?
Para a primeira questão, a maior parte dos investidores acredita que o Fed começará com um corte de 25 pontos-base. Será o suficiente para que o primeiro corte em mais de quatro anos retire os juros norte-americanos do nível mais elevado em duas décadas.
A segunda questão é bem mais complexa — e é improvável que ela seja respondida hoje.
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Ontem, depois de estabelecer recordes de fechamento por três pregões seguidos, o Ibovespa devolveu quase 1% dos ganhos recentes. Foi um ajuste à percepção de que o Fed começará a cortar os juros na maciota. Em outras palavras, realização de lucros.
Ainda assim, o principal índice da bolsa brasileira segurou-se acima dos 135 mil. O que será daqui até o fim do ano depende quase exclusivamente do que Powell sinalizará hoje em Jackson Hole. O perigo é ele não dizer nada.
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