🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

A VISÃO DO GESTOR

Onde Investir em 2024: Bolsa tem espaço para subir mais e juros podem cair a 8,5% ao ano — se fiscal permitir, diz CEO da Bradesco Asset

Para Bruno Funchal, CEO da Bram e ex-secretário do Tesouro, com a queda dos juros será inevitável ver uma migração de recursos da renda fixa para a bolsa em 2024

Camille Lima
Camille Lima
2 de janeiro de 2024
6:53 - atualizado às 8:45
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management - Imagem: Divulgação

Ex-secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal fala com propriedade ao ser questionado sobre o cenário para 2024 nos fundos que comanda hoje como CEO da Bradesco Asset Management (Bram).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tanto aqui quanto no exterior, o risco fiscal deve permanecer no centro das atenções dos investidores neste ano, de acordo com o executivo, responsável por um patrimônio de quase R$ 550 bilhões na gestora.

Lá fora, temos a dívida norte-americana e um déficit elevado pressionando os juros de longo prazo. Enquanto isso, o Brasil tem seus próprios desafios para colocar de pé o novo arcabouço fiscal.

Mas o tema dos riscos ocupou pouco tempo da entrevista de quase uma hora que Funchal concedeu ao Seu Dinheiro na sede da gestora de fundos do Bradesco. Ao contrário, o executivo se revelou até mais animado do que a média do mercado.

No caso da Selic, por exemplo, a expectativa da Bram é que o Banco Central só interrompa o ciclo de cortes quando a taxa básica de juros chegar aos 8,5% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O mercado está na casa de 9% ao ano de projeção para a Selic no fim de 2024, mas a gente está ainda mais otimista”, afirmou Funchal.

Leia Também

A queda da Selic deve provocar outro movimento que é praticamente inevitável, na visão do CEO da Bram: a migração de recursos que hoje estão na renda fixa para a bolsa.

Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir em 2024. Eis a lista completa:

  • Investimentos no exterior
  • Cenário macro: a visão do gestor (você está aqui)
  • Bolsa
  • Renda fixa
  • Bitcoin e criptomoedas
  • FII e imóveis
  • Dólar e ouro
  • 5 ideias de negócios e franquias de até R$ 50 mil para abrir em 2024

A bolsa vai voltar em 2024?

Para Funchal, com os cortes da Selic propostos pelo Comitê de Política Monetária (Copom), haverá uma forte retomada do apetite ao risco em 2024.

Se nos anos de 2022 e 2023 os fundos DI e de crédito brilharam, neste ano a situação deve mudar. Assim, uma das classes de investimentos diretamente beneficiada é a renda variável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um estudo da Bram revelou que a bolsa tende a se valorizar cerca de dois dígitos em ciclos de queda de juros no Brasil.

“Quando você analisa os últimos cinco ciclos de queda, a valorização média da bolsa é de mais de 60%. Isso começa a ser um indicativo de que é possível ter um retorno acima do CDI. E, com CDI menor, é natural que o público comece a procurar ativos de risco”, disse Funchal.

Segundo a pesquisa da gestora do Bradesco, historicamente, a bolsa valorizou 64% na média, a partir do período de queda. Desse percentual, cerca de 40% de alta tende a acontecer no primeiro ano, enquanto o avanço no segundo ano chega a aproximadamente 20%.

Ou seja, os recordes sucessivos do Ibovespa em dezembro são um sinal de que podemos estar em um novo ciclo positivo para a bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De todo modo, a disparada recente ainda não afetou de forma significativa o comportamento do investidor, que nos últimos dois anos sacou bilhões de reais dos fundos multimercados e de renda variável.

Quem sobe?

Recentemente, porém, essa sangria diminuiu, e a tendência é que os fundos mais arrojados voltem às carteiras, segundo Funchal. E quem perdeu essa primeira "pernada" da bolsa ainda pode ganhar dinheiro com ações?

“Acredito que, em 2024, veremos uma queda dos juros também no exterior, e isso favorece muito os ativos de risco. Ou seja, ainda tem espaço para o investidor extrair valor tanto no curto quanto no médio prazo”, disse Funchal.

Nesse sentido, as ações que ficaram para trás no rali mais recente da B3 e as empresas cíclicas e mais sensíveis aos juros estão entre as com maior potencial, ainda de acordo com o CEO da Bradesco Asset.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, a queda da Selic ainda pode dar um gás extra para as companhias mais endividadas. “Existe um benefício da queda dos juros no balanço das empresas, especialmente para as mais alavancadas.”

Na prática, o juro menor deve melhorar o resultado dessas empresas e por consequência, provocar uma reprecificação dos papéis na B3, segundo Funchal.

É claro que esse caminho não será uma linha reta e não está livre de riscos. Por isso mesmo, ele recomenda prudência para o investidor mais conservador na hora de realocar a carteira.

Juros e dólar em 2024

No fim das contas, o que embasa a tese da Bradesco Asset Management para bolsa é a expectativa de queda da Selic em 2024. Esse otimismo se sustenta em dois principais pilares: a inflação no Brasil e os juros nos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre o primeiro ponto, Funchal chama a atenção para uma métrica que parte do mercado tem deixado de lado ao avaliar a dinâmica dos preços: o núcleo da inflação — que exclui os itens mais voláteis do cálculo.

“A gente vê espaço para uma queda maior dos juros porque os núcleos dos índices de inflação apontam para uma desinflação muito forte, além de já estarem abaixo do centro da meta”, destaca Funchal.

Já em relação ao exterior, a expectativa mais controlada com os juros nos EUA ajuda nas previsões de cortes da Selic pelo Copom.

Apesar do discurso mais contido das autoridades, em particular do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, o mercado já dá o início do corte de juros nos Estados Unidos como favas contadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tudo isso dá impulso aos ativos de risco no mundo inteiro, incluindo a bolsa, e também aumenta a margem para o BC brasileiro cortar a Selic, segundo Funchal.

Por outro lado, ele afirma não ver espaço para o Copom acelerar o ritmo de cortes da Selic. Ele inclusive enxerga uma aceleração do afrouxamento monetário por Roberto Campos Neto como um possível “tiro no pé” para o futuro dos juros e da inflação no Brasil.

Câmbio comportado

Com a expectativa de bolsa para cima e juros para baixo, para onde vai o câmbio? Para nenhum lugar, de acordo com a expectativa do CEO da Bradesco Asset. 

Na visão de Funchal, o dólar é uma das variáveis econômicas mais bem precificadas para este ano e não deve passar por mudanças intensas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Bram defende que o real está protegido de novas desvalorizações — mas também não tem muitos gatilhos para subir contra o dólar.

A projeção de Bruno Funchal é que o dólar encerre 2024 próximo dos patamares atuais, entre R$ 4,90 e R$ 5,00.

Risco fiscal por todo lado em 2024

Responsável pela "chave do cofre" do governo federal entre 2020 e 2021, Bruno Funchal reforçou o discurso dos tempos em que atuou como secretário do Tesouro ao destacar a importância do controle fiscal para o cenário econômico e dos mercados neste ano.

E essa não é uma questão exclusiva do Brasil. O risco fiscal também promete dar dor de cabeça aos investidores nos Estados Unidos, onde não há uma previsão de uma redução de déficit no curto prazo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A dívida americana vai aumentar muito, podendo manter os juros [projetados pelos títulos de dívida do governo] de 10 anos altos. Isso é um risco porque tira liquidez do mundo, e pode ser um dificultador aqui para o Copom avançar nos cortes de juros no Brasil”, afirma Funchal.

No Brasil, o executivo destaca que a condução política em relação às metas fiscais é um dos principais riscos para 2024. Para ele, o país precisa lutar para manter a credibilidade, especialmente diante do novo arcabouço e da meta de déficit zero neste ano.

“O novo regime depende muito de expectativas. Se você tem um arcabouço que não tem credibilidade, o país começa a mexer nessa proposta para gastar mais, o que resulta em mais juros e na piora do crescimento da economia.” 

Funchal está no grupo dos que defendem o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas defende que o governo siga perseguindo a meta de déficit zero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Por enquanto, Haddad tem tido algumas vitórias nas batalhas, mas a guerra ainda não acabou.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar