É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Para o Itaú BBA, os investidores brasileiros deveriam se preparar para colocar um novo ativo na carteira de investimentos — desta vez, uma ação menos falada do setor de papel e celulose, mas com valuation mais atrativo que as rivais: a Irani (RANI3).
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025.
- Ibovespa no ‘chinelo’: Seu Dinheiro abre acesso à carteira de ações que rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação
A cifra representa um potencial de valorização de aproximadamente 45,5% em relação ao último fechamento.
“Acreditamos que há escassez de valor para um ativo puro de papel e embalagens no mercado brasileiro e que o atual nível de valuation parece atraente”, disse o banco.
Há três motivos principais por trás da visão otimista dos analistas para as ações da Irani.
1 - O valuation atraente da Irani (RANI3)
O primeiro deles diz respeito a preço. Para o banco, a Irani (RANI3) encontra-se em um ponto de entrada atraente após a queda de mais de 30% dos papéis na B3 desde janeiro — desempenho bem abaixo do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira.
Leia Também
A queda das ações foi resultado de balanços mais enfraquecidos e de menores retornos com dividendos (dividend yield) neste ano.
Na conta dos analistas, a Irani negocia a um múltiplo de 4,7 vezes o valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) projetado para 2025 — bem abaixo do valuation dos pares domésticos e internacionais e ainda inferior à média histórica da companhia, de 6 vezes.
“A Irani possui uma tese de investimento diferente de seus pares listados no Brasil, apesar de também ser uma história de crescimento. Por um lado, a empresa é menor e possui níveis de liquidez muito inferiores em comparação com a Suzano e a Klabin, o que poderia resultar em um desconto. Por outro lado, a Irani é um produtor puro de papel e embalagens, o que traz resiliência aos resultados e deve comandar um prêmio de valuation em relação a produtores puros de celulose”, avaliaram os analistas.
2 - Melhora do balanço nos próximos trimestres
Além disso, o Itaú BBA vê um momentum positivo de lucros para os próximos trimestres diante da perspectiva sólida para papel e embalagens.
A visão é apoiada pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado e uma potencial queda nos preços das aparas — as embalagens retornadas após o seu uso para reciclagem — à medida que o fornecimento se normaliza.
Por ser o único player “puro” de papel e embalagens listado no Brasil, a Irani está bem posicionada para surfar as tendências da indústria de papel e embalagens de longo prazo, considerando as fortes perspectivas de crescimento da demanda, segundo o Itaú BBA.
“A melhoria do momento dos ganhos e uma avaliação atraente criam um ponto de entrada interessante, com potencial de valorização de 45% para nosso preço-alvo no final de 2025”, destacaram os analistas.
O banco também projeta um dividend yield “decente” de cerca de 6%, além de um retorno de cerca de 9% no fluxo de caixa livre (FCFY) de 2025 a 2027.
“Não apenas gostamos da dinâmica de longo prazo para o segmento de papel e embalagens, mas também acreditamos que a Irani está bem posicionada para se beneficiar do momento positivo dos lucros nos próximos trimestres, impulsionada principalmente pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado”, disse o banco.
3 - Os frutos dos investimentos da Irani (RANI3)
A colheita dos frutos de investimentos passados é outro ponto que anima os analistas.
Desde 2020, a Irani (RANI3) investiu aproximadamente R$ 985 milhões — equivalente a cerca de 60% de seu valor de mercado — na Plataforma Gaia, que inclui 11 projetos voltados para redução de custos, aumento da produção e modernização da base de ativos.
Agora com quase 85% do capex total previsto para o projeto (de R$ 1,2 bilhão) já realizado, os analistas avaliam que a Irani está à beira de colher a maioria dos benefícios.
Segundo o banco, os projetos se traduzirão em maiores volumes, custos mais baixos e um melhor mix de vendas, com maior produção de papel flexível — que possui um portfólio diversificado focado na produção de papel para sacolas usadas em várias indústrias e normalmente conta com margens mais altas.
Isso resultaria em um maior Ebitda nos próximos anos, com riscos de execução limitados, de acordo com o Itaú BBA.
Além disso, a Irani é o quinto maior produtor de papelão ondulado no Brasil — um mercado resiliente e com forte correlação com o crescimento do PIB, com desempenho impulsionado pela demanda nos setores de e-commerce, entrega e alimentos.
- VEJA MAIS: 40% dos gestores apontam o setor de serviços básicos como o favorito para investir agora – veja um papel que pode disparar e pagar dividendos neste cenário.
As preocupações do Itaú BBA sobre as ações RANI3
Para o Itaú BBA, uma das preocupações quanto ao futuro das ações RANI3 é a possibilidade de a Irani realizar um novo ciclo de crescimento, batizado de Plataforma Neos, que se traduziria na maior rodada de investimentos da história da empresa.
De acordo com a Broadcast, a empresa está considerando expandir ainda mais a produção de papelão ondulado, além de aumentar a base florestal e a produção de papel.
Ainda que não esteja claro se o potencial projeto será financiado com dívida ou capital próprio, a direção da Irani manteve o discurso de foco em desalavancagem e manutenção da dívida líquida/Ebitda dentro da meta de 2,5 vezes.
“Estamos positivos sobre o projeto, mas os investidores estão mais cautelosos. Apesar das informações limitadas disponíveis sobre o projeto, acreditamos que alternativas orgânicas poderiam ser positivas para a Irani, considerando a perspectiva otimista para a demanda por papel e papelão ondulado no país”, disse o Itaú BBA.
Para os analistas, o conselho da Irani só aprovaria uma expansão que, além de oferecer níveis decentes de taxa interna de retorno (TIR), não comprometesse a posição de alavancagem da empresa.
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
