Cielo (CIEL3) dispara com oferta de Bradesco e Banco do Brasil pelas ações dos minoritários. O que dizem os analistas sobre a OPA?
Bradesco e Banco do Brasil se propuseram a pagar R$ 5,35 por ação CIEL3 para abocanhar os papéis dos minoritários da empresa de maquininhas
Se os acionistas da Cielo (CIEL3) esperavam tirar a noite da última segunda-feira (05) para analisar os números do balanço do quarto trimestre de 2023, os controladores da empresa de maquininhas roubaram a cena com uma notícia ainda mais picante: uma oferta pública de aquisição (OPA) bilionária na B3.
O anúncio de Bradesco e Banco do Brasil veio após o fechamento dos mercados ontem, quando os bancos se propuseram a pagar R$ 5,35 por papel CIEL3 para abocanhar as ações dos minoritários da companhia.
Hoje, as instituições somam uma participação conjunta de 58,7% na empresa. Porém, caso a OPA aconteça, a fatia do Banco do Brasil na Cielo pode chegar a 49,9%, enquanto o Bradesco ficará com 50,1% do capital, com a Cielo deixando de vez a bolsa brasileira.
As ações das empresas operam em forte alta no pregão desta terça-feira (06). Por volta das 13h40, os papéis da Cielo (CIEL3) subiam 3,58%, negociados a R$ 5,21 — no maior patamar desde maio de 2023. Acompanhe nossa cobertura completa de mercados.
No mesmo horário, as ações do Bradesco (BBDC4) avançavam 5,05% na B3, a R$ 16,42. Enquanto isso, os papéis do BB (BBAS3) marcavam uma alta mais tímida, com valorização de 1,42%, a R$ 59,17.
A OPA da Cielo (CIEL3)
Como dito anteriormente, a noite de ontem reservou o comunicado da oferta pública de aquisição (OPA) das ações da Cielo (CIEL3) e os números financeiros e operacionais referentes ao quarto trimestre de 2023.
Leia Também
No caso da OPA, a proposta do Bradesco e do Banco do Brasil é de R$ 5,35 por ação, equivalente a um prêmio de 6,36% em relação ao fechamento de ontem.
Segundo a Genial Investimentos, o valor será ajustado por proventos, incluindo os juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 410 milhões que serão pagos em abril de 2024.
Os acionistas controladores ainda solicitam à CVM a conversão do registro da empresa da categoria A para B e a saída da companhia do segmento Novo Mercado da B3 — o nível mais alto de governança corporativa da bolsa de valores brasileira.
Vale destacar que, para a OPA ir adiante, os bancos ainda precisam convencer os acionistas minoritários.
Segundo a análise da Genial, do ponto de vista dos negócios, o fechamento de capital da Cielo é positivo não só para a companhia, como também para os acionistas controladores.
“O cenário de adquirência passou por mudanças significativas e a perspectiva de um negócio consistentemente rentável é baixa. O Itaú, com a Rede, e o Santander, com a Getnet, conseguiram integrar vendas cruzadas de produtos bancários e adquirência de forma mais eficaz do que o Bradesco, Banco do Brasil e Cielo”, escreveram os analistas, em relatório.
- VEJA TAMBÉM EM A DINHEIRISTA - Posso parar de pagar pensão alimentícia para filha que não vejo há quatro anos?
OPA da Cielo (CIEL3) pode ajudar o Bradesco (BBDC4), dizem analistas
Na visão do BTG Pactual, a oferta pública foi uma surpresa, mas “faz muito sentido” para os controladores — especialmente para o Bradesco.
Isso porque esse tipo de negócio não é inédito no setor de maquininhas de pagamento. Pelo contrário, aliás.
Em 2012, o Itaú (ITUB4) decidiu tirar da bolsa a Rede após cinco anos de listagem. Enquanto isso, o Santander concluiu a oferta por todas as ações da Getnet em 2022, um ano após a chegada da empresa na B3.
Nos últimos dois anos, o principal concorrente do Bradesco, conseguiu integrar a Rede em sua recém-criada vertical de pequenas e médias empresas (SMB).
Para os analistas do BTG, o Bradesco deve seguir a mesma estratégia. “Acreditamos que o Bradesco deveria focar fortemente no segmento SMB para sua recuperação à medida que continuamos a ver elevado potencial de crescimento e margens.”
A expectativa é que o novo CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, discuta o novo plano estratégico com o mercado na próxima quarta-feira (07), durante a teleconferência de resultados do banco. Aliás, Noronha é ex-presidente da Cielo.
Destaques do balanço do 4T23
A Cielo (CIEL3) encerrou o ano de 2023 com o melhor resultado em cinco anos. O lucro líquido recorrente chegou a R$ 1,9 bilhão no ano passado, um aumento de 26% em relação a 2022.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente subiu 25,1% na mesma base de comparação, para R$ 4 bilhões, enquanto a margem Ebitda ficou em 38%.
Para o BTG Pactual, a surpresa positiva do balanço veio de volumes mais fortes da Cielo. O volume de pagamentos processados (TPV) subiu 12% em relação ao trimestre anterior, mas com um recuo de 4% na base anual.
Outro destaque do resultado veio da Cateno, joint venture do Banco do Brasil com a Cielo, que registrou receita líquida de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre, alta de 5,2% em comparação com o mesmo período de 2022.
Vale relembrar que a Cielo é dona de 70% do negócio, enquanto o BB detém uma participação de 30%.
“A Cateno foi positivamente beneficiada por maiores volumes e mix mais favorável de produtos”, afirma a Genial.
Segundo os analistas, a companhia ainda foi ajudada pela menor despesa financeira no consolidado devido à queda da taxa básica de juros no Brasil, a Selic.
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
