BB Investimentos rebaixa CSN Mineração (CMIN3) para venda — e analistas revelam seis motivos para desconfiança com as ações
Para analistas, os papéis estão sendo negociados com prêmio de 36% sobre o múltiplo de valor de firma sobre Ebitda histórico e seguem com elevada volatilidade
Mesmo depois do lucro mais do que triplicar no segundo trimestre, um bancão encontra-se pessimista com a CSN Mineração e acaba de rebaixar a mineradora. O BB Investimentos (BB-BI) revisou de “neutra” para “venda” a recomendação para as ações CMIN3.
Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 5,90 para o fim de 2025, o que implica uma desvalorização potencial de 18% em relação ao último fechamento.
Os papéis reagiram em queda na bolsa brasileira e figuravam entre as maiores baixas do Ibovespa nesta tarde de sexta-feira (27), com recuo de 2,22% por volta das 15h15, a 7,040. No ano, a desvalorização chega a 6%.
A mineradora atualmente é avaliada em cerca de R$ 38,5 bilhões.
Ação da CSN Mineração (CMIN3) já subiu tudo o que podia?
O BB Investimentos revelou seis motivos por trás do pessimismo com as ações da CSN Mineração (CMIN3).
O primeiro deles está relacionado justamente ao balanço da mineradora. Segundo os analistas, a forte oscilação no desempenho operacional da companhia entre os trimestres “limita a visibilidade sobre os resultados futuros e contribui para aumentar a volatilidade das cotações de CMIN3”.
Leia Também
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
A título de recordação, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,507 bilhão entre abril e junho, um aumento de 205% em relação ao mesmo período de 2023 e de 170,2% no comparativo trimestral.
De lá para cá, as ações subiram 46% na B3. Em meio à forte valorização do papel após o balanço, o BB-BI também vê pouco espaço para valorização da ação em relação ao preço-alvo estabelecido pelos analistas.
Nas contas dos analistas, CMIN3 está sendo negociada com prêmio de 36% sobre o múltiplo de valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) histórico e segue com elevada volatilidade.
A companhia ainda anunciou no fim do primeiro semestre um novo programa de recompra, que prevê a aquisição de até 100 milhões de ações — equivalente a 9,4% dos papéis em circulação — até dezembro de 2025.
Para os analistas, há risco de potenciais impactos de uma redução adicional das ações em circulação na liquidez do papel.
Afinal, caso seja integralmente executado, o programa retirará do mercado o equivalente a 17% das ações ofertadas no IPO em 2021 — e, somado às ações recompradas nos programas anteriores, representa 35% das ações vendidas na oferta.
Outros fatores por trás do pessimismo com as ações
Outros dois pontos que fazem peso sobre a CSN Mineração são fatores cruciais para qualquer mineradora: a China e as incertezas com relação ao cenário para o minério de ferro no curto prazo.
Para o BB-BI, apesar do recente anúncio de novos estímulos pelo governo chinês, o “profundo enfraquecimento do mercado imobiliário deve continuar limitando a demanda interna de aço na China no restante do ano”, o que pode voltar a pressionar a commodity.
“Para o segundo semestre, acreditamos que o patamar de produção própria alcançado no 2T24 contribua para a entrega de volumes firmes, e consideramos factível o cumprimento do guidance de produção da companhia para o ano de 2024”, afirmaram os analistas.
- Receio com o Ibovespa? BTG destaca níveis elevados de proteção entre os investidores e ações que podem se beneficiar; veja aqui
“Por outro lado, as incertezas com relação ao cenário para minério de ferro no curto prazo em razão principalmente da desaceleração do ritmo de crescimento da economia da China, nos deixam mais cautelosos sobre o nível de demanda e, consequentemente, de preços para a commodity nos próximos meses, traduzindo-se em uma preocupação sobre o patamar de receita da CSN Mineração.”
Segundo os analistas, no longo prazo, o principal alerta para a companhia é o atraso nos projetos de expansão, que também sustenta a visão negativa para as ações.
“Após sucessivas revisões de cronograma, os desembolsos continuam em ritmo lento e podem ser novamente adiados, o que reduz a atratividade da tese de investimento da companhia no longo prazo”, projetou o banco.
Ainda do lado da operação, a expectativa de manutenção de fretes marítimos em níveis elevados reforça a cautela do banco com relação à rentabilidade operacional da companhia no restante do ano.
Isso porque essa linha normalmente impacta significativamente as margens operacionais da CSN Mineração, uma vez que a empresa é bastante exposta à modalidade spot (à vista) de fretes, e não houve avanço relevante nos contratos de afretamento de longo prazo.
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
