Vai ter guerra nuclear? Embaixador da Rússia no Brasil diz quais são as chances de Putin levar o conflito às últimas consequências
Para Labetskiy, os políticos norte-americanos sabem que o início de qualquer guerra nuclear significa o fim da civilização humana

Há um ano, as tropas de Vladimir Putin invadiram a Ucrânia sob a afirmação de libertar o povo daquele país. Em meio a milhares de mortes e destruição de cidades inteiras na guerra, o discurso dos russos se mantém inabalável: é necessário libertar Kiev de um processo de “desnazificação”.
Mesmo atribuindo aos EUA muita responsabilidade pela guerra — que os russos chamam de “operação especial” —, o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, descartou o começo de um conflito nuclear.
Labetskiy disse em entrevista para a Agência Brasil que os políticos norte-americanos sabem que “o início de qualquer guerra nuclear significa o fim da civilização humana”. E, por isso, mesmo uma escalada ainda maior no confronto não levaria uma consequência dessa gravidade.
Os efeitos da guerra de Putin
Segundo o embaixador, a guerra “está matando a indústria europeia”, e enriquecendo o líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que, explica, passou a dominar o mercado de gás líquido na Europa.
“A Europa se tornou um jogador secundário em relação aos EUA”, disse Labetskiy.
O representante do governo de Putin no Brasil também rebateu as acusações de violação de direitos humanos na Crimeia como no leste da Ucrânia.
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“Por que ninguém reagiu às violações dos direitos humanos dos ucranianos-russos que habitam Lugansk e Donetsk, que durante oito anos viviam na guerra?”, questionou.
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Putin vai às últimas consequências?
Segundo o embaixador russo, não. Na semana passada, o presidente russo suspendeu o Novo Start, o acordo que limitava o arsenal nuclear de Rússia e EUA — o movimento foi lido como um alerta de que um conflito nuclear poderia estar perto de acontecer.
Labetskiy, no entanto, se disse convicto de que o mundo não está mais próximo de um conflito nuclear.
“Os jogos políticos dos ocidentais estão especulando isso, mas a realidade concreta é que eles querem conservar sua supremacia, o que não vamos permitir. Quem rompeu a estabilidade estratégica mundial foram os EUA, que saíram do acordo dos mísseis de pequeno e médio alcances”, afirmou.
Ainda assim, Labetskiy vê o aumento da escalada da guerra. “Estou convencido de que os políticos norte-americanos compreendem que o início de qualquer guerra nuclear significa o fim da civilização humana. Eu estudei na universidade nos finais dos anos 70 e no início dos 80, quando os enormes arsenais nucleares da Rússia e dos EUA permitiriam aniquilar mais de 10 vezes a vida no planeta”, acrescentou.
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O Brasil sob a visão russa
O embaixador russo citou ainda o interesse de seu país na posição do Brasil diante da guerra e destacou o respeito da Rússia às posições brasileiras diante de questões internacionais.
“Seguimos com muita atenção todas as iniciativas avançadas pela parte brasileira”.
Ontem, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia completou um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi às redes sociais renovar os apelos de paz.
Para o petista, países não envolvidos no conflito, como o Brasil, devem encaminhar uma negociação pelo fim da guerra.
"No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz", publicou o petista no Twitter.
No final de março, Lula vai à China e, na reunião bilateral com o presidente do país asiático, Xi Jinping, vai pedir a participação de Pequim — hoje aliada de Moscou — na negociação de paz.
*Com informações da Agência Brasil
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