Tenda salta mais de 10% após balanço, mas analistas não recomendam a compra das ações TEND3; veja por quê
A construtora apresentou prejuízo líquido no segundo trimestre, mas o resultado negativo foi compensado por uma melhora no endividamento e nas margens

Em um dia no qual boa parte do mercado repercute o corte na taxa Selic, o desempenho das ações da Tenda (TEND3) chama a atenção. Negociados fora do Ibovespa, os papéis saltavam 10,65% por volta das 12h40 e anotavam uma das maiores altas da bolsa brasileira nesta quinta-feira (3).
A companhia é uma das beneficiadas pelo início do ciclo de afrouxamento nos juros, que deve estimular todo o setor da construção civil. Mas este não é o principal combustível para a alta de hoje, e sim o balanço do segundo trimestre divulgado ontem.
A Tenda registrou prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões no período. Apesar de ainda ficar abaixo de zero, a cifra representa uma melhora ante o rombo de R$ 114,4 milhões reportado entre abril e junho do ano passado.
Para a Genial Investimentos, esse deve ser o último trimestre no qual veremos o indicador em níveis negativos. “Nas nossas projeções, o 2T23 será o último trimestre com prejuízo, e o 4T23 será o último a apresentar aumento da dívida líquida."
- LEIA MAIS: O bull market da bolsa brasileira pode ser destravado com a queda da Selic? Veja 11 recomendações que podem multiplicar o seu patrimônio em até 5x nos próximos 36 meses
Redução da dívida é destaque no segundo trimestre da Tenda (TEND3)
A corretora relembra que, no final de 2021, a Tenda revelou um grande problema orçamentário nas obras iniciadas antes e durante o período no qual o INCC, considerado "a inflação da construção", ficou elevado. “Desde então, o patrimônio líquido da companhia foi reduzido de cerca R$ 1,5 bilhão para R$ 700 milhões, uma perda enorme de valor”.
Por isso, a Genial destaca que a redução no endividamento da companhia para 90,2% foi um dos grandes destaques desse trimestre. Esta é a primeira queda do indicador que relaciona a dívida líquida da empresa e seu patrimônio líquido (DLc/PL) desde o 4T21.
Leia Também
Segundo os analistas, o feito inédito deveu-se a uma “excelente gestão do balanço”, incluindo com a venda de carteiras de pró-soluto e participações em projetos e alienação de ações na tesouraria.
“Com isso, a Tenda passa a ter uma DLc/PL de 42%, abaixo do maior covenant no primeiro trimestre de 2024, que era a nossa maior preocupação”, cita a corretora.
Margem bruta no caminho para a recuperação
Já o BTG Pactual concentrou as atenções em outra linha do balanço: a margem bruta ajustada. O indicador recuou 0,4 ponto percentual ante o trimestre imediatamente anterior, mas avançou 6 p.p. na base anual, para 22,4%
“Considerando tudo, a Tenda apresentou resultados decentes. Mais importante, parece estar no caminho certo para recuperar a margem bruta visto que projetos mais antigos e menos lucrativos devem ser menos relevantes nos próximos trimestres e mudanças recentes ao MCMV são altamente favoráveis para a empresa”, argumenta o banco.
As alterações no Minha Casa Minha Vida as quais os analistas se referem incluem um aumento nos subsídios para a população de baixa renda, queda nos juros e incremento no teto para o preço dos imóveis comercializados dentro do programa habitacional.
Por que ainda não é hora de comprar as ações da Tenda
Mas, apesar das perspectivas positivas para os próximos trimestres, ambas as casas citadas ainda não recomendam a compra das ações da Tenda.
O BTG Pactual manteve a indicação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 6, pois, de acordo com o banco, a precificação atual já reflete a maior parte das expectativas de uma reviravolta positiva na empresa.
Vale destacar que as ações TEND3 acumulam um salto de mais de 232% neste ano.
A Genial compartilha dessa visão: “O mercado já se tornou mais otimista com a empresa e a pergunta que tentaremos responder é de quanto valor foi destruído com os projetos lançados antes de 2022”.
Por enquanto, a corretora colocou o ativo sob revisão e está atualizando os números para definir um novo preço-alvo e recomendação.
Azul (AZUL4) revela o que pesou para decisão de recuperação judicial nos EUA — e promete sair em tempo recorde do Chapter 11
Executivo da aérea diz que demora em liberação de crédito do governo pesou na decisão de pedir recuperação nos EUA
Agibank estreia no mercado de FIDCs com captação de R$ 2 bilhões com lastro em carteira de crédito consignado
O banco pretende destinar os recursos levantados com a captação para o funding das operações de crédito
Adeus, recuperação judicial: Ações da Gol (GOLL4) saltam na B3 após sinal verde para novo aumento de capital bilionário
Os acionistas deram sinal verde em assembleia para o aumento de capital bilionário previsto no plano de reestruturação; saiba os próximos passos
VISC11 aumenta participação em shopping e abocanha mais de 36% do imóvel por R$ 119 milhões
A compra da participação no Shopping Paralela, em Salvador, será realizada através das cotas de um outro fundo imobiliário
Embraer (EMBR3) quer voar ainda mais alto na Índia e cria subsidiária para expandir presença no mercado indiano
Companhia anunciou nesta sexta-feira (30) o estabelecimento de uma subsidiária no país com sede em Nova Delhi; entenda os objetivos por trás do lançamento
Alta do Ibovespa é ‘fichinha’? Rali da bolsa não foi suficiente para ‘bater’ a rentabilidade desse grupo de ativos; conheça
Esse seleto grupo de ativos “garimpados” pela EQI Investimentos teve rentabilidade superior ao Ibovespa, mesmo com alta histórica; saiba como investir
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
Azul (AZUL4) despenca mais de 70% em 2025, e BTG e XP colocam ação sob revisão
Para os analistas, apesar dos intensos esforços para gerir passivos e reestruturar a dívida, a alavancagem financeira da Azul permaneceu alta, agravada pela volatilidade cambial e pelo aumento das taxas de juros
Fuga da bolsa brasileira: investidores abandonam as ações — mas sair da renda variável pode custar caro no futuro
Enquanto investidores se afastam cada vez mais da bolsa brasileira, o cenário se torna cada vez mais favorável para a renda variável local
Mais risco = mais retorno? Nem sempre. No mercado de fundos imobiliários, o buraco tem sido mais embaixo; entenda
Levantamento do BTG Pactual e da Empiricus Research revelou que carteira de FIIs com menor volatilidade apresentou melhor desempenho do que o CDI acumulado
Haddad está com os dias contados para discutir alternativas ao aumento do IOF — mas não há nenhuma proposta concreta até agora
O líder do governo no Congresso afirmou que o governo tem 10 dias para dialogar sobre alternativas ao decreto que elevou as alíquotas do IOF
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Entenda a resolução do BC que estremeceu as provisões dos bancos e custou ao Banco do Brasil (BBAS3) quase R$ 1 bilhão no resultado do 1T25
Espelhada em padrões internacionais, a resolução 4.966 requer dos bancos uma abordagem mais preventiva e proativa contra calotes. Saiba como isso afetou os resultados dos bancões e derrubou as ações do Banco do Brasil na B3
Se não houver tag along na oferta de Tanure pela Braskem (BRKM5), “Lei das S.A. deixou de nos servir”, diz presidente da Amec
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Fábio Coelho explica os motivos pelos quais a proposta do empresário Nelson Tanure pelo controle da Braskem deveria acionar o tag along — e as consequências se o mecanismo for “driblado”
A vida de um investidor no terreno minado da inflação
De Juscelino até Itamar Franco e o Plano Real, o dragão da inflação cuspiu fogo pelas ventas, criando armadilhas na bolsa e na renda fixa
Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo
A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master
Azul (AZUL4) entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e completa a lista de empresas em apuros no setor aéreo
Reestruturação da Azul contempla US$ 1,6 bilhão em financiamento, eliminação de US$ 2 bilhões em dívidas e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital quando o processo se encerrar
CSN Mineração (CMIN3) lidera perdas do Ibovespa após Morgan Stanley rebaixar ação para venda; veja os motivos da revisão
Ações da CSN Mineração caem mais de 5% com alerta do Morgan Stanley sobre alto risco em plano de expansão e queda do minério de ferro
Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro avaliam que não necessariamente há uma obrigatoriedade de oferta pública de Tanure pelas ações dos minoritários da Braskem; entenda