Stone (STOC31): ações levam um tombo após lucro subir quase 500% no 2T23 — quem é o vilão dessa queda?
Embora os papéis estejam caindo na B3 e em Nova York, tem um banco que está otimista com o setor e recomenda a compra da empresa de meio de pagamentos; entenda as razões dessa indicação

A Stone (STOC31) viu o lucro líquido ajustado subir 477% no segundo trimestre em base anual. Além disso, superou as previsões para lucro por ação pela quinta vez seguida e, mesmo assim, as ações da empresa de meio de pagamentos chegaram a cair 8% nesta quinta-feira (17) em Nova York.
O que explica o comportamento dos papéis da fintech brasileira é a nova avaliação do Goldman Sachs. O banco aponta tendências fracas para o volume total de pagamentos (TPV) da Stone e receitas líquidas ligeiramente abaixo do esperado — um entendimento que leva o banco a manter cautela no setor como um todo.
Diante desse cenário, o Goldman reafirmou a recomendação neutra para os papéis da Stone, mas elevou o preço-alvo de US$ 12 para US$ 13,70 — o que representa um potencial de valorização de apenas 2,32% em relação ao fechamento de quarta-feira (16).
Por volta de 13h20, os papéis da Stone caíam 7,20% em Nova York, cotados a US$ 12,38. Na B3, os BRDs STOC31 baixavam 7,13%, cotados a R$ 61,90. Confira a nossa cobertura de mercados ao vivo.
- Sua carteira de investimentos está adequada para o 2º semestre do ano? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e totalmente gratuito com indicações de ativos para os próximos seis meses. Confira na íntegra, clicando aqui.
Citi vê a Stone com bons olhos
O Citi tem uma visão completamente diferente sobre a Stone. Segundo o banco, o crescimento do lucro por ação superou as projeções pela quinta vez consecutiva, e isso pode reduzir a cautela dos investidores com relação ao nome e ao setor.
Com isso em vista, o Citi reiterou recomendação de compra/alto risco para Stone, com preço-alvo de US$ 17 — o que representa um potencial de valorização de 27,4% sobre o fechamento do dia anterior.
Leia Também
"Já somos compradores de Stone há algum tempo, e achamos que a postura excessivamente cautelosa dos investidores prejudicou o desempenho das ações, o que agora pode começar a mudar", diz o Citi em relatório.
A DINHEIRISTA — Pensão alimentícia: valor estabelecido é injusto! O que preciso para provar isso na justiça?
Os números do balanço
A Stone encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido ajustado de R$ 322 milhões, uma alta de 477% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 36% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,4989 bilhão, um aumento de 46% em base anual. Um desempenho que a Stone atribuiu à alta das receitas e também ao aumento da eficiência das operações.
A receita líquida da companhia, que inclui tanto as atividades de adquirência quanto as de software, alcançou R$ 2,954 bilhões, um crescimento de 28,2% em um ano. A Stone atribuiu o desempenho ao aumento da participação de mercado no segmento de micro, pequenas e médias empresas.
Segundo o Citi, o resultado foi impulsionado por menores custos de serviços e despesas com vendas, embora a receita também tenha ficado um pouco acima da expectativa.
O Itaú BBA, por sua vez, disse que o balanço correspondeu às expectativas e ressaltou a tendência positiva de ganho de participação de mercado e melhora da rentabilidade.
“As despesas financeiras aumentaram neste trimestre, principalmente porque a empresa manteve uma posição de caixa maior”, diz o Itaú BBA.
Os resultados foram bons no geral, segundo o banco, mas neutros para ações negociadas a cerca de 16x P/L (preço sobre o lucro) ajustado para 2024. O Itaú BBA reafirmou a recomendação neutra para as ações da Stone, com preço-alvo de US$ 11 — o que representa uma desvalorização de 18% em relação ao último fechamento.
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Stone (STNE) avança com plano de venda da Linx à Totvs (TOTS3); Citi e BofA dizem que é hora de comprar
A retomada das negociações aconteceu na semana passada e marca um novo capítulo nas conversas entre as duas empresas
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Tecnologia: Totvs (TOTS3) retoma conversa com Stone (STOC31) para compra da Linx
Totvs e Stone anunciaram acordo de exclusividade para tratar da compra da Linx
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.