Petrobras (PETR4): em time que está ganhando se mexe? O que esperar da estatal após a troca de sete dos oito diretores
Para analistas, a lista de novos nomes para a diretoria da Petrobras (PETR4) ainda não responde às principais dúvidas que cercam a empresa

Há um ditado clássico que diz que em time que está ganhando não se mexe. Mas, no caso da Petrobras (PETR4), por mais elogiada que fosse a última gestão, é hora de mudanças sim — afinal, um novo governo prevê uma nova direção.
E foi assim que o presidente da companhia, Jean Paul Prates, indicou na véspera de Carnaval dois novos membros para a composição da diretoria executiva.
Nos últimos dias, o nome de Sérgio Caetano Leite foi indicado para os cargos de diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores.
Já Clarice Coppetti foi indicada como diretora executiva de relacionamento institucional e sustentabilidade.
Há algumas semanas, o novo CEO da Petrobras já havia nomeado outros cinco membros para a diretoria da companhia, confira:
- Claudio Schlosser - Comercialização e Logística;
- Carlos Travassos - Desenvolvimento da Produção;
- Joelson Falcão - Exploração e Produção;
- William França - Refino e Gás Natural e
- Carlos Augusto Barreto - Transformação Digital e Inovação.
Aliás, vale lembrar que todos eles ainda precisam da aprovação do Comitê de Pessoas da empresa, além de aprovação do conselho de administração.
Leia Também
Petrobras (PETR4): o que esperar do novo time?
Até aqui, esses novos nomes foram bem recebidos, mas dizem muito pouco sobre o futuro da estatal, avaliam analistas. O mercado ainda exige mais clareza sobre a gestão deste time e continuará acompanhando com atenção especial a política de dividendos da Petrobras — esse sim o tema de maior interesse dos investidores.
Na avaliação de Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, os nomes selecionados são técnicos, enquanto os profissionais são capazes de manter o nível operacional e financeiro da Petrobras em linha com aquilo que foi visto nos últimos anos.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
"Mas isso não basta para garantir que os resultados continuarão bons, especialmente caso haja pressões políticas para alterar a precificação de combustíveis e reduzir drasticamente os dividendos", afirma.
Substituindo a tripulação de um navio bem pilotado
É assim que o Credit Suisse comentou as mudanças feitas na Petrobras, ressaltando a boa administração da companhia. Para o banco, a estatal é um exemplo de reestruturação, com boa desalavancagem, rentabilidade e um sólido plano de negócios desde 2015.
Em relatório, a equipe do banco afirma que esperava mudanças na empresa com o novo governo, assim como também é esperado algum grau de continuidade na gestão.
As principais preocupações, atualmente, são: alocação de capital da Petrobras, com continuidade do atual plano de negócios; possíveis mudanças na política de preços; e alterações na política de dividendos.
Com as nomeações recentes, a Petrobras também fecha a lista daqueles que terão poder de fazer reajustes nos preços dos combustíveis. São eles o CFO Sérgio Caetano Leite, o próprio Jean Paul Prates e Claudio Schlosser, de Comercialização e Logística.
O Credit Suisse possui recomendação neutra para PETR4, com preço-alvo de US$ 16,00 para os American Depositary Receipt (ADR) — potencial de valorização de 38,5% se considerado o último fechamento.
Incertezas ainda rondam a Petrobras (PETR4)
Também em relatório, a equipe do Citi vê riscos em torno da tese da Petrobras, sem precisar o que esperar da nova direção.
Para os analistas do banco, os temas centrais para a estatal também são possíveis mudanças na estratégia de longo prazo, na política de preços e na alocação de capital, que pode se traduzir em múltiplos menores na comparação com seus pares.
"Uma das áreas de discussão mais importantes, a nosso ver, é a futura política de dividendos da empresa, que pode convergir para o payout mínimo de 25%", diz o documento.
Ainda assim, o Citi mantém recomendação de compra para os ADRs da Petrobras, com preço-alvo de US$ 19,00 — potencial de alta de 68,6%.
A reação das ações
No pregão desta quarta-feira (22), as ações da Petrobras operam em baixa. Por volta das 15h02, PETR4 recuava 1,82%, cotada a R$ 25,96. Já PETR3 caía 1,28% a R$ 29,33.

Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity