Ações da Petrobras reverberam fala de ministro sobre mudança na política de preços e PETR3 e PETR4 caem
Embora já tenha sinalizado anteriormente sobre a alteração, Alexandre Silveira confirmou nesta quarta-feira (05) que as diretrizes serão modificadas e que a estatal já está orientada para isso — a empresa nega
As ações da Petrobras reverberam a fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a mudança na política de preços da estatal — em uma reação inicial, PETR3 e PETR4 chegaram a cair mais de 4% nesta quarta-feira (5).
Em entrevista para a GloboNews, Silveira confirma que haverá mudança na política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior.
O ministro classificou a atual política, que se baseia nas movimentações internacionais, de absurda e afirmou que a mudança deve resultar em uma redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.
"O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno", disse.
Logo que a entrevista foi ao ar, as ações ordinárias da Petrobras caíram 3%, enquanto as preferenciais recuaram 4%. Por volta de 13h, no entanto, os papéis diminuíram as perdas: PETR3 caía 1,32%, a R$ 27,00, enquanto PETR4 recuava 1,44%, a R$ 23,92.
Como funciona a atual política de preços da Petrobras
Hoje, a Petrobras adota uma política de preços baseada na paridade internacional, ou seja, os preços dos combustíveis variam de acordo com a cotação do barril de petróleo no exterior e do dólar.
Leia Também
Isso significa que se o petróleo subir no mercado internacional, essa alta é repassada para o preço dos combustíveis no Brasil — e se cair também.
A ideia dessa política, adotada em 2016 pelo governo de Michel Temer, é impedir que o preço praticado no Brasil fique defasado em relação ao resto do mundo — o que poderia desestimular a importação de combustível e levar ao desabastecimento.
- Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.
O que a Petrobras vai virar com a mudança
Silveria disse que a Petrobras foi orientada a alterar as diretrizes de preços — declaração que foi negada pela estatal —e as mudanças devem começar a ser aplicadas após a próxima assembleia geral da empresa, marcada para o fim deste mês.
"A partir daí, o equilíbrio entre o conselho e a diretoria vai visar buscar a implementação dessa nova política de preço", afirmou.
A ideia, de acordo com o ministro, é que a Petrobras volte a ser um amortecedor do impacto de crises internacionais no preço dos combustíveis para as refinarias brasileiras. Ele garantiu ainda que a estatal vai ter sua governança respeitada.
"Vamos exigir da Petrobras, como controladores, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está na Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis", disse.
A Petrobras, no entanto, negou nesta quarta-feira (05) que tenha recebido qualquer orientação neste sentido, reafirmando o compromisso com a atual política de preços.
"A Petrobras reafirma seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais e confirma que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços", diz a estatal.
No comunicado, a Petrobras afirma ainda que quaisquer propostas de alteração na política atual recebidas do acionista controlador serão comunicadas ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia.
Alteração não é uma surpresa
Embora as ações da Petrobras estejam reagindo à declaração do ministro de forma negativa, a mudança na política de preços não é uma surpresa.
Assim que assumiu o Ministério de Minas e Energia, Silveira já havia sinalizado de alterar as diretrizes da estatal sob o argumento de preservar o consumidor da volatilidade do preço no mercado internacional.
No mês seguinte à posse, Silveira deu mais detalhes do processo, afirmando que a discussão sobre a política de preços da Petrobras se aprofundaria no governo federal. Na ocasião, afirmou que a pauta era muito "sensível" e precisava ser tratada com "cautela".
*Com informações do G1
O payroll vai dar trabalho? Wall Street amanhece em leve alta e Ibovespa busca recuperação com investidores à espera de anúncio de corte de gastos
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho nos EUA indicará rumo dos negócios às vésperas das eleições presidenciais norte-americanas
Boas pagadoras de dividendos: a grande tacada para escolher bem as vacas – e bezerras – leiteiras da bolsa
Investir em empresas que já são boas pagadoras de dividendos não é uma estratégia ruim, mas lembre-se que elas já pagam grandes dividendos hoje, e provavelmente já devem negociar por múltiplos mais altos também
Carrefour tem lucro líquido de R$ 221 milhões no 3º tri, alta de 67,4% ante um ano antes
Companhia reforçou que o resultado veio mesmo após os questionamentos do mercado sobre o impacto do parcelamento de compras na rede Atacadão em três vezes
Por que o mercado ficou arisco hoje? Ibovespa é arrastado por Nova York e termina dia abaixo de 130 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,7811
Nos Estados Unidos, bolsas também foram puxadas para baixo devido à preocupação com os gastos elevados das big techs
Uma espiada na carteira do Warren Buffett brasileiro: Luiz Barsi revela duas ações atraentes na B3 — e uma delas pode subir na bolsa a qualquer momento
Uma das apostas é uma seguradora que já subiu 19% na bolsa desde janeiro e ainda tem potencial para mais. A outra é uma ação para o longo prazo.
Magazine Luiza cria a Magalog, empresa de logística com faturamento de R$ 3 bi e 70 clientes
Grupo investiu R$ 1 bilhão no setor nos últimos seis anos antes de lançar novo negócio
Ambev: lucro menor no 3T24 deixa sabor amargo e ação cai; é hora de colocar ABEV3 na geladeira?
Segundo a dona de marcas como Skol, Brahma e Budweiser, a queda do resultado está relacionada ao aumento das despesas com imposto no Brasil
Medo da bomba fiscal? CEO do Bradesco (BBDC4) aponta dado que traz segurança para o banco após balanço sólido
As falas do executivo foram feitas durante um encontro com jornalistas para comentar os resultados do banco
Um negócio das Arábias? BRF compra fatia da Addoha para expandir presença no mercado saudita de frango; BRFS3 lidera altas no Ibovespa e puxa ação da Marfrig (MRFG3)
Por meio de uma joint-venture no país árabe, a BRF vai desembolsar US$ 84,3 milhões por 26% da empresa de abate de frangos
É oficial: AES Brasil e Auren (AURE3) criam a 3ª maior geradora de energia do país — mas maioria dos acionistas de AESB3 pula fora do negócio
Para além da combinação de negócios, as empresas de energia elétrica divulgaram ontem os balanços do terceiro trimestre de 2024; confira os números
Ressaca na fusão: EMS retira proposta para combinar negócios com a Hypera (HYPE3), que reage em forte queda na B3
Negócio entre Hypera e EMS criaria a maior companhia farmacêutica do Brasil, com R$ 16 bilhões de receita e 17% do mercado brasileiro
Cada um com suas preferências: Ibovespa reage a balanços do Bradesco e da Ambev e à Pnad Contínua enquanto Wall Street aguarda PCE
Índice de inflação preferido do Fed será divulgado hoje nos EUA; aqui, investidores olham para dados de emprego e desemprego
Lucro do Bradesco (BBDC4) cresce 13% e atinge os R$ 5,2 bilhões no 3T24; rentabilidade volta a subir, mas despesas também aumentam
As despesas operacionais do Bradesco subiram 9,9% em 12 meses, para R$ 15,1 bilhões, enquanto a receita com prestação de serviços somaram R$ 9,9 bilhões
Tony Volpon: Bem-vindo, presidente Trump?
Sem dúvida o grande evento de risco para os mercados globais é a eleição americana
Selic em alta não é motivo para fugir para a renda fixa: tubarões do mercado revelam estratégia para escolher boas ações para lucrar na bolsa
Para os gestores Florian Bartunek e César Paiva, a “maré de azar” vivenciada na renda variável hoje abre oportunidade para quem quer comprar ações baratas e de qualidade na B3
Log (LOGG3) dobra lucro no 3T24 e CEO ainda vê amplo espaço para crescer, mas cenário macro preocupa
Empresa de galpões logísticos mantém planos de expansão, mas juro menor e cumprimento do arcabouço fiscal ajudariam negócio, diz CEO da Log
Petrobras (PETR4) se livra de processo na Holanda relacionado a perdas de investidores com a Lava Jato
Tribunal de Roterdã decide favoravelmente à petroleira e diz que os danos causados aos investidores não foram responsabilidade direta da companhia
Ministra abre a caixa de pandora e anuncia o maior aumento de impostos do Reino Unido em 30 anos; libra reage, bolsa cai e títulos dão o maior salto desde julho
O primeiro orçamento do Partido Trabalhista, que assumiu o poder em meados deste ano com uma vitória esmagadora, trouxe mais de 40 bilhões de libras em aumento de tributos por ano
Educação em alta: Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) sobem até 4% na bolsa hoje com perspectivas de melhora nos balanços; saiba o que esperar
Parte da explicação do otimismo nesta quarta-feira está no fato de que as ações das empresas já caíram 37% em 12 meses
CEO da Klabin (KLBN11) diz que investidor não vai sentir no bolso a mudança na política de dividendos — e aqui está o porquê
Após a aprovação da nova política de remuneração, o CEO Cristiano Teixeira recebeu uma chuva de perguntas de investidores sobre o futuro dos proventos da gigante do papel e celulose — e aqui está o que esperar, segundo o presidente