O preço da proteção judicial: agências rebaixam a Oi (OIBR3) e nota de crédito chega ao pior grau
No caso da S&P Global, o rating da operadora passou de CCC- para D, o nível mais baixo, enquanto no caso da Fitch, a nota caiu de CC para C — o que significa perto de um calote
O pedido de tutela cautelar da Oi (OIBR3) à justiça tinha endereço certo: livrar a operadora de pagar suas dívidas aos credores — pelo menos por enquanto —, especialmente um débito de R$ 600 milhões que venceria nos próximos dias.
Mas esse pedido também teve um preço, que a empresa pagou com a classificação de sua nota de crédito.
Nesta sexta-feira (03), duas agências de classificação de risco rebaixaram o rating da Oi justificando a decisão com o pedido da proteção judicial.
S&P Global corta a Oi
A Standard and Poor´s (S&P Global) cortou a nota de crédito da Oi de CCC- para a D — a pior nota da escala da agência.
O rating D é atribuído pela S&P Global em casos de default no pagamento de um compromisso financeiro ou quebra de uma promessa imputada; também utilizado quando um pedido de falência foi registrado — o que não é o caso da Oi.
Agência lembra que o pedido de tutela cautelar ainda não representa uma nova recuperação judicial, mas pode ser um passo inicial rumo ao processo.
Leia Também
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
- Em dúvida sobre como investir? Faça o download GRATUITO do e-book Onde investir em 2023 e confira a opinião dos maiores especialistas do mercado financeiro sobre os ativos mais promissores para este ano. BAIXE AQUI
“O rating ‘D’ reflete nossa visão de que a tutela cautelar concedida à Oi é semelhante a uma suspensão de pagamento da dívida (standstill), uma vez que permite que a empresa não pague nenhuma de suas obrigações financeiras nos próximos 30 dias”, diz a S&P Global em nota.
O pagamento de juros da empresa com vencimento em 5 de fevereiro de 2023 totaliza US$82 milhões, juntamente com outros passivos menores. A Oi pode usar o prazo de 30 dias para se preparar para uma nova recuperação judicial.
“Caso ela não ocorra, outra possibilidade seria a empresa chegar a um acordo com os credores para reestruturar sua dívida, o que consideraríamos um default de fato, dada a posição financeira estressada da Oi”, diz a agência, acrescentando que uma estrutura de capital insustentável aponta para outra reestruturação da dívida.
A Fitch também cortou
A Fitch rebaixou o rating da Oi de CC para C e alertou que a nota pode cair para para 'RD' (calote seletivo, um degrau antes da pior nota) se a Oi sofrer uma inadimplência não sanada em suas notas de 2025. Caso a empresa entre com pedido de recuperação judicial, serão rebaixados para D — a pior nota.
A agência considera o pedido de tutela cautelar como um impasse, uma vez que a capacidade de pagamento da Oi está "irrevogavelmente prejudicada".
A agência espera que o Ebitda da Oi continue "significativamente pressionado por uma pesada estrutura de custos devido a pagamentos de concessões de seu negócio de telefonia fixa, bem como por passivos de suas operações legadas".
Enquanto isso, estima que a liquidez deve seguir fraca.
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.