Em uma verdadeira queda de braço com seus credores, a Oi (OIBR3) levou a melhor nesta sexta-feira (3) após a Justiça do Rio de Janeiro aceitar o pedido de tutela cautelar feito em caráter de urgência pela companhia.
A liminar foi concedida por 30 dias — da mesma maneira como aconteceu com a Americanas (AMER3) — e livra a Oi de pagar suas dívidas aos credores pelo menos por enquanto, especialmente um débito de R$ 600 milhões que venceria nos próximos dias. Neste caso, um calote da dívida acabaria por antecipar quase toda a dívida financeira da Oi.
No total, a companhia afirma ter dívidas que somam R$ 29 bilhões e já buscava um acordo extrajudicial, mas sem sucesso.
Entre os argumentos aceitos pela Justiça do Rio estão o "papel de destaque na economia nacional, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, sendo que a falência da companhia deixaria desemparados, aproximadamente, 62 mil colaboradores diretos e indiretos do Grupo Oi, assim como impactaria de forma substancial a economia nacional", diz o documento disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Oi ressalta, ainda, que necessita deste instrumento para preservar suas atividades, uma vez que mal saiu de uma recuperação judicial e não possui caixa suficiente para pagar as dívidas.
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A aceitação do pedido de tutela cautelar feito pela empresa não quer dizer que ela vai mesmo oficializar um novo pedido de recuperação judicial, mas o caminho está pavimentado.
As ações da Oi (OIBR3)
No pregão de ontem, OIBR3 chegou a subir mais de 20%. Na sessão de hoje, o papel teve as negociações suspensas por alguns minutos, mas subia 6,83% por volta das 10h35, cotado a R$ 1,72.

De acordo com dados compilados pela plataforma TradeMap, das três recomendações existentes para a Oi, duas são de manutenção e uma é de venda.