O que esperar das ações da Braskem (BRKM5) após resultados operacionais fracos e da queda de mais de 5% dos papéis hoje na B3?
Analistas veem demanda fraca por produtos da Braskem e ajustam expectativas e preço-alvo das ações; confira

As expectativas do mercado financeiro para a demanda do setor petroquímico e para a Braskem (BRKM5) já não eram lá tão boas, mas os resultados operacionais da companhia deram novas evidências de que a situação pode continuar difícil à frente.
Segundo o BTG Pactual, a Braskem ainda mostrou crescimento de 2,5% das vendas nas vendas trimestrais, mas as vendas consolidadas caíram 3,8% no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado e ficaram 3,9% abaixo da estimativa do banco.
A avaliação dos analistas do BTG é que os dados “indicam uma recuperação frágil na demanda global por petroquímicos”.
Na mesma linha, os analistas do Santander afirmaram que volumes mais fracos de vendas em todas as regiões onde a companhia atua refletem um excesso de oferta global contínuo e uma recuperação lenta da procura.
A dificuldade da recuperação da demanda ainda reflete em preços e spreads mais fracos, o que fez o Santander rever para baixo estimativas para a Braskem e cortar o preço-alvo das ações.
O banco reduziu o preço-alvo de BRKM5 para o ano de 2024 de R$ 35,00 para R$ 22,50.
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Apesar do corte do preço-alvo, ele ainda indica um potencial de alta de 28,3% para os papéis da petroquímica.
O Santander também reiterou a recomendação neutra para as ações da Braskem.
A classificação é a mesma dada pelo BTG Pactual, que rebaixou a recomendação de compra para neutra recentemente, já prevendo uma recuperação lenta da demanda do setor.
Diante dessa preocupação com a demanda apontada por analistas e de alguns dados operacionais fracos no terceiro trimestre, as ações da Braskem ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa no pregão desta segunda-feira (30).
Os papéis fecharam em baixa de 5,47%, a R$ 16,58.
Desempenho operacional da Braskem no terceiro trimestre
A queda nas vendas consolidadas da Braskem no terceiro trimestre foi impulsionada principalmente pelas operações do Brasil.
As vendas das operações brasileiras registraram uma queda de 8,9% na comparação anual devido ao fraco desempenho nos principais produtos químicos.
O desempenho foi prejudicado por problemas operacionais em algumas fábricas, o que refletiu ainda em aumento da disponibilidade do produto e jogou as taxas de utilização para baixo
As vendas nos Estados Unidos e na Europa também vieram abaixo das expectativas de alguns analistas, apesar das taxas de utilização estarem em linha com o previsto.
Já no México, as taxas de utilização das fábricas da Braskem surpreenderam negativamente, caindo quase 20 pontos percentuais.
Os analistas do BTG afirmaram que não conseguiram antecipar a magnitude dos impactos causados por tempestades nas fábricas do país.
O Santander é outro que além da dificuldade de recuperação das vendas em todas as regiões, destacou a menor utilização no México como um dos fatores para revisar o preço-alvo.
Já sobre o desempenho no Brasil, além dos problemas de operações em fábricas, citou, um ambiente competitivo difícil em meio ao aumento das importações de resinas, especialmente da China.
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Expectativas para os resultados financeiros da Braskem
Os resultados financeiros do terceiro trimestre da Braskem serão divulgados no dia 8 de novembro e, após os dados operacionais, a expectativa é que o balanço também possa ser fraco.
"Apesar de uma ligeira recuperação trimestral, ainda estamos estimando um trimestre bastante fraco", disseram os analistas do Santander, em relatório.
O principal motivo é que a demanda por produtos petroquímicos não tem sido suficiente para compensar o aumento de adições de capacidade, especialmente na Ásia.
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