JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) garantem churrasco do fim de ano — mas um frigorífico fica de fora dessa festa
Dos quatro grandes do setor de proteína animal, um deles sente mais as novas recomendações do Santander e do Safra e opera em queda na bolsa brasileira nesta quarta-feira (20)
O final de ano é marcado por muitas confraternizações a base do bom e velho churrasco e, nesta quarta-feira (20), quem comemora com carne na brasa são JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) — mas tem frigorífico que vai ficar de fora dessa festa.
O Santander elevou a recomendação para as ações de JBS e Marfrig para compra e aumentou o preço-alvo de ambas para o final de 2024 a R$ 37 e R$ 15,70, respectivamente — com potencial de valorização de 53% para JBSS3 e de 70% para MRFG3 em relação aos fechamentos de terça-feira (19).
JBS e Marfrig são as principais escolhas do banco para 2024 no setor de proteínas animais.
No caso da JBS, o Santander cita a normalização do excesso de oferta de frango e forte desempenho na Austrália, além de vislumbrar uma possível listagem nos EUA como um catalisador para uma nova fase de crescimento, proporcionando acesso a uma base diversificada de investidores e financiamento.
Já a Marfrig destaca-se por sua posição estratégica, sendo negociada abaixo do valor de sua participação na BRF (BRFS3), de acordo com o banco.
“O modelo de negócios nos EUA é ressaltado como mais resiliente que o de concorrentes, graças à consolidação industrial e acesso a mercados premium”, diz o Santander em relatório.
Leia Também
O fortalecimento nas margens na América do Sul, após a venda de ativos para a Minerva, também contribui para a visão positiva do banco.
Por volta de 12h50, as ações da Marfrig subiam 4,34%, a R$ 9,61, enquanto os papéis da JBS tinham alta de 2,23%, a R$ 24,76. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
- Leia também: PRIO (PRIO3): Por que os analistas seguem apostando na ação da petroleira que já disparou 2.200% na B3
Quem ficou fora da festa da JBS e da Marfrig
Mas nem todo mundo foi convidado para a confraternização do final de ano no setor de proteína animal.
Em relatório divulgado hoje, o Santander rebaixou a classificação da Minerva (BEEF3) para neutro e preço-alvo de R$ 8 para 2024 — o que representa um potencial de valorização de 8% em relação ao último fechamento.
Embora o Santander aponte que a aquisição de ativos da Marfrig na América do Sul por R$ 7,5 bilhões esteja alinhada aos objetivos estratégicos, existe a necessidade de cautela, considerando riscos associados à possível reversão do ciclo pecuário no Brasil antes da desalavancagem e incertezas relacionadas ao fechamento do negócio.
O banco também reiterou a recomendação neutra para a BRF, com um novo preço-alvo para o fim de 2024 de R$ 16, acima dos R$ 12,50 anteriores, ou seja, um potencial de valorização de 12% sobre o fechamento de ontem.
Segundo o relatório, a BRF enfrenta desafios decorrentes de mudanças nas condições do mercado de grãos, colocando o ímpeto de ganhos sólidos em risco diante do potencial aumento nos preços do milho.
VAREJISTAS DE NATAL: ANALISTAS RECOMENDAM AÇÃO DA AREZZO (ARZZ3) E EMPRESA QUE PODE DOBRAR NA BOLSA
Convidado surpresa
A festa dos frigoríficos teve um convidado surpresa: o Safra, que também elevou a recomendação da Marfrig de neutra para compra e rebaixou a indicação para Minerva e BRF para neutra.
O movimento de impulsionou a melhorar para Marfrig neste caso foi um retorno assimétrico potencialmente positivo. No caso de BRF e Minerva pesaram o valuation e um equilíbrio entre risco-recompensa menos favorável.
A preferida do Safra para o setor, no entanto, segue sendo a JBS — que tem recomendação de compra devido ao espaço para expansão na margem Ebitda consolidada a partir do quarto trimestre deste ano, ao potencial de valorização decorrente da dupla listagem ( Brasil e EUA) e à diversificação geográfica e de produtos da empresa.
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]