CVM absolve irmãos Batista, donos da JBS (JBSS3), de acusação de insider trading e companhia se livra de multa de R$ 570 mi; entenda
A J&F Investimentos, porém, foi condenada a pagar uma multa de R$ 500 mil por ter negociado ações da JBS em período vedado

Você provavelmente já ouviu falar ou lembra do dia que ficou conhecido como o “Joesley Day”. A expressão é uma referência ao estrago visto na bolsa devido à gravação feita por Joesley Batista, dono da JBS (JBSS3), de conversa com o ex-presidente Michel Temer.
Na noite do dia 17 de maio de 2017, a gravação veio à tona por meio da imprensa, com a revelação de que Temer dava aval para que fosse comprado o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
O escândalo político pegou o mercado financeiro de surpresa e trouxe temores de que Temer pudesse até sofrer um impeachment. Como resultado, o Ibovespa chegou a despencar mais de 10% no pregão do dia seguinte (18 de maio), com direito a circuit breaker na B3.
Um pouco antes que a gravação aparecesse na imprensa, a JBS fez uma série de operações de compras e vendas de ações, além de transações no mercado de câmbio e de juros futuros.
Essas operações levantaram a suspeita de que Joesley Batista e seu irmão, Wesley Batista (na época CEO da JBS), estivessem usando informações privilegiadas (insider trading) para manipular o mercado e se beneficiar.
Pois só agora, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terminou de julgar os processos que investigaram essas operações.
Leia Também
A CVM decidiu ontem à noite (31 de outubro) absolver Joesley Batista, Wesley Batista e o executivo Emerson Loureiro das acusações de uso de informação privilegiada, manipulação de preço, abuso de poder de controle e quebra do dever de lealdade.
As quatro acusações constavam em três processos na CVM, que tiveram o julgamento iniciado em maio, mas suspenso após um pedido de vista da diretora Flávia Perlingeiro.
Quais os impactos para a JBS e empresas do grupo?
As empresas J&F Investimentos (holding dona da JBS e demais empresas), a própria JBS, a Seara (subsidiária da JBS) e a Eldorado (empresa de papel e celulose que pertence à J&F) também constavam nos processos e foram absolvidas nesses casos.
Porém, a J&F Investimentos foi condenada a pagar uma multa de R$ 500 mil por ter negociado ações da JBS em período vedado, devido a um programa de recompra de ações da JBS.
“A decisão desfaz uma injustiça, atesta o pleno funcionamento das instituições no Brasil e reafirma a integridade das operações dos executivos e empresas do grupo J&F no mercado financeiro”, disse a holding, em nota enviada à imprensa.
JBS e empresas evitam multas milionárias
Apesar da absolvição nas acusações como as de insider trading pela maioria do colegiado, a diretora Flávia Perlingeiro chegou a votar pela condenação de Wesley e pela aplicação de multas milionárias.
Caso os demais diretores tivessem acompanhado o voto, as companhias teriam que pagar multas que somam mais de R$ 670 milhões. Só a JBS teria que pagar multa de quase R$ 570 milhões.
Os valores correspondem a 2,5 vezes a supostas vantagem obtida pelas empresas com as operações e são atualizados pelo IPCA.
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
O que os diretores da CVM alegaram
Os diretores da CVM que julgaram os três processos e absolveram os irmãos consideraram, em geral, que não havia provas suficientes para atestar que ele sabiam quando a notícia da gravação de Temer viria a público e como ela impactaria o mercado.
O relator, por exemplo, disse acreditar que “não é crível” — ou, no mínimo, “pouco factível” — que Wesley Batista tenha negociado contratos derivativos de câmbio usando uma informação sigilosa, já que não é possível provar que ele tinha conhecimento de todas as informações necessárias para obter vantagem,
Ele alega que Batista não tinha confirmação acerca da homologação da delação que estavam negociando e, muito menos, do dia em que tal informação da gravação viria a público, por meio da imprensa.
A acusação destacou, porém, que Wesley Batista tinha a expectativa de que um acordo de colaboração premiada (celebrado em 3 de maio de 2017) fosse tornado público em junho ou julho de 2017.
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real