Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 8,785 bilhões no 3T23, mas mesmo assim frustra expectativa
Resultado do Banco do Brasil representa um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado, mas o mercado esperava mais
A barra para o balanço do Banco do Brasil (BBAS3) aumentou depois dos bons resultados apresentados pelo Itaú (ITUB4). Mas desta vez o banco público ficou aquém das expectativas e registrou lucro líquido de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
Claro que isso é muito dinheiro e ainda representa um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O problema é que o mercado esperava um lucro ainda maior, de R$ 9,010 bilhões, de acordo com a projeção média dos analistas que o Seu Dinheiro compilou.
De todo modo, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,3% do Banco do Brasil superou a do Santander (13,1%) e Itaú (21,1%). Amanhã será a vez de o Bradesco divulgar o balanço do terceiro trimestre.
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
Banco do Brasil (BBAS3): efeito Americanas?
Uma análise dos números do Banco do Brasil mostra um peso ainda grande das provisões para calotes no crédito. Elas aumentaram 66,4% em relação ao mesmo período do ano passado e 4,7% no trimestre, para R$ 7,5 bilhões.
O banco atribui o aumento das provisões à elevação de nível de risco de créditos "de empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023".
Embora não cite o nome, provavelmente se trata da Americanas. Agora o BB absorveu totalmente o calote da empresa, com 100% do valor provisionado.
Leia Também
O índice de inadimplência do Banco do Brasil como um todo encerrou setembro em 2,8%. Isso significa uma alta de 0,1 ponto percentual no trimestre e de 0,4 ponto em 12 meses.
Ao mesmo tempo, a carteira de crédito do BB atingiu a marca de R$ 1,066 trilhão, um avanço trimestral de 2% e de 10% na comparação com setembro do ano passado.
O grande destaque foi o agro, que apresentou um crescimento anual de 18,9% no saldo de financiamentos.
Com o avanço do crédito, a margem financeira — linha que contabiliza as receitas com financiamentos menos o custo de captação do dinheiro — teve um forte aumento de 21,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
Tarifas e despesas
Por outro lado, a receita com prestação de serviços e tarifas do Banco do Brasil desacelerou no terceiro trimestre e somou R$ 8,7 bilhões, alta de 1,7%.
Apesar do crescimento menor, no acumulado do ano o BB segue dentro do guidance (projeção) de aumento entre 4% e 8% das receitas de serviços neste ano.
Algo semelhante acontece com as despesas administrativas, que avançaram em ritmo maior do que as receitas e atingiram R$ 9,2 bilhões no terceiro trimestre (+9,2%).
Já quando se olha de janeiro a setembro, o aumento das despesas ficou em 8% — dentro, portanto, do guidance de crescimento entre 7% e 11%.
Com o resultado do terceiro trimestre, o Banco do Brasil também caminha com folga para cumprir a meta de lucro de 2023, que varia entre R$ 33 bilhões e 37 bilhões.
Banco do Brasil: alerta de dividendos
Se o resultado do Banco do Brasil não foi perfeito, pelo menos o investidor com foco em proventos tem o que comemorar. Junto com o balanço, o BB anunciou que o pagamento de R$ 291 milhões em dividendos e R$ 1,958 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP).
Veja a seguir o valor por ação:
- Dividendos: R$ 0,10198860740
- JCP complementar: R$ 0,68622202551
O Banco do Brasil pretende pagar os dividendos em 30 de novembro. Mas para ter direito de receber é preciso ter ações BBAS3 no dia 21/11.
O BB informou ainda que pagou como remuneração antecipada R$ 953,7 milhões em JCP aos acionistas no último dia 29 de setembro.
- LEIA TAMBÉM: Nubank, Banco do Brasil ou Bradesco? Veja quais são as apostas dos gringos no setor bancário brasileiro
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
