Vale a pena investir em Mercado Livre? Confira a jornada da Aster Capital como investidores de MELI
O Mercado Livre (MELI) tem conseguido usar suas habilidades para atacar as principais fontes de lucro da região, o que exige tempo para que os investidores tenham um correto entendimento da empresa e dos seus diferentes mercados de atuação.
A Aster Capital teve dois de seus sócios fundadores, Rodrigo Nasser e Marcello Silva, no episódio 32 do Market Makers, para destrinchar o modelo de negócios do Mercado Livre (MELI). Como sequência do episódio, aproveitaremos a CompoundLetter de hoje para explorar como o MELI nos ajudou a evoluir como investidores.
O Mercado Livre (MELI) é uma empresa fantástica de se estudar. É uma empresa de tecnologia com a ambiciosa missão de democratizar o comércio e os serviços financeiros para 600 milhões de pessoas da América Latina - região com desafios fiscais, políticos e econômicos únicos no mundo.
O MELI tem conseguido usar suas habilidades para atacar as principais fontes de lucro da região, o que exige tempo para que os investidores tenham um correto entendimento da empresa e dos seus diferentes mercados de atuação.
Os efeitos colaterais de Mercado Livre (MELI)
O tempo dedicado em Mercado Livre (MELI) nos trouxe três efeitos colaterais valiosos:
- Aprendemos abordagens de modelos de negócios que depois incorporamos em outras empresas;
- Passamos a ter referências importantes de estratégia e comunicação com o mercado; e
- Absorvemos insights importantes sobre a disrupção em indústrias que acompanhamos de perto, tais como vestuário, animais de estimação etc.
As decisões do MELI
Em nossa jornada como investidores, deparamo-nos com uma miríade de formas sobre como as empresas se comunicam com o mercado e como reagem aos comentários de investidores – principalmente, quando existe alguma movimentação no preço da ação.
Nesse sentido, ao longo dos anos, o Mercado Livre (MELI) tomou decisões que, para nós que estamos de fora, pareciam ser muito difíceis do ponto de vista de alocação de capital pelas consequências de curto prazo. Olhando em retrospectiva, muitas dessas decisões se provaram corretas e aderentes à missão da empresa.
Como, por exemplo, o investimento massivo em logística: o Meli deixou de ser uma empresa lucrativa – e com margens muito altas – e durante muitos trimestres seguidos operou com relevantes prejuízos contábeis.
A visão de longo-prazo e a comunicação clara e consistente da companhia foi essencial para reforçar ainda mais a base de acionistas com sócios que compartilham da mesma visão.
Foi um aprendizado vivenciar o que uma comunicação assertiva, consistente e clara é capaz de proporcionar em um momento tão importante e de questionamentos tão intensos sobre a capacidade da companhia.
Leia Também
As teorias de Mercado Livre
É parte do processo de análise investir muito tempo estudando teorias de gestão, frameworks de trabalho e metodologias de negócios. No MELI, pudemos ver duas dessas teorias se converterem em prática, assim como acompanhar a "tropicalização" delas ao longo de sua implementação na América Latina.
A primeira delas é que o Mercado Livre é, e se posiciona como uma empresa de tecnologia, apesar do foco inicial em comércio eletrônico passar uma percepção diferente para quem está fora da empresa.
Toda empresa que passa por um processo de transformação digital ou que seja de tecnologia – ainda que a entrega do serviço ou produto não seja por si só 'de tecnologia’ – têm dificuldades na contratação de pessoas dedicadas a esse processo.
Nesse vídeo o diretor de engenharia de software do Meli explica o processo de evolução de gestão de engenharia da empresa.
Um terço dos participantes da empresa são da área de tecnologia, ou seja, o modelo de gestão da empresa é mais parecido com uma empresa de software do que com uma empresa de varejo, o que faz com que a forma de se avaliar e entender a empresa precise ser adaptada a isso.
Efeitos de rede
A outra teoria que pudemos tangibilizar no Mercado Livre são os famosos "efeitos de rede", que um modelo de gestão de plataforma é capaz de gerar. É muito mais fácil falar sobre os “efeitos de rede” do que efetivamente criar um negócio rentável por meio desses efeitos, mas o MELI conseguiu.
Em nossa mais recente carta aos investidores, abordamos um dos principais efeitos de rede criado pelo modelo de plataforma do Meli: a sua estratégia em Digital Advertising e como a empresa é capaz de usar as capacidades construídas ao longo do tempo para adicionar uma nova (grande) unidade geradora de lucro.
Neste podcast, o head comercial do Mercado Ads traz mais informações sobre o tema, e neste texto temos uma abordagem bastante aderente à análise de MELI como modelo de negócio.
Colocar essas competências em ordem e entender como uma ajudou a outra, foi essencial para aprofundar nosso conhecimento em MELI e ainda nos ajudou a segurar a posição ao longo dos vários testes de convicção pelos quais o mercado nos faz passar diariamente.
Hoje, o Mercado Livre não só é uma das nossas principais posições, como também é um importante fator de risco em diversos outros negócios que cobrimos ou investimos.
Um abraço,
Time Aster Capital
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA