Rodolfo Amstalden: Quanto vale a sua reputação?
Partindo de uma dotação inicial de R$ 180 bilhões, qual seria uma função utilidade que lhe faria disposto a gastar R$ 20 bilhões para preservar sua reputação?
Entre as precisas aspas atribuídas a John Pierpoint Morgan, a que mais aparece para mim na pesquisa do Google tem a ver com reputação.
"The first thing is character… before money or anything else; money cannot buy it.”
JP Morgan entendia o bom caráter como virtude suprema, essencial para qualquer pai de família ou homem de negócios.
Sob essa leitura, nem todo o dinheiro do mundo seria capaz de comprar um único grama de caráter.
Ainda assim, em situações cotidianas, é inevitável depararmos com contextos nos quais dinheiro e valores morais podem ser intercambiáveis.
- Leia também: Haddad, o patinho feio
Lembro-me da prova final de Economia Matemática II, em que o Professor Kanczuk propunha uma única e simples pergunta: quanto vale sua vida?
Leia Também
Eu que, como sempre, tinha me preparado porcamente para uma prova pesada de matemática, repleta de funções pitorescas de U(x), fiquei me perguntando se havia entrado na sala errada.
Seria aquele um teste de Filosofia?
No fim das contas, era um pouco dos dois. O aluno começava filosofando e terminava fazendo um cálculo atuarial lastreado em seguro de vida.
Depois da pergunta desconcertante, tinha um enunciado para isso, e era preciso prestar atenção em cada detalhe desse enunciado, em busca de pistas preciosas para levantar as premissas e seguir com as operações matemáticas.
Ao que me consta, para minha tristeza nostálgica, Kanzczuk se aposentou da nobre labuta professoral.
Se ainda estivesse por lá, talvez atualizasse o enunciado para algo como:
Partindo de uma dotação inicial de R$ 180 bilhões, qual seria uma função utilidade que lhe faria disposto a gastar R$ 20 bilhões para preservar sua reputação?
A priori, a resolução do exercício parece mais fácil, com vários tipos de funções satisfazendo a condição.
No entanto, um bom matemático poderia provar também que existem infinitas funções que não a satisfazem, o que sugere um perigo.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio
De repente, um aluno incauto de MBA perde o foco, e começa a divagar nessa floresta infinita de funções. O tempo vai passando, passando, e ele não consegue encontrar a resposta.
Talvez esse aluno se distraia e caia na tentação de pensar: "bem, qual é o mínimo que eu preciso gastar com isso?".
Talvez ele entenda que sua reputação está eternizada depois de sobreviver à choppada dos bixos sem vomitar, não é preciso preservar o que não sofre ameaça; logo, nem há o que calcular.
E então o estrago estará feito, nota zero na prova do Kanczuk, e nem adianta imaginar que ele vai dar mole na REC, porque não vai, não é do feitio dele.
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA