Tenda (TEND3) salta 15% e Cyrela (CYRE3) fica entre as maiores altas do Ibovespa após as prévias do 4º trimestre; é hora de colocar as construtoras na carteira?
Além delas, JHSF (JHSF3) e Cury (CURY3) divulgaram os resultados operacionais do período; confira os destaques de cada uma das companhias
Quem gosta de investir em companhias ligadas ao mercado imobiliário tem muito material para analisar nesta quarta-feira (18). Quatro empresas do setor — Cyrela (CYRE3), Cury (CURY3), JHSF (JHSF3) e Tenda (TEND3) — divulgaram suas prévias operacionais do quarto trimestre.
Os resultados, que incluem os números consolidados de 2022, vieram a público na noite de ontem e mexem com as cotações do segmento no pregão de hoje. Por volta das 13h25, a Tenda lidera os ganhos do índice imobiliário da B3 com um salto de 15,19%, cotada em R$ 5,08.
O desempenho ocorre a despeito da construtora ser a única das quatro cuja recomendação neutra para as ações foi mantida de maneira unânime pelos especialistas de diferentes casas que analisaram os resultados.
As ações da Cyrela, que fazem parte da carteira do Ibovespa, sobem 3,35% e estão entre as maiores altas do índice. No mesmo horário, os papéis JHSF recuam 0,46%, enquanto a Cury registra avanço de de 1,55%. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Confira abaixo os destaques das prévias operacionais de cada uma das quatro empresas.
Cyrela (CYRE3) é destaque do setor com números fortes
Para o BTG Pactual, a Cyrela (CYRE3) teve um quatro trimestre forte em todas as frentes. O banco explica que, apesar do cenário macroeconômico difícil, a empresa “cresceu o número de lançamentos fortemente” ao mesmo tempo em que manteve uma “excelente velocidade de vendas”.
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O Valor Geral de Vendas (VGV) — uma estimativa da receita a ser obtida com os empreendimentos — foi de R$ 2,8 bilhões nos últimos três meses do ano, alta de 10,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
O avanço das vendas totais contratadas foi ainda mais forte, de 70,9%, na mesma base de comparação. O indicador superou os R$ 2,69 bilhões no quarto trimestre e, segundo o Bradesco, impede o crescimento dos estoques, demonstrando a capacidade diferenciada de execução da empresa.
Além da boa performance operacional, o Santander destaca que o valuation das ações também é atrativo. Os analistas projetam um dividend yield de 6,3% em 2023 e afirmam que o nível atual de preços é favorável ante o histórico das cotações desde o IPO e a execução acima da média da Cyrela.
Os três bancos reforçaram a recomendação de compra para as ações CYRE3, mas cada um definiu um preço-alvo diferente para esse ano.
O mais otimista é o do BTG: R$ 27 por papel e potencial de alta de 86% em relação à cotação atual. Já o Santander é quem aposta no menor upside, de 44,7%, com preço-alvo de R$ 21. O Bradesco projeta as ações em R$ 22 e ganhos de 51,6%.
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Prévia da Tenda agradou, mas analistas ainda têm um pé atrás com as ações TEND3
A performance operacional da Tenda (TEND3) no quarto trimestre também agradou os analistas, mas com algumas ressalvas.
O BTG Pactual, por exemplo, diz que os R$ 704,2 milhões em lançamentos — queda de 15,8% na comparação anual — foram fracos. O Bradesco, por outro lado, relembra que a redução no indicador faz parte de um acordo da companhia com seus credores.
No lado positivo da prévia, o BTG cita a “sólida” velocidade de vendas (VSO), de 29,6%. Especialmente considerando que a companhia elevou o preço das unidades em 20,5% no trimestre, seguindo a estratégia da gestão para recuperar a lucratividade do negócio.
Os analistas do banco também estão otimistas com o segmento de baixa renda, no qual a empresa está inserida, e as perspectivas para o programa Casa Verde e Amarela. Além disso, mesmo com a alta de hoje, ponderam que as ações TEND3 estão descontadas.
Ainda assim, o BTG e o Bradesco mantêm recomendação neutra para os papéis porque a construtora deve enfrentar um semestre difícil, com queima de caixa e indicadores fracos. A virada nas margens ainda deve demorar a aparecer no balanço.
O Santander também avaliou os resultados da Tenda e reforçou que, para ganhar exposição no segmento de baixa renda, prefere as ações da Direcional (DIRR3) ou Cury (CURY3) por seus resultados fortes, ou a MRV (MRVE3), que negocia com desconto ainda maior que TEND3.
Confira abaixo o preço-alvo de cada uma das casas e o potencial de ganho projetado para as ações da Tenda.
| Casa | Recomendação | Preço-alvo | Upside |
| Bradesco | Neutra | R$ 8 | 57,5% |
| BTG | Neutra | R$ 6 | 18,1% |
| Santander | Neutra | R$ 5,40 | 6,30 |
Destaques das prévias de Cury (CURY3) e JHSF (JHSF3)
A Cury (CURY3), queridinha do Santander, lançou R$ 556,2 milhões no quarto trimestre, queda de 29,4% na comparação anual. Mas o resultado consolidado de 2022 chegou a R$ 3,3 bilhões, alta de 19% ante o mesmo período de 2021 e um recorde histórico para a companhia.
O mesmo ocorreu com as vendas líquidas, que recuaram 15% ante o 4T21, para R$ 753,1 milhões, e avançaram 28,2% em 2022, com R$ 3,3 bilhões.
Já a JHSF (JHSF3), que atua em diversas áreas do mercado imobiliário, com foco em alta renda, vendeu R$ 419,1 milhões no segmento de incorporação. O resultado representa um crescimento de 23,1% em relação ao quarto trimestre do ano anterior.
As vendas consolidadas dos shoppings da companhia avançaram menos, 7,7%, para R$ 1,2 bilhão. Mas a empresa destaca que a base de comparação era elevada e o resultado do período foi afetado por dois grandes eventos: as eleições presidenciais e a Copa do Mundo.
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