Sinais trocados do novo governo: o mercado exagera ao não dar a Lula o benefício da dúvida?
No podcast Touros e Ursos desta semana, discutimos a reação dos mercados aos desencontros entre ministros e presidente na primeira semana do governo Lula 3
A primeira semana de 2023 e do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente não foi nada fácil para os investidores brasileiros.
O mercado reagiu negativamente a uma série de sinais trocados emitidos pelo novo governo, com uma aparente “bateção de cabeça” entre alguns ministros e a Presidência da República.
Apenas no primeiro pregão do ano, o Ibovespa caiu mais de 3%. Após uma semana de forte instabilidade, vista também no mercado de juros, o principal índice da B3 fechou em queda de 0,70%, pouco abaixo dos 109 mil pontos.
Basicamente, o mercado não digeriu bem o fato de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi voto vencido na questão sobre a prorrogação da desoneração tributária dos combustíveis, além das sinalizações negativas do ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre a reforma aprovada no governo Bolsonaro - desautorizadas em seguida pela Casa Civil.
As dúvidas que ficaram no ar logo de cara são: há chance de reformas feitas no passado serem revistas e revertidas, ainda mais se tratando de um governo que já sinalizou desejo de voltar atrás em privatizações e outras mudanças econômicas recentes durante a sua campanha eleitoral? E os sinais cruzados no Executivo são indicativos de que, na verdade, Lula será um centralizador, deixando pouco espaço para os ministros?
O mercado está sendo duro demais com Lula?
Por enquanto, o mercado não parece disposto a dar o benefício da dúvida ao novo governo, que ainda nem bem teve tempo de mostrar a que veio.
Leia Também
Por outro lado, a nova direção não é composta exatamente de caras novas na política, e os investidores já estão bastante escaldados após algumas medidas econômicas desastrosas de governos anteriores do PT.
Também não dá para negar que sinalizações melhores mais para o fim da semana - como as primeiras palavras conciliadoras de Simone Tebet como ministra do Planejamento e a reunião ministerial de Lula para alinhar os discursos - fizeram a bolsa reduzir as perdas.
O mercado, afinal, está sendo duro demais com o novo governo? Foi isso que eu e Victor Aguiar discutimos no primeiro podcast Touros e Ursos de 2023, no qual também escolhemos nossos touros e ursos da semana que passou e - por que não - de 2022.
Para conferir o bate-papo na íntegra, basta clicar no tocador abaixo!
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
