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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

TEMPORADA DE BALANÇOS

Santander Brasil (SANB11) vê lucro encolher 45% no 2T23, a R$ 2,26 bilhões, e fica abaixo das expectativas do mercado

A média das projeções do mercado apontava para um lucro gerencial de R$ 2,468 bilhões para o Santander Brasil neste segundo trimestre

Victor Aguiar
Victor Aguiar
26 de julho de 2023
6:48 - atualizado às 15:56
Agência do Santander (SANB11)
Agência do Santander (SANB11) - Imagem: Divulgação

A fase ruim do Santander Brasil (SANB11) ainda não ficou para trás. O banco reportou um lucro líquido gerencial de R$ 2,259 bilhões, cifra 44,7% menor que a contabilizada no mesmo período do ano passado — e que ficou aquém das expectativas do mercado. Na base trimestral, o lucro aumentou 5,5%.

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A média das projeções de sete grandes casas de análise ouvidas pelo Seu Dinheiro apontava para um ganho de R$ 2,468 bilhões entre abril e junho deste ano. O resultado ficou abaixo até mesmo da mais pessimista das previsões, do UBS BB, que esperava lucro de R$ 2,271 bilhões.

Em termos recorrentes — que desconsideram provisões adicionais, passivos fiscais, impostos extraordinários e a venda de participação na Webmotors —, o lucro gerencial do Santander no trimestre foi de R$ 2,309 bilhões, queda de 43,4% em um ano e alta de 7,9% ante os três primeiros meses de 2023.

A rentabilidade (ROAE) do Santander ficou em 11,2% no trimestre encerrado em junho, uma melhora de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação aos três primeiros meses do ano. Ainda assim, o dado também ficou ligeiramente abaixo das projeções dos analistas, que apontava para um índice de 11,6%.

"Começamos a sentir os efeitos positivos da maior seletividade de crédito aplicada a partir do final do quarto trimestre de 2021", escreve Mario Leão, CEO do Santander Brasil, em mensagem aos acionistas. "Além disso, a margem de mercados apresentou evolução relevante no trimestre por conta da reprecificação do banking book, e possui viés de baixa ao longo do ano".

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Provisões: e o 'efeito STF'?

No lado das provisões, havia grande expectativa quanto à postura do Santander Brasil em relação a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contrária aos bancos no que diz respeito à incidência de PIS e Cofins sobre receitas financeiras.

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E isso porque o Santander é o mais afetado pelo parecer da Corte, com impactos que poderiam superar os R$ 4 bilhões. Mas, ao menos neste segundo trimestre, o banco dá a entender que não tomou nenhuma decisão sobre o que fazer.

O Santander apresentou duas fórmulas de cálculo do chamado 'resultado bruto de créditos de liquidação duvidosa', o nome formal das provisões. E, em ambos, houve uma redução do montante em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando foi considerada a perda de 100% dos empréstimos à Americanas.

Indo aos números: considerando todos os efeitos extraordinários ocorridos no semestre, o total provisionado foi de R$ 4,53 bilhões, cifra 59% menor que os R$ 11 bilhões vistos no primeiro trimestre; sem levar as questões não recorrentes em conta, as provisões caíram 11,6%, a R$ 5,98 bilhões.

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O Santander não dá maiores explicações quanto ao comportamento das provisões e não cita, em momento algum, o entendimento do STF.

Santander Brasil: inadimplência em alta

O índice de inadimplência do Santander segue mostrando tendência de alta, conforme esperado pelos analistas: chegou a 3,3% no trimestre encerrado em junho, ligeiramente acima dos 3,2% registrados em março — e 0,4 p.p. maior que o patamar de junho de 2022.

A piora, como imaginado, ocorreu especialmente entre os clientes pessoa física: no segmento, o índice total subiu de 4,5% em março para 4,8% em junho; há um ano, era de 4,1%. Entre as pessoas jurídicas, o patamar ficou estável em 1,4% na virada dos trimestres; em março de 2022, estava em 1,1%.

Carteira de crédito menor que a do 1T23

Para a carteira de crédito, a expectativa dos analistas consultados pelo Seu Dinheiro era de expansão tímida — e, de fato, o Santander Brasil mostrou uma evolução pequena na base anual: alta de 6,6%, para R$ 499,298 bilhões, com expansão em todos os segmentos atendidos pelo banco.

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Essa cifra, no entanto, pode trazer preocupação ao mercado, uma vez que também indica uma ligeira contração em relação ao primeiro trimestre do ano, quando a carteira totalizava R$ 500,3 bilhões.

Em relação aos três primeiros meses de 2023, chama a atenção a queda de 1,4% na carteira destinada às grandes empresas, que somou R$ 139,7 bilhões — nos segmentos de pessoa física, financiamento ao consumo, e pequenas e médias empresas, houve expansões de menos de 1%.

Santander: margens melhores

A margem financeira bruta do Santander Brasil no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 13,579 bilhões, alta de 3,3% em relação aos três meses anteriores — houve uma melhora tanto na margem com clientes quanto na tesouraria.

No caso da margem com clientes, os spreads recuaram 0,2 p.p., para 9,9%, dada a postura mais seletiva na originação de crédito. No entanto, esse efeito foi mitigado pelo aumento de 2,5% no volume médio e pelo maior número de dias corridos no trimestre.

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Já o resultado de tesouraria ficou negativo em R$ 843 milhões, uma perda 28% menor que a vista no primeiro trimestre — a sensibilidade negativa à curva de juros é apontada pelo banco como fator que influencia a melhora.

Receitas de tarifas e serviços melhoram

Outro ponto que mostrou uma melhora gradual neste segundo trimestre foi a geração de receitas de tarifas e serviços, totalizando R$ 4,81 bilhões, alta de 2,4% em relação aos três primeiros meses de 2023.

Em termos de volume, os cartões foram o segmento mais relevante para o Santander Brasil e responderam por R$ 1,371 bilhão, crescendo 1,5% na base trimestral; em seguida, aparece a linha de conta corrente, com expansão de 0,8%, a R$ 1 bilhão.

Em termos de crescimento percentual, destaque para a corretagem e colocação de títulos, com aumento de 19,4% entre os períodos, para R$ 428 milhões. Por fim, duas áreas apresentaram contração: administração de fundos e consórcios, com R$ 339 milhões (-2,9%) e cobrança e arrecadações, com R$ 323 milhões (-1,3%).

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