O que Campos Neto tem a ver com a disparada de mais de 20% das ações do Magazine Luiza (MGLU3) na B3 hoje
A expectativa de que o ciclo de cortes de 0,50 ponto percentual na Selic deve continuar nas próximas reuniões do Copom impulsiona o setor varejista

Com a taxa Selic na casa dos dois dígitos, qualquer declaração sobre a política monetária mexe com as expectativas dos analistas — e com as ações das companhias mais sensíveis aos juros. É o caso das grandes varejistas, como o Magazine Luiza (MGLU3).
E, se antes das falas do Roberto Campos Neto “irritavam” os gestores e os investidores das companhias de varejo com a persistência do aperto monetário, hoje o presidente do Banco Central foi quem trouxe otimismo
Em evento, o presidente do BC afirmou que “o diferencial de juros do Brasil com os Estados Unidos ainda é alto e não limita muito o nosso espaço [de cortes na Selic]”.
A declaração reforça a visão dos diretores da autoridade monetária exposta na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira. Ou seja, o ciclo de cortes de 0,50 ponto percentual na Selic deve mesmo continuar nas próximas reuniões — e ainda sem data para acabar.
Não por acaso, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) sentem na veia o maior otimismo com relação à queda dos juros. As ações da varejista encerram as negociações com alta de 23,78% na B3, cotadas a R$ 1,77. Acompanhe a cobertura de mercados.
Com isso, a companhia já acumula alta superior a 33% no mês, ainda que incertezas sobre a saúde financeira do Magalu e outras varejistas muito dependentes do ciclo de crédito permaneçam no radar dos investidores.
Leia Também
Desse modo, aumenta a ansiedade para a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da empresa de Luiza Trajano, que saem no próximo dia 13.
Além de Magazine Luiza, Casas Bahia (BHIA3) também aproveitou o cenário mais otimista e subiu 11,76% na B3 — mas os papéis seguem cotados próximos a R$ 0,50. A companhia divulga o balanço trimestral amanhã, após o fechamento do mercado.
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
Varejo em alta: o que explica?
Sem notícias relevantes para o setor de varejo e à espera dos balanços trimestrais, as ações estão mais suscetíveis à dinâmica dos juros futuros (DIs) — apostas do mercado para a trajetória das taxas básicas de juros negociadas em forma de contratos na bolsa.
Além das declarações de Campos Neto e a ata do Copom, a virada dos rendimentos dos Treasurys em Nova York também alivia os juros futuros — e ajuda a puxar as ações de Magazine Luiza e Casas Bahia na B3.
A curva, porém, ainda segue pressionada com as incertezas sobre mudanças na meta fiscal.
Vale lembrar que as ações de varejo são consideradas pelo mercado como ativos cíclicos, ou seja, ligados à atividade econômica e, consequentemente, mais voláteis.
Em linhas gerais, os juros em níveis mais altos por mais tempo limitam o acesso do consumidor ao crédito e encarecem as linhas de capital de giro das varejistas.
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
JP Morgan rebaixa Caixa Seguridade (CXSE3) para neutra após alta de 20% em 2025
Mesmo com modelo de negócios considerado “premium”, banco vê potencial de valorização limitado, e tem uma nova preferida no setor
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)