MRV (MRVE3) fica entre as maiores quedas do Ibovespa após prévia; confira a opinião dos analistas e a recomendação para as ações
O que mais desapontou os investidores e acendeu o alerta para os analistas foi a queima de caixa de R$ 539,5 milhões nos últimos três meses do ano
Em meio à série de construtoras e incorporadoras que divulgaram as prévias operacionais do quarto trimestre nos últimos dias, uma delas chama a atenção dos investidores: a MRV (MRVE3).
Um dos motivos para o destaque é o tamanho do negócio — trata-se da maior incorporadora do programa Casa Verde e Amarela. O outro é que, novamente, o desempenho operacional da empresa desapontou analistas e investidores.
Esse último grupo reage à prévia na bolsa de valores e coloca as ações da MRV entre as maiores quedas do Ibovespa hoje. Por volta das 13h20, os papéis MRVE3 recuavam 5,32%, cotados em R$ 6,76.
Apesar de mais fracos do que o esperado, os dois primeiros indicadores da companhia não foram uma decepção total para os especialistas.
O Valor Geral de Vendas lançado — uma estimativa da receita a ser obtida com os empreendimentos — cresceu 7,3% ante o quarto trimestre de 2021 e chegou a R$ 3,48 bilhões. No consolidado anual o resultado foi uma leve queda de 3,15%, totalizando R$ 9,14 bilhões.
Já as vendas recuaram nas duas bases. A variação negativa foi maior na comparação trimestral, de 14,2%, com R$ 2,06 bilhões vendidos no 4T22. Já a queda anual foi de apenas 2,8%, com o indicador fechando o ano em R$ 7,87 bilhões.
Leia Também
O que desagradou na prévia da MRV?
Mas o que mais desapontou os investidores e acendeu o alerta para os analistas foi a queima de caixa de R$ 539,5 milhões nos últimos três meses do ano.
A maior parte da cifra, cerca de R$ 286,3 milhões, foi gasta na operação principal da MRV. A recuperação das margens da unidade de incorporação focada nos segmentos de baixa renda segue sendo um dos maiores desafios para a companhia.
Os destaques operacionais da construtora
Uma das soluções da construtora para mitigar a pressão sobre as margens é o aumento dos preços dos empreendimentos — o ticket médio cresceu 22,7% no quarto trimestre.
Para o Bradesco, a estratégia é acertada e deve aliviar a queima de caixa e, eventualmente, equilibrar as contas. O banco estima que isso poderá ocorrer no segundo semestre deste ano.
Outro destaque positivo das prévias foi a performance da Resia. Depois de dar um susto nos acionistas com sua ausência nos números do trimestre passado, a incorporadora norte-americana lançou R$ 421 milhões e vendeu R$ 551 milhões no 4T22.
A subsidiária gringa da MRV também é uma fonte de otimismo para os analistas. Para boa parte deles, a Resia ainda não está precificada nas ações da companhia e pode ser um gatilho de alta para os papéis em caso de retomada dos planos de capitalização.
É hora de comprar MRV (MRVE3)?
Pesando os pontos negativos e positivos das prévias e da operação da companhia no geral, a maioria dos analistas consultados pelo Seu Dinheiro ainda recomenda compra para as ações da MRV.
Para o BTG, um dos maiores chamarizes dos papéis MRVE3 é a cotação. “Acreditamos que o valuation está excessivamente descontado, o que significa que os investidores estão precificando o momento mais fraco e ignorando as recentes mudanças positivas no CVA.”
O Santander também acredita que o preço da ação está atrativo na comparação histórica. O banco justifica ainda a manutenção da recomendação de compra pelo sólido potencial de crescimento dos ganhos por meio da subsidiária nos EUA.
Já o Itaú BBA preferiu uma abordagem mais cautelosa com a companhia e manteve a indicação neutra. Os analistas optaram por “aguardar mais sinais de melhora na operação Brasil e maior visibilidade no mercado americano” antes de atualizar a recomendação.
Confira abaixo o preço-alvo e potencial de alta calculado por cada uma das casas:
| Casa | Recomendação | Preço-alvo | Upside |
| Bradesco | Compra | R$ 16 | 136,7% |
| BTG | Compra | R$ 15 | 121,9% |
| Itaú BBA | Neutra | R$ 12 | 77,5% |
| Santander | Compra | $ 15,50 | 129,3% |
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
