RESUMO DO DIA: As principais bolsas pelo mundo operam sem direção definida hoje. A semana foi positiva para maioria dos índices. Dessa forma, um ajuste era esperado em algum momento. Enquanto isso, as falas de autoridades do Federal Reserve permanecem no radar. Nas terras brasileiras, o foco vai para a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um encontro com representantes do setor financeiro. Por fim, a prévia do PIB, o IBC-Br, é destaque no campo dos indicadores.
Está em busca de um filme de terror para esta sexta-feira 13? Uma boa — e rápida — pedida para causar aquele friozinho na espinha é a releitura do comunicado em que a Americanas (AMER3) revela ter identificado inconsistências da ordem de R$ 20 bilhões em seus balanços.
A notícia foi o foco do mercado brasileiro ontem e provocou um banho de sangue nos papéis AMER3, que fecharam em queda de 77%. Esse escândalo contábil seguiu no centro das conversas e negócios hoje.
E, como todo bom sucesso de bilheteria, teve logo uma sequência encomendada. “Caso Americanas 2: uma nova esperança” pode ser o seu nome. Isso porque, passado o pânico inicial, a varejista engatou em uma recuperação que a levou para a ponta positiva do Ibovespa.
As ações da companhia entraram e saíram de leilão várias vezes ao longo do pregão por oscilação máxima permitida — dessa vez para cima — e chegaram a subir mais de 55%. O saldo final foi uma alta de 15,81%, a R$ 3,15.
O dólar à vista enfrentou a volatilidade do mercado ao longo do dia, mas conseguiu encerrar a sexta-feira (13) em leve de alta de 0,12%, cotado em R$ 5,1064.
Na semana, porém, o resultado foi outro: a moeda-norte americana acumulou um recuo de 2,48% nos últimos cinco dias. Essa é a maior baixa do dólar em seis semanas.
As ações da Rumo (RAIL3) operam em queda de 2,25%, a R$ 18,25, após a companhia informar a interdição temporária, por aproximadamente sete dias, do trecho ferroviário da Malha Paulista em São Carlos.
A interdição é resultado da realização de obras para garantir a vazão do Córrego do Monjolinho, que passa sob a ferrovia, em razão das chuvas atípicas na região.
A tokenização de ativos começou a ganhar força no último ano, com a maior parte das criptomoedas derretendo no mercado. Essa tecnologia simples, porém sofisticada, nada mais é do que a criação de uma representação na blockchain de um item do universo que já conhecemos.
A grande novidade é que esse processo tem sido usado para o mundo dos investimentos, o que pode ajudar a democratizar o acesso a alguns produtos financeiros antes restritos. Quem acabou de trazer uma novidade nesse sentido foi o Bradesco, com o primeiro piloto de tokenização de um ativo na rede do banco.
O Bradesco realizou a emissão de uma cédula de crédito bancário (CCB) — um documento que registra a tomada de um empréstimo — no valor de R$ 10 milhões em uma operação conjunta com a OTC Brasil. O banco atuou como originador e distribuidor dos títulos, que podem ser comprados por investidores.
Tokenização engatinha, mas tem grande potencial
A tokenização não é exatamente uma novidade. O Itaú lançou uma unidade de negócios focada em tecnologia blockchain em julho do ano passado, e essa nova tecnologia é uma das apostas do setor de criptomoedas.
O Ibovespa cai 0,73%, aos 111.039 pontos. Apesar da recuperação do varejo e melhora de humor em Wall Street, a bolsa brasileira opera em movimento de correção após seis pregões em alta consecutivas, com exceção do fechamento anterior.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 3,75 | 37,87% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,53 | 10,66% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 15,07 | 3,43% |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 14,64 | 1,67% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 4,59 | 1,32% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRFS3 | BRF ON | R$ 8,07 | -5,72% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 13,91 | -4,14% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 6,17 | -3,89% |
ENGI11 | Engie units | R$ 41,80 | -3,89% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 11,90 | -3,41% |
Na esteira da desvalorização do dólar, os juros futuros (DIs) mantêm-se em trajetória de queda nesta sexta-feira.
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/24 | 13,44% | 13,52% |
DI Jan/25 | 12,41% | 12,51% |
DI Jan/26 | 12,23% | 12,29% |
DI Jan/27 | 12,20% | 12,26% |
O rombo de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3) jogou uma sombra sobre o varejo brasileiro, mas nem tudo está perdido. O segmento de vestuário tem uma oportunidade que, segundo o Itaú BBA, não se vê todo dia: Lojas Renner (LREN3).
O banco elevou a recomendação de LREN3 para compra e estabeleceu um novo preço-alvo para as ações, de R$ 27 — o que representa um potencial de valorização de 27% com relação ao fechamento de quinta-feira (13).
E ainda que a empresa enfrente ventos contrários — a exemplo de receita abaixo do padrão, investimentos em infraestrutura logística e cenário econômico mais ameno — o Itaú BBA vê LREN3 operando descontada em relação aos níveis históricos, com preço/lucro (P/L) de 15,4 vezes em 2023.
“Em poucas palavras, estamos comprando as ações com um múltiplo marcadamente baixo sobre os ganhos do final do ciclo”, diz o Itaú BBA em nota.
A Americanas (AMER3) seguem em trajetória de recuperação nesta sexta-feira (13). As ações da varejistas entraram em leilão por oscilação máxima permitida várias vezes durante a tarde de hoje e, por volta das 14h50, operavam em um salto de 55,15%, a R$ R4,22.
A alta volatilidade dos papéis está ligada ao escândalo contábil deflagrado na última quarta-feira (11). A empresa comunicou a descoberta de inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões em seus balanços financeiros.
O rombo nas contas levou o CEO Sergio Rial a entregar o cargo menos de duas semanas após a posse e provocou uma queda de 77% nas ações AMER3.
A revelação das inconsistências contábeis existentes na Americanas (AMER3) acendeu um alerta geral para analistas e gestores. Para muita gente, o principal risco era de que não somente ela estivesse fazendo essa "contabilidade criativa", mas também sua concorrentes como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).
Com medo de outras notícias semelhantes, o mercado não pensou duas vezes antes de descontar sua desconfiança nos papéis, arrastando todo o setor para baixo no pregão de ontem. Mas, segundo o JP Morgan, não é momento para pânico.
Em relatório, a equipe do banco afirma que, embora a prática de adiantamento a fornecedores que envolve bancos — e foi responsável pelo escândalo envolvendo a Americanas —, seja comum no varejo, o caso é bem específico.
O documento reforça que não se trata de um problema estrutural do setor, mas sim de uma opção feita pela varejista, usada principalmente para produtos de ticket médio mais alto e bens duráveis.
As prévias operacionais das construtoras e incorporadoras da B3 são sempre aguardadas pelo mercado, pois dão um vislumbre de como será o balanço. Especialmente as do quarto trimestre, que incluem também o resultado consolidado do ano.
Três companhias do setor — Direcional (DIRR3), EZTec (EZTC3) e Mitre (MTRE3) — divulgaram o documento entre ontem e esta sexta-feira (13), e analistas e investidores repercutem os números hoje.
Se a performance das ações fosse o único indicativo de qual resultado foi mais bem-recebido, a Direcional seria a campeã.
As ações DIRR3 registram a menor queda do grupo em um dia no qual quase todo o setor opera no vermelho. Apesar disso, o quarto trimestre da companhia foi mais fraco que o esperado pelos especialistas da construção civil.
No dia seguinte depois do tombo de 77%, os investidores de Americanas (AMER3), e do setor de varejo como um todo, tentam recuperar as perdas.
As ações AMER3 entraram há pouco em leilão após subir 24,27%, a R$ 3,38.
Além do movimento de ajuste, as varejistas são beneficiadas pelo alívio na curva dos juros futuros (DIs). Confira as maiores altas do setor:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 3,40 | 25,00% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,53 | 10,66% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 12,55 | 1,70% |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,50 | 1,63% |
Depois da revelação de um rombo de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas (AMER3), a agência de classificação de risco Fitch cortou o rating de crédito da empresa para a faixa CC, o que indica, na escala da agência, que a varejista está altamente vulnerável a dar calote.
De acordo com a Fitch, é provável que a Americanas entre em um acordo de standstill com seus credores, um pacto formal que visa evitar o pedido de recuperação judicial. Isto porque, na visão da agência, a Americanas agora tem uma estrutura de capital insustentável e o episódio gerou danos à reputação da companhia.
Caso a Americanas, de fato, faça esse acordo, o rating da empresa seria rebaixado para C, o que a deixaria a um corte de distância da classificação D, que indica default (calote).
Leia mais sobre a Americanas:
- A Americanas (AMER3) vai falir? Entenda como pode ser o futuro da varejista após o fiasco dos R$ 20 bilhões
- Caos na Americanas (AMER3) faz Lemann e seus sócios perderem um bilhão de dólares e caírem no ranking de bilionários
Estrutura de capital insustentável
A adição de R$ 20 bilhões em novos passivos deixa a estrutura de capital da Americanas fadada à insustentabilidade, segundo a Fitch.
As bolsas europeias fecharam os mercados nesta sexta-feira em alta.
- Frankfurt: +0,19%;
- Londres: +0,68%;
- Paris: +0,69%;
- Euro Stoxx 600: +0,54%.
O dólar à vista opera em queda de 0,44%, a R$ 5,0861.
O "Risco Americanas" parece ter se afastado do radar, pelo menos para as ações do setor de varejo. Nesta sexta-feira (3), um dia após a forte queda de mais de 77% nos papéis de Americanas (AMER3) em razão do rombo contábil de R$ 20 bilhões e renúncias no alto escalão da companhia, os investidores realizam um movimento de recuperação dos demais ativos do setor - inclusive da varejista, em específico.
As ações AMER3 sobem mais de 16%, acompanhada de Magazine Luiza (MGLU; +8,76%).
Além da recuperação, os juros futuros (DIs) operam com alívio após a retração da economia em novembro, apontada pelo IBC-Br, a prévia do PIB, divulgado mais cedo pelo Banco Central - o que impulsiona o setor de consumo, mais sensível ao juro.
Mesmo assim, o Ibovespa opera em tom negativo. A bolsa cai 0,74%, aos 111.021 pontos, com peso maior do exterior.
Nos EUA, inaugurou-se a temporada de balanços com resultados do quarto trimestre de 2022 e do ano. Os primeiros a divulgar os demonstrativos foram os bancos. O destaque foi o JP Morgan.
A tradicional instituição financeira americana teve lucro líquido de US$ 11 bilhões no quarto trimestre de 2022, 6% maior do que o ganho de US$ 10,4 bilhões apurado em igual período de 2021, segundo balanço publicado nesta sexta-feira.
O lucro por ação do maior banco dos EUA entre outubro e dezembro ficou em US$ 3,57, bem acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,08.
Apesar dos fortes resultados, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, fez um alerta sobre desafios à economia americana, o que acabou pesando na ação do banco nos negócios do pré-mercado.
"A economia dos EUA permanece forte, com os consumidores ainda gastando recursos extras e com empresas saudáveis. No entanto, ainda não sabemos o efeito final de obstáculos ligados a tensões geopolíticas, incluindo a guerra na Ucrânia, a situação vulnerável do abastecimento de energia e alimentos, a inflação persistente que corrói o poder de compra e impulsionou as taxas de juros, e o inédito aperto quantitativo", disse Dimon, em comunicado que acompanha o balanço.
O "aviso", desde então, tem repercutido nos índices de Wall Street. Confira o desempenho das bolsas americanas:
- Dow Jones: +0,10%;
- S&P 500: -0,19%;
- Nasdaq: -0,09%.
Por fim, o dólar à vista mantém-se em queda nesta sexta-feira. A moeda americana cai 0,27%, a R$ 5,0926.
O Ibovespa cai 0,75%, aos 111.010 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 3,25 | 19,49% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,53 | 10,66% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 15,04 | 3,23% |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,53 | 2,85% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 12,64 | 2,43% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 4,17 | -4,14% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 6,17 | -3,89% |
ENGI11 | Engie units | R$ 41,93 | -3,59% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 8,27 | -3,39% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 14,03 | -3,31% |
A menos que você viva numa bolha ou em outro planeta, com certeza ouvir falar sobre a Americanas (AMER3) nas últimas 24 horas. E não é porque o jingle do Big Brother Brasil grudou na sua cabeça ou porque está rolando uma promoção imperdível nas lojas — mas sim pelo rombo de R$ 20 bilhões nas suas contas, um valor ainda não auditado.
Para ter uma ideia, o valor é maior que o patrimônio líquido da varejista no balanço referente ao terceiro trimestre de 2022, de quase R$ 15 bilhões.
Diante de muitas dúvidas que ainda moram na cabeça do mercado, uma delas é bem específica e de interesse mais geral: há alguma chance de a Americanas quebrar?
Ainda é muito cedo para cravar uma resposta, e muita gente acha isso improvável. Porém, isso também não quer dizer que o caminho da varejista daqui para frente será fácil.
Com o rebaixamento das recomendações dos papéis de Qualicorp (QUAL3) pelo Santander, com expectativas de mais cancelamentos de planos de saúde devido ao avanço dos preços, a companhia puxa os demais pares para baixo.
Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 6,15 | -4,21% |
FLRY3 | Fleury ON | R$ 15,40 | -2,59% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 4,25 | -2,30% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 26,40 | -1,68% |
As bolsas americanas iniciaram os pregões em queda, repercutindo os balanços trimestrais dos bancos, entre eles o JP Morgan, divulgados nesta manhã.
Confira a abertura:
- Dow Jones: -0,75%;
- S&P 500: -0,75%;
- Nasdaq: -0,83%.
Enquanto o novo filme de Avatar retrata uma nova ameaça em Pandora, o conto de fadas da Disney (NYSE: DIS) parece iniciar um capítulo conturbado em Wall Street — e as nuvens tempestuosas de uma disputa societária garantem lugar nos cenários fantásticos vividos pela dona do Mickey.
Recém-rejeitado pela Walt Disney Company para a cadeira de conselheiro, o investidor ativista Nelson Peltz, sócio fundador da companhia de investimentos Trian Partners, está determinado a abrir seu caminho em direção ao conselho de administração da empresa.
Depois que a companhia se recusou a indicar seu nome para a cadeira no conselho, Peltz anunciou sua intenção de iniciar uma guerra para conquistar seu objetivo.
Atualmente, o investidor possui uma participação de quase 0,5% na empresa de entretenimento, correspondente a cerca de US$ 900 milhões, através de sua gestora Trian.
Os papéis de Qualicorp (QUAL3) caem 4,52%, a R$ 6,13, e lideram a ponta negativa do Ibovespa.
A piora do desempenho dos ativos acontece após o Santander rebaixar a recomendação dos papéis de neutro para venda ("underperform") e cortar o preço-alvo de R$ 19,00 para R$ 7,00.
Em relatório, o banco destaca que a empresa pode enfrentar mais cancelamentos de planos de saúde neste ano, à medidas que os preços continuem elevados.
As ações das varejistas operam em ritmo de recuperação, após a forte queda dos papéis no dia anterior.
O recuo dos juros futuros (DIs) também impulsionam as companhias do setor.
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 3,04 | 11,76% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,44 | 7,84% |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,59 | 5,28% |
LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 21,43 | 0,89% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 6,34 | 0,48% |
Com início da temporada de balanços, com resultados do quatro trimestre de 2022 e do ano, os índices futuros americanos operam em queda:
- Dow Jones futuro: -0,78%;
- S&P 500 futuro: -0,91%;
- Nasdaq futuro: -1,06%.
Por lá, as atenções dos investidores concentram-se nos número do JP Morgan.
JP Morgan teve lucro líquido de US$ 11 bilhões no quarto trimestre de 2022, 6% maior do que o ganho de US$ 10,4 bilhões apurado em igual período de 2021, segundo balanço publicado nesta sexta-feira.
O lucro por ação do maior banco dos EUA entre outubro e dezembro ficou em US$ 3,57, bem acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,08.
Apesar dos fortes resultados, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, fez um alerta sobre desafios à economia americana, o que acabou pesando na ação do banco nos negócios do pré-mercado.
"A economia dos EUA permanece forte, com os consumidores ainda gastando recursos extras e com empresas saudáveis. No entanto, ainda não sabemos o efeito final de obstáculos ligados a tensões geopolíticas, incluindo a guerra na Ucrânia, a situação vulnerável do abastecimento de energia e alimentos, a inflação persistente que corrói o poder de compra e impulsionou as taxas de juros, e o inédito aperto quantitativo", disse Dimon, em comunicado que acompanha o balanço.
*Com informações de Broadcast
O Ibovespa opera em queda de 0,78%, aos 110.981 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 2,97 | 9,19% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,47 | 8,78% |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,56 | 4,07% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 15,09 | 3,57% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 6,56 | 0,92% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 6,15 | -4,21% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 7,38 | -2,77% |
BPAC11 | BTG Pactual units | R$ 22,25 | -2,75% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 23,32 | -2,47% |
SMTO3 | São Martinho | R$ 22,58 | -2,34% |
Os investidores da Petrobras (PETR3;PETR4) estão prestes a receber a segunda parcela dos dividendos da estatal — e podem comemorar um leve aumento no pagamento. Em comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (13), a empresa informou o reajuste de valores para as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN).
Esse ajuste vale tanto para o pagamento de dividendos quanto de juros sobre o capital próprio (JCP).
A atualização monetária foi pequena, cerca de 0,71% da Selic no período de 31 de dezembro do ano passado até 19 de janeiro de 2023.
A notícia vem na contramão do que o mercado esperava de suspensão dos dividendos com a nova gestão do governo federal. O pagamento será feito na próxima quinta-feira (19).
O dólar à vista tem mínima a R$ 5,1070, com queda de 0,13%.
Na retomada dos negócios, as ações de Americanas (AMER3) sobem 8,48%, a R$ 2,95 em movimento de reajuste.
Ontem (12), o papel recuou mais de 76%, com a notícia de um rombo contábil de R$ 20 bilhões e as renúncias do presidente Sergio Real e do diretor financeiro André Covre.
Na "fuga" dos papéis de Americanas (AMER3), os investidores realocam os ativos para Magazine Luiza (MGLU3).
As ações da varejista sobem 4,70%, a R$ 3,34.
Neste momento em que o mercado mensura o "Risco Americanas", o JP Morgan vê MGLU3 como uma oportunidade, especialmente, no varejo físico, por ao menos três motivos:
- (1) menor alavancagem;
- (2) maior produtividade da área de vendas
- (3) concorrência enfraquecida, considerando Via (VIIA3) e Americanas (AMER3).
Ainda segundo o banco, a Magazine Luiza confirmou que nenhuma das operações de financiamento de fornecedores, em torno de R$ 4 bilhões previsto no balanço do terceiro trimestre do ano passado, estão fora do balanço.
Os papéis da Americanas (AMER3), que ficaram em leilão por mais de 30 minutos, abriu há pouco em alta de 1,10%, a R$ 2,75.
Mas, devido a forte queda do dia anterior, as ações voltaram para o leilão por oscilação máxima permitida.
Ainda com o "Risco Americanas" no radar, os ativos brasileiros operam, majoritariamente, em queda.
Apenas 5 ativos sobem:
CÓDIGO | NOME | VAR |
SUZB3 | Suzano ON | 1,17% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | 0,81% |
BEEF3 | Minerva ON | 0,89% |
GGBR4 | Gerdau PN | 0,31% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | 0,22% |
Essas companhia são beneficiadas pela valorização das commodities, em geral, além da valorização do dólar, que beneficia Suzano.
No caso de Magazine Luiza, os ativos sobem com a troca de posições e "fuga" dos papéis de Americanas (AMER3).
O Ibovespa abriu em queda de 1,21%, aos 110.499 pontos. Apenas 5 ações sobem e Americanas (AMER3) segue em leilão.
Com o pré-mercado americano mais cauteloso, os recibos de ações (ADRs) de Vale e Petrobras operam em queda.
Os papéis de Vale caem 0,98%, a US$ 18,20. Os ADRs de Petrobras recuam 0,83%, a US$ 10,81.
O Ibovespa futuro renova mínima e cai 0,82%, aos 112.070 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista sobe 0,73%, a R$ 5,1438.
PAGUE SEU IMPOSTO EM DIA: AJUSTE FISCAL NO HORIZONTE
Lá fora, as principais bolsas de valores asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira, após o último relatório sobre o superávit comercial da China, que superou as expectativas. Os investidores também acompanharam as indicações amplamente positivas dos mercados globais durante o pregão de ontem, com dados mostrando uma queda na inflação dos preços ao consumidor nos EUA no mês de dezembro.
Foi a primeira vez que vimos um movimento como o registrado ontem nos preços em mais de dois anos e meio, elevando as expectativas de que o Fed vai desacelerar o ritmo de alta de juros nos próximos meses. Os mercados europeus dão sequência ao bom humor nesta manhã, apesar da resistência dos futuros americanos. Há tensão por conta do início da temporada de resultados. No Brasil, digerimos o ajuste fiscal de Haddad.
A ver…
00:40 — O mercado nem ligou para a possibilidade de déficit zero em 2023
Por aqui, contamos hoje com o dado do IBC-Br de novembro do ano passado, que pode confirmar uma desaceleração econômica. Apesar da proxy do PIB ser importante, sem dúvida, o que se discute mesmo é a difusão do problema das Lojas Americanas e os desdobramentos do plano fiscal do Haddad, que sequer empolgou os investidores ontem. Em relação ao primeiro ponto, vimos ontem a queda de 77% de Americanas, a maior desvalorização de uma ação do Ibovespa desde 1994. Há um temor de que as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, criadas ao longo da última década, possam ter efeito nos bancos, o que seria sistematicamente negativo.
Fora o problema corporativo gigantesco das Lojas Americanas, também debatemos a possibilidade de zerarmos o déficit ainda em 2023.
Haddad apresentou na quinta-feira suas primeiras medidas, as quais preveem uma reversão do déficit de mais de R$ 231 bilhões neste ano para um superávit de R$ 11 bilhões. Claro, tal movimento tão agressivo seria no melhor dos mundos. Haddad entende que pode conseguir ao menos parte disso, levando o déficit neste ano para algo entre 0,5% e 1% do PIB. Ruim, sim, mas bem melhor do que esperávamos.
O problema é que 80% do ajuste vem por conta de uma arrecadação maior. Pague seu imposto em dia, o governo vai precisar.
As autoridades do Fed estão cautelosas em desistir de aumentar os juros sem evidências convincentes de que a inflação não está apenas desacelerando, mas voltando para a meta. Basicamente, portanto, o banco central ainda está a caminho de aumentar as taxas novamente em sua reunião de 31 de janeiro a 1 fevereiro. Ainda se espera que o Fed dos EUA aumente as taxas em pelo menos 25 pontos-base em sua próxima reunião. Isso não muda o fato de que ainda teremos mais altas depois de fevereiro e que os juros ficarão em patamares elevados por mais tempo.
02:47 — A temporada de resultados começa
Ainda em solo americano, a sexta-feira traz o início da temporada de resultados do quarto trimestre, com algumas grandes empresas dando início às festividades, incluindo JPMorgan Chase, Bank of America, UnitedHealth Group e Delta Air Lines. A grande maioria do S&P 500 reportará ao longo do próximo mês e meio.
Poucos estão esperando um bom quarto trimestre. No total, espera-se que as empresas do S&P 500 relatem seu primeiro trimestre negativo desde 2020. Prevê-se que o lucro por ação caia 2,2% na comparação anual, após crescimento de aproximadamente 4,4% no terceiro trimestre e 8,4% no segundo trimestre. As perspectivas de consenso para o quarto trimestre tornaram-se muito mais sombrias à medida que 2022 avançava, precificando uma recessão.
A estimativa atual do mercado levaria o lucro por ação do S&P 500 de 2022 a US$ 219,80, o que representaria um aumento de 5,6% no ano. É provável que acabe um pouco melhor do que isso, já que a maioria das empresas tende a superar as estimativas de consenso.
A receita, no entanto, deve aumentar 4,1% na comparação anual no quarto trimestre, para US$ 3,7 trilhões, e 11,2% em todo o ano de 2022, para US$ 13,8 trilhões. O fato de que as vendas estão crescendo, mas os lucros estão caindo, é um sinal de que as margens de lucro atingiram o pico neste ciclo.
03:55 — A balança comercial chinesa
Durante a nossa madrugada, o mercado internacional repercutiu a divulgação da balança comercial chinesa, que mostrou que exportações e importações da China caíram forte em dezembro, mas bem menos do que o esperado, o que impulsionou os ativos asiáticos e as commodities, fator que poderá beneficiar o Brasil hoje, já que somos historicamente muito sensíveis ao desempenho das matérias-primas.
Vemos que a desaceleração da demanda global por bens e as políticas de zero-Covid cobram um preço elevado, mas não tanto quanto se projetava. Em dezembro, as exportações caíram 9,9% na comparação anual, enquanto as importações caíram 7,5%. Resta entender como a nova dinâmica das cadeias de suprimentos (mais curtas, mais diversificadas e mais resilientes) afetará a balança comercial chinesa.
04:30 — O bom desempenho do ouro
O ouro está passando por um momento em que os investidores apostam que a inflação continuará sua trajetória de queda e os aumentos agressivos das taxas do Federal Reserve logo terminarão. Desde a mínima de setembro, o ouro já sobe mais de 17% e agora já negocia acima de US$ 1.900 por onça.
Tradicionalmente, os investidores tendem a migrar para ativos que oferecem retornos regulares, como títulos do governo, quando as taxas de juros estão subindo. Tanto é verdade que os preços do ouro caíram no ano passado, ao passo em que o Fed começou a aumentar as taxas de juros em sua tentativa de domar a inflação.
Agora, porém, o mercado espera cada vez mais que o Fed recue nesses aumentos de juros à medida que os preços ao consumidor diminuem, aumentando a demanda por ouro. Poderá ser uma posição interessante para 2023, já que os yields e o dólar perdem força, enquanto as incertezas globais permanecem.
Apesar de maior cautela sobre o mercado de varejo e leve recuperação do dólar, os juros futuros (DIs) abriram em trajetória de queda nesta sexta-feira (13) com o recuo mais forte que o esperado da atividade econômica de novembro, medida pelo IBC-Br.
Confira a abertura dos DIs:
DI Jan/24 | 13,47% | 13,52% |
DI Jan/25 | 12,46% | 12,51% |
DI Jan/26 | 12,24% | 12,29% |
DI Jan/27 | 12,20% | 12,26% |
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,55%, com ajustes, em novembro ante outubro de 2022. A variação é maior do que o recuo de 0,20% esperado.
A desaceleração da atividade econômica contribuiu para a retração do IBC-Br em novembro.
Na comparação anual, a atividade econômica avançou 1,65% em novembro, sem ajuste. Os analistas ouvidos pela Broadcast aguardam uma alta de 2,25% em novembro ante o mesmo mês de 2021.
Em 12 meses até novembro, o IBC-Br subiu 3,15% em novembro, sem ajustes.
Os índices anteriores também foram revisados pelo Banco Central. Confira:
- Maio ante abril: de -0,46% para -0,54%;
- Junho ante maio: de +1,01% para +0,99%;
- Julho ante junho: +1,92% para +1,87%;
- Agosto ante julho: de -1,13% para -1,21%;
- Setembro ante agosto: de 0,00% para -0,11%;
“Sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno”, disse Jorge Paulo Lemann certa vez. Acontece que parte do sonho grande do qual o bilionário e seus fiéis escudeiros Carlos ‘Beto’ Sicupira e Marcel Telles perseguem há décadas virou em um amargo pesadelo no caso do investimento na Americanas (AMER3).
A descoberta de “inconsistências” que representam um rombo contábil da ordem de R$ 20 bilhões dizimou o valor de mercado da varejista, que derreteu 77,33% na B3 ontem, incluindo a participação de 31,13% que o trio detém na companhia.
A fatia nas Americanas representa uma parcela pequena do patrimônio multibilionário dos empresários. Mas a descoberta dos problemas colossais no balanço, em conjunto com a queda no valor de mercado de outras empresas, levou o trio a cair algumas posições no prestigiado ranking de bilionários da revista Forbes.
Formada por cerveja, ketchup e hambúrguer, a fortuna combinada do trio caiu US$ 1,01 bilhão entre ontem e hoje, de acordo com o levantamento em tempo real da publicação.
O dólar à vista iniciou as negociações em alta de 0,32%, a R$ 5,1167.
O Ibovespa futuro abriu em leve queda de 0,08%, aos 112.915 pontos. O índice acompanha os futuros de Nova York, que reagem ao início da temporada de balanços do quatro trimestre de 2022 e resultados anuais.
Por aqui, o "Risco Americanas" continua a fazer efeito sobre o índice, resultando em maior cautela.
O otimismo com a reabertura da China ainda prevalece entre os investidores, o que impulsiona os ganhos de minério de ferro.
A commodity negociado em Dalian, na China, tem forte alta de 3,40%, com a tonelada a US$ 131,30.
O petróleo tipo Brent também avança e sobe 0,64%, a US$ 84,57 o barril.
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Tim (TIMS3).
TIMS3: [Entrada] R$ 11.88; [Alvo parcial] R$ 12.20; [Alvo] R$ 12.69; [Stop] R$ 11.34
Recomendo a entrada na operação em R$ 11.88, um alvo parcial em R$ 12.20 e o alvo principal em R$ 12.69, objetivando ganhos de 6.8%.
O stop deve ser colocado em R$ 11.34, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
- Banco Central: IBC-Br de novembro (9h)
- IBGE: Pesquisa industrial mensal regional em novembro (9h)
- Ministério da Economia: Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião fechada à imprensa em São Paulo com o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo; o CEO da Bradesco Asset, Bruno Funchal; o diretor de Estratégia, Economia e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy; o economista-chefe do BTG, Mansueto Almeida; o economista da Necton Daniel Cunha Nascimento Silva; o CEO da Necton, Marcos Azer Maluf; e o superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Banco Santander, Mauricio Oreng (10h)
- Estados Unidos: Poços e plataformas de petróleo em operação (15h)
Balanços do dia:
Antes da abertura:
- Bank of America (EUA)
- BlackRock (EUA)
- Citigroup (EUA)
- JP Morgan (EUA)
- UnitedHealth Group (EUA)
- Wells Fargo (EUA)
Os índices futuros das bolsas de valores Nova York operam próximos da estabilidade no início da manhã desta sexta-feira.
Os índices apontam para a possibilidade de abertura em queda depois de três pregões consecutivos em alta.
Os investidores estão à espera de dados de confiança do consumidor dos EUA e de mais comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), um dia após números do CPI confirmarem nova desaceleração nos preços do país.
Investidores também estão atentos ao início da temporada de balanços dos EUA, que trará hoje os resultados trimestrais de bancos como JPMorgan e Bank of America.
Confira:
- Dow Jones futuro: +0,02%;
- S&P 500 futuro: +0,00%;
- Nasdaq futuro: -0,08%.
As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta.
Os investidores repercutem o resultado consolidado do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha em 2022.
A economia alemã cresceu 1,9% no ano passado.
Houve desaceleração em relação a 2021, quando o PIB da Alemanha cresceu 2,6%, mas o resultado veio em linha com o esperado diante da alta dos preços de energia.
Confira:
- Frankfurt: +0,41%;
- Londres: +0,50%;
- Paris: +0,70%:
- Euro Stoxx 50: +0,68
As principais bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira.
Os investidores acompanharam o terceiro dia seguido de alta em Wall Street diante da confirmação de que a inflação nos Estados Unidos desacelerou mais.
A exceção negativa foi a bolsa de Tóquio. O índice Nikkei caiu 1,25% em meio à especulação de que o Banco do Japão (BoJ) poderá ceder e apertar sua política monetária ultra-acomodatícia na reunião marcada para a semana que vem.
Veja como fecharam as demais bolsas asiáticas hoje:
- Seul: +0,89%
- Xangai: +1,01%
- Hong Kong: +1,04%
- Taiwan: +0,63%