Entenda por que a Petrobras (PETR4) não precisa sumir com os seus dividendos com o novo governo
Em relatório, a equipe da Empiricus Research calcula e explica por que a Petrobras (PETR4) é capaz de pagar quase o dobro dos 25% mínimos em dividendos

Desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos assuntos mais frequentes no mercado é a Petrobras (PETR4). Não apenas pelo temor de algum tipo de ingerência como aconteceu no passado, mas principalmente o assunto que mais interessa aos investidores — a distribuição de dividendos.
De lá para cá, os analistas são praticamente unânimes ao dizer que essa fonte vai secar. Assim, a Petrobras pode passar de maior pagadora de proventos do mundo a uma distribuição mínima — somente os 25% obrigatórios por lei.
O ex-senador Jean Paul Prates, indicado para assumir a estatal durante o novo governo, já falou publicamente que é contra o pagamento de dividendos exorbitantes. No passado, ele liderou uma iniciativa na Justiça para barrar os dividendos da Petrobras, alegando necessidade de preservação da capacidade de investimento.
Porém, tendo em vista os números robustos da companhia, basta fazer algumas contas para compreender que também não será tão simples assim distribuir somente os 25% previstos em lei aos acionistas. A verdade é que a Petrobras nem tem onde investir tanto dinheiro diante da quantidade de projetos disponíveis.
Essa avaliação é feita em um relatório recente da Empiricus Research, que demonstra que, nos últimos anos, a estatal foi capaz de distribuir uma média de quase 80% de seu lucro líquido.
As contas da Petrobras
No relatório, a equipe da Empiricus buscou compreender qual seria um payout razoável para a Petrobras, com premissas de resultados para os próximos dois anos.
Leia Também
- Magazine Luiza (MGLU3) já era? Cara ou barata? Com uma queda de mais de 40% no ano, alguns fatores marcantes podem impactar a ação e concorrentes daqui para frente. Acesse neste link mais detalhes.
Os cálculos desconsideram interferências drásticas no preço dos combustíveis e considera uma queda na cotação do petróleo conforme a curva de contratos futuros da commodity.
Assim, a Petrobras geraria um lucro em torno de R$ 100 bilhões por ano nos próximos dois anos. Como referência, considere que no ano passado esse número foi de R$ 183 milhões.
Nesse mesmo cenário, o fluxo de caixa operacional médio da companhia ficaria em torno de R$ 160 bilhões. Segundo o plano estratégico atual da empresa, que tem validade até 2027, a Petrobras planeja investimentos de R$ 85 bilhões nesses próximos dois anos, com uma alavancagem muito baixa e que não demanda amortização de dívidas.
Portanto, haveria um fluxo de caixa livre restante de R$ 75 bilhões para ser distribuído aos acionistas ou reinvestido na própria empresa, calcula a equipe da Empiricus.
No relatório, eles apontam que, com um lucro de R$ 100 bilhões e uma distribuição de proventos de apenas 25%, os acionistas receberiam R$ 25 bilhões. Já o governo ficaria com R$ 50 bilhões para investir. Mas em quais projetos?
Para dimensionar isso, os analistas consideraram que uma das vontades da atual direção da Petrobras é investir em energias renováveis, tendência global no setor petroleiro.
Assim, foram compilados os investimentos das 11 maiores geradoras de energia do Brasil nos últimos 12 meses, excluindo a estatal.
Juntas, essas empresas representam 60% da matriz de geração elétrica brasileira e, veja só, investiram cerca de R$ 15 bilhões cada uma nesse mesmo segmento.
Fazendo a conta, ainda sobrariam R$ 35 bilhões para a Petrobras investir. Apenas como exemplo, isso é mais do que o Capex da Vale (VALE3) nos últimos 12 meses.
Ainda que esses cálculos não considerem outros fatores capazes de afetar a geração de lucro e caixa da companhia, como o congelamento de preços, fica evidente que a distribuição aos acionistas poderia de fato ser maior do que apenas 25%.
Em uma outra projeção, os analistas consideram que a Petrobras poderia ter interesse em recomprar refinarias vendidas recentemente, por exemplo, com gastos de R$ 11,4 bilhões. Ainda assim, restariam R$ 23 bilhões para distribuição de dividendos, ou 48%.
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.
O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão
Azul (AZUL4) ratifica pedido de recuperação judicial nos EUA e homologação de aumento de capital
Com isso, o número total de ações também foi ajustado para 3,025 bilhões de papéis, sendo 2,129 bilhões de ações ordinárias e 896 milhões de preferenciais
Tesla perde tração em 2025: ações e BDRs caem com desgaste da imagem de Elon Musk
A companhia tem enfrentado grandes desafios na disputa pela liderança global no setor de veículos elétricos com boicotes ao redor do mundo
BYD atrasa abertura de fábrica brasileira, mas diz que quer transformar a Bahia no “Vale do Silício da América Latina”
Chinesa fabricante de carros elétricos apresentou sua estrutura de produção no local onde um dia operou a Ford; montadora aguarda licenças para dar pontapé inicial
Raízen (RAIZ4) dá mais um passo para melhorar suas contas e anuncia cisão parcial da subsidiária Resa
Operação busca otimizar estrutura de capital e gestão, concentrando a participação societária em entidades no exterior
Banco Master nega irregularidades em venda de ativos ao BRB após reportagem sobre auditoria do BC
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que autarquia teria identificado problemas nas transações realizadas desde o final de 2023
Embraer (EMBR3) lidera ganhos do Ibovespa depois de acordo multibilionário para venda de 45 jatos
A Embraer assinou acordo de US$ 4 bilhões com a Scandinavian Airlines (SAS) para a venda de 45 jatos E195-E2 da companhia brasileira