Problemas no castelo? Disney se prepara para uma disputa societária com Nelson Peltz
Recém-rejeitado pela Walt Disney Company para a cadeira de conselheiro, o investidor ativista Nelson Peltz está determinado a abrir seu caminho em direção ao conselho

Enquanto o novo filme de Avatar retrata uma nova ameaça em Pandora, o conto de fadas da Disney (NYSE: DIS) parece iniciar um capítulo conturbado em Wall Street — e as nuvens tempestuosas de uma disputa societária garantem lugar nos cenários fantásticos vividos pela dona do Mickey.
Recém-rejeitado pela Walt Disney Company para a cadeira de conselheiro, o investidor ativista Nelson Peltz, sócio fundador da companhia de investimentos Trian Partners, está determinado a abrir seu caminho em direção ao conselho de administração da empresa.
Depois que a companhia se recusou a indicar seu nome para a cadeira no conselho, Peltz anunciou sua intenção de iniciar uma guerra para conquistar seu objetivo.
Atualmente, o investidor possui uma participação de quase 0,5% na empresa de entretenimento, correspondente a cerca de US$ 900 milhões, através de sua gestora Trian.
Segundo fontes informaram ao Financial Times, o acionista pretende levar a questão diretamente a investidores para confrontar o chefe da companhia, o CEO Bob Iger.
Disputa societária na Disney
De acordo com informações do The Wall Street Journal (WSJ), antes de cogitar a disputa societária, Nelson Peltz teria se encontrado com os principais executivos da Disney para tentar evitar a luta por procuração. Porém, a conversa não foi ‘satisfatória”.
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Na última quarta-feira (11), a gigante do entretenimento revelou o pedido de Peltz de tornar-se conselheiro e afirmou opor-se a conceder uma cadeira no conselho de administração ao investidor.
O anúncio da dona do Mickey ainda contou com a nomeação de um novo presidente do conselho como possível tentativa de se antecipar à luta agora oficializada por Peltz.
A empresa escolheu Mark Parker, CEO da Nike, para substituir Susan Arnold, que ocupava a chefia do conselho desde dezembro de 2021 e teve sua liderança questionada após o posicionamento da empresa com o antigo CEO, Bob Chapek, nos últimos meses do executivo no cargo.
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Restaure a mágica
Na noite de quarta, o investidor ativista lançou um site para a sua demanda chamado “Restore the Magic” — isto é, “restaure a magia”, em português.
Na página, a gestora Trian avalia que a Disney é uma empresa em crise e com desafios que impactam diretamente as perspectivas de investimento na companhia.
Segundo o site, o desempenho financeiro da empresa foi “decepcionante” após o acordo de compra da 21st Century Fox, fechado em 2019 por US$ 71 bilhões, considerado pela gestora de Peltz um “mau julgamento” por parte da Disney.
“Apesar do pico do preço das ações da Disney em 2021, elas são negociadas perto de sua mínima de 8 anos”, diz a Trian.
Vale destacar que o preço das ações da Disney (DIS) caiu quase 40% no ano passado na bolsa de valores de Nova York — período em que os investidores começaram a questionar os gastos da empresa no segmento de streaming.
Em entrevista à CNBC, Nelson Peltz disse acreditar que a Disney deveria abandonar o negócio de streaming ou comprar a fatia remanescente da rival Hulu. Atualmente, a Disney possui participação majoritária na concorrente, com a Comcast Corp detendo o restante.
Os desafios para o futuro da Disney
Entre os desafios citados pela gestora de Nelson Peltz, estão a alocação de capital, a falta de estratégia de custos e a governança corporativa.
“Acreditamos que esses desafios são principalmente autoinfligidos e precisam ser enfrentados”, escreveu a Trian.
Já as iniciativas propostas pela Trian para solucionar tais questões são:
- Desenvolver um plano de sucessão eficaz;
- Alinhar a remuneração com desempenho;
- Eliminar custos excessivos;
- Redirecionar o mecanismo criativo para impulsionar o crescimento;
- Aprimorar a responsabilidade; e
- Reestabelecer o dividendo até o ano fiscal de 2025.
Para o plano de sucessão, a empresa de investimentos pretende garantir um sucessor para Bob Iger no cargo de CEO dentro de dois anos.
“Objetivo da Trian é criar valor sustentável e de longo prazo na Disney, trabalhando COM Bob Iger e o Conselho. A Trian reconhece que a Disney está passando por muitas mudanças rapidamente e NÃO está tentando criar instabilidade adicional.”
Peltz e as entradas forçadas
Vale destacar que a disputa societária com a Disney não seria a primeira guerra por procuração lutada por Nelson Peltz. O CEO da Trian Partners também forçou sua entrada na P&G em 2018, consagrando-se diretor da área de produtos de consumo da companhia.
Na época, a longa guerra societária gerou gastos de mais de US$ 100 milhões para ambos os lados na tentativa de convencer os acionistas da companhia. Peltz venceu por uma margem minúscula de 0,002%, e deixou o cargo apenas em 2021.
É importante lembrar que, durante o mandato de mais de três anos do investidor no conselho da P&G, o preço das ações da companhia subiu quase 80%.
Caso siga em frente com uma nova luta por procuração contra a Disney, a nova batalha de Petz trataria-se de uma das maiores guerras de diretoria da história.
*Com informações de Wall Street Journal, Financial Times e CNBC
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