Dólar perde preferência entre clientes de corretora e movimento liga sinal de alerta para o primeiro lugar; veja qual é a nova moeda preferida dos brasileiros
Os juros altos em países que adotam essa moeda atrai os investidores, o que explica o movimento de migração do dólar

O dólar norte-americano perdeu mais de 8% do valor em 2023 — em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo chega a quase 10%. Mas não foi apenas nos preços que a moeda dos Estados Unidos enfraqueceu: a preferência dos clientes também mudou.
É o que mostra o levantamento mensal da Travelex Confidence, corretora de câmbio com mais de 20 anos de atuação no mercado, com operações que incluem pagamentos e transferências e pagamentos internacionais.
Em maio deste ano, o dólar deixou de ser a moeda estrangeira mais negociada entre os clientes da corretora. Quem assumiu a liderança foi o euro. O levantamento limita-se ao Brasil e refere-se aos clientes que compraram as moedas na corretora.
- 5 ações gringas para comprar agora: conheça as melhores apostas nos mercados internacionais para buscar lucros nos próximos meses, segundo analistas da Empiricus Research. [ACESSE A LISTA GRATUITA AQUI]
Dólar já era? A moeda queridinha agora é o euro
Essa preferência se reflete no volume comprado pelos clientes em euro, que cresceu 13% na passagem do mês. O montante superou as médias de operações realizadas no período pré-pandemia, destaca a Travelex.
Na contramão disso, o dólar ficou em segundo lugar, com uma queda de 16% em comparação a abril. A moeda estava entre as mais comercializadas pela corretora desde setembro de 2022.
Veja o ranking completo:
Leia Também
MOEDA | Variação do volume (em R$) em maio de 2023 em relação a abril de 2023 | Variação do volume (em R$) em 2023 em relação a 2022 |
Euro (EUR) | 13% | -14% |
Dólar (USD) | -16% | -12% |
Libra Esterlina (GBP) | 8% | -27% |
Dólar Canadense (CAD) | 7% | -32% |
Dólar Australiano (AUD) | -14% | 0% |
Em terceiro lugar está a libra esterlina, que registrou alta de 8% em relação ao mês anterior, mas ainda não supera o ano anterior e o período pré-pandemia, assim como o dólar canadense, que apresentou alta de 7%, ocupando o quarto lugar.
Para encerrar o ranking, em quinto lugar, o dólar australiano registrou queda de 14% em relação ao mês anterior, em um cenário semelhante ao mesmo período de 2022.
O que explica essa preferência
Uma série de fatores fortaleceram o real em relação ao dólar. Mas o que explica a preferência pelo euro contra a moeda norte-americana?
A resposta está nos Bancos Centrais. Enquanto o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco Central da Inglaterra (BoE, em inglês) seguem enfrentando dificuldades com a inflação, mantendo os juros mais elevados, nos Estados Unidos há uma relativa indicação de que o ciclo de aperto está chegando ao fim.
“Este cenário internacional favorece o Brasil, aliado à tendência de melhora nos indicadores internos do país”, comenta Jorge Arbex, Diretor do Grupo Travelex Confidence. “Isso anima o mercado estrangeiro a alocar mais capital no Brasil, o que faz nossa moeda valorizar enquanto o dólar enfraquece”, continua.
Já para Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, esse movimento não significa que o dólar esteja sendo a moeda menos utilizada para operações comerciais no mundo. Em outras palavras, pode se tratar apenas de um movimento pontual de preferência pelo euro.
“Não tem a ver com a força do dólar em relação ao euro no que diz respeito à transações comerciais”, explica ele.
O dólar vai deixar de ser a moeda referência mundial?
Assim como prever o preço do dólar é uma tarefa difícil, afirmar que a moeda deixará de ser o padrão internacional pode colocar alguns especuladores em maus lençóis.
Entretanto, é fato que países emergentes buscam alternativas à moeda dos Estados Unidos — inclusive, alguns apelam para as Central Bank Digital Currencies (CBDCs) para fugir da hegemonia do dólar.
Até mesmo o BIS e o FMI concordam que essa modalidade de “dinheiro virtual” tende a gerar um impacto significativo na economia.
Na Argentina, essa preferência se volta para o yuan, como é conhecida a moeda da China. O país recentemente usou uma linha cambial de US$ 18 bilhões, o que impulsionou as transações em moeda chinesa em US$ 285 milhões, o dobro do volume de maio — e isso apenas nos dez primeiros dias de junho.
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista