Como a C&A (CEAB3) venceu a Lojas Renner (LREN3) na disputa das varejistas de moda mesmo dando prejuízo no 3T23
Ações da varejista disparam quase 20% na B3 com melhora na rentabilidade e crescimento nas vendas acima da Renner e Riachuelo no trimestre

As empresas de varejo vivem um verdadeiro inferno astral, que se reflete tanto nos balanços publicados nos últimos dias como nas cotações das ações na B3. Mas nesta sexta-feira (10) a C&A (CEAB3) chama a atenção pelo motivo contrário: os papéis disparam mais de 20% e lideram os ganhos do pregão.
Dessa vez, o avanço não está totalmente relacionado com o alívio dos juros futuros (DIs) — que operam em queda após a desaceleração da inflação em outubro.
Até porque o movimento com as ações da C&A contrasta com o da Lojas Renner (LREN3), cujas ações reagem em queda de mais de 4% nesta sexta-feira.
A disparada da C&A na bolsa hoje tem outro motivo: o balanço do terceiro trimestre. E isso mesmo com a varejista de moda apresentando um prejuízo líquido de R$ 44,2 milhões.
Apesar de fechar as contas no vermelho, os resultados superaram as expectativas do mercado e vieram melhores do que no mesmo período do ano passado — quando a C&A teve prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões.
A geração de caixa também foi positiva em R$ 343 milhões, refletindo a melhora nos resultados operacionais e menor nível de investimentos no trimestre encerrado em setembro.
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Na visão da Genial Investimentos, a aceleração do ritmo de crescimento e contínuos ganhos de rentabilidade provenientes de melhorias nos modelos de distribuição e precificação são os pontos positivos do resultado trimestral.
Para a corretora, a coleção de primavera/verão também impulsionou as vendas do trimestre, mesmo com o preço menor do que a coleção anterior.
Já para a XP Investimentos, o bom resultado obtido na época das flores e a chegada do verão atestaram a capacidade da C&A de testar modelos e escalar de forma rápida dentro da temporada.
Além disso, o aumento de vendas nas lojas localizadas em pontos de concentração de classes de renda mais alta também foi destaque no balanço trimestral da companhia.
Rentabilidade é o destaque
O modelo de distribuição Push&Pull que, em linhas gerais, é uma estratégia de marketing para “empurrar produtos para o cliente” e fidelizá-los por meio de uma precificação dinâmica contribuiu para a melhora dos resultados da C&A.
Com essa estratégia, a varejista conquistou um crescimento na margem bruta consolidada, que chegou a 51,7%, uma alta de 238 pontos-base (bps) na comparação anual.
“A rentabilidade surpreendeu positivamente, evidenciando os benefícios da otimização que vem sendo implementada pela companhia”, escreveram os analistas Nina Mirazon, Iago Souza e Vinicius Esteves, que assinam o relatório da Genial Investimentos.
Outros números de C&A
A receita líquida consolidada da varejista de moda cresceu 10% na comparação anual, com forte desempenho das vendas nas lojas e alcançando uma alta de 12,5% no SSS — indicador que mede o número de vendas nas mesmas lojas, ou seja, não considera unidades abertas no período.
O crescimento das vendas SSS da C&A foi maior do que o obtido pelas Lojas Renner (+0,6%) e Guararapes, dona da Riachuelo (+10%).
Em serviços financeiros, a varejista reportou receita líquida de R$ 86,2 milhões, um crescimento de 17,4% em relação ao ano passado.
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Lojas Renner (LREN3) não tem a mesma sorte
As Lojas Renner (LREN3), que também divulgou os resultados na noite de quinta-feira, reportou lucro líquido de R$ 172,9 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 32,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado também recuou 21,1% na base anual, totalizando R$ 362,6 milhões.
Em reação, as ações da varejista recuavam 4,80%, a R$ 12,90 na B3, por volta de 16h20 (horário de Brasília).
Apesar do resultado mais fraco já esperado, os analistas do Itaú BBA destacaram a baixa rentabilidade do segmento financeiro da Renner, a Realize, que registrou um Ebitda negativo.
"No geral, foi um trimestre difícil, e não descartamos a possibilidade de que as tendências fracas de vendas no varejo tenham sido afetadas pela postura conservadora nas concessões de crédito na Realize", escreve Tiago Macruz, que assina o relatório.
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