Bolsa agora: índices de Nova York recuam com inflação acima do esperado nos Estados Unidos
As bolsas asiáticas subiram mais de 1% com o fortalecimento nas apostas de que os juros dos Estados Unidos sejam mantidos no patamar atual, entre 5,25% e 5,50%, em novembro
Com a B3 fechada para o feriado do Dia de Nossa Senhora da Aparecida, a padroeira do Brasil, milhões de brasileiros pegam as estradas nesta quinta-feira (12) em direção a um final de semana prolongado no litoral ou no interior do país.
Mas, antes que o investidor se estique em uma espreguiçadeira sem hora para levantar, vale relembrar que, no exterior, os mercados funcionam normalmente hoje e prometem fortes emoções.
As bolsas asiáticas, por exemplo, fecharam em altas superiores a 1% — com destaque para os avanços de 1,93% do índice Hang Seng em Hong Kong e de 1,75% do japonês Nikkei. O desempenho foi patrocinado, entre outros fatores, pela expectativa de que os juros dos Estados Unidos sejam mantidos no patamar atual, entre 5,25% e 5,50%, em novembro.
O cenário foi fortalecido após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) ontem. Minutos depois da publicação do documento, as apostas de que a taxa básica permanecerá no nível atual subiram de 86,6% para 94,1%, de acordo com dados compilados pelo CME Group.
E essa perspectiva de manutenção dos juros pode ser consolidada ou enfraquecida hoje pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA.
O indicador não é a métrica preferida do Fed para a inflação, mas superou as expectativas em setembro e traz sinais mais sólidos do que pode acontecer nos últimos dois encontros do BC norte-americano de 2023.
Leia Também
Projeções compiladas pelo Broadcast indicavam que o CPI deveria registrar um avanço de 0,3% em setembro ante agosto. O índice, no entanto, subiu 0,4% no período, mas ainda desacelerou na comparação com a alta de 0,6% reportada no mês anterior.
Já o núcleo do CPI, que tem maior poder de influência na decisão de política monetária pois exclui itens mais voláteis do cálculo da inflação, veio dentro do previsto, com alta de 0,3% em setembro.
Com isso, os índices de Nova York recuavam por volta das 15h. Veja abaixo as cotações:
- Dow Jones: -0,92%
- S&P 500: -0,97%
- Nasdaq: -0,92%
Já os índices europeus também repercutiram a divulgação da ata do Banco Central Europeu (BCE). O documento revela que a decisão entre manter ou elevar os juros no bloco econômico foi apertada, mas a avaliação foi de que não subir as taxas poderia sinalizar uma preocupação maior com a economia do que com a inflação.
Por lá, as bolsa de Londres e Milão subiram 0,32% e 0,26%, respectivamente, enquanto Frankfurt recuou 0,23% e Paris caiu 0,37% hoje.
Como estão as ADRs da Vale e Petrobras hoje?
As duas maiores empresas brasileiras de commodities, a Petrobras e a Vale, operam na contramão hoje em Wall Street.
Por volta das 14h20, os recibos de ações (ADRs) da Petrobras avançavam 0,53% na bolsa de valores de Nova York (NYSE), a US$ 15,15, acompanhando o desempenho do petróleo nesta quinta-feira (12).
A commodity do tipo Brent, considerada referência no mercado internacional, subia de 0,28%, negociada a US$ 86,06 o barril. O movimento reflete o alerta da AIE de uma potencial menor oferta de petróleo devido aos conflitos em Israel.
Enquanto isso, os papéis da Vale recuavam 2,13%, a US$ 13,09 por ativo, acompanhando o tom negativo das bolsas norte-americanas hoje.
No mesmo horário, o EWZ, fundo de índice (ETF) de ações brasileiras listado em Nova York, recuava 1,98%.
ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro. Assista agora:
Confira a agenda do dia:
| Horário | País / Região | Evento |
| O dia todo | Brasil | Feriado do dia de Nossa Senhora da Aparecida |
| 3h | Reino Unido | PIB de agosto |
| 7h | Estados Unidos | Início dos encontros do FMI |
| 9h30 | Estados Unidos | Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) de setembro |
| 9h30 | Estados Unidos | Pedidos de auxílio-desemprego |
| 17h30 | Estados Unidos | Balanço do Fed |
| 22h30 | China | Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) de setembro |
Parte dos brasileiros que estavam em Israel desembarca no Brasil
Além disso, os investidores internacionais seguem monitorando os últimos acontecimentos nos confrontos entre Israel e o Hamas.
Israel reforçou que não desistirá do cerco à Faixa de Gaza antes da libertação de todos os reféns — mais de 100 pessoas foram capturadas no ataque de sábado (7) ao território israelense.
Um voo com mais de 200 brasileiros que estavam em Israel chegou ao Brasil na última madrugada como parte da Operação Voltando em Paz, promovida pelo governo federal.
Mas a data e as condições para repatriação de cidadãos do país que estão na Faixa de Gaza ainda são incertas. Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, parte dos brasileiros abrigou-se em uma escola da região.
A informação, ainda segundo Candeas, foi repassada a Israel junto a um pedido para que o país evite bombardear o local.
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias