Sem negociação na B3, Petrobras opera em alta no exterior, enquanto Vale cai forte; confira o desempenho das ADRs em Wall Street
Os ADRs da Petrobras avançam na bolsa de valores de Nova York, acompanhando o desempenho positivo do petróleo nesta quinta-feira
Com os mercados fechados no Brasil por conta do feriado, resta aos investidores acompanharem os movimentos em Wall Street nesta quinta-feira (12) — e as duas maiores empresas brasileiras de commodities, a Petrobras e a Vale, operam na contramão hoje.
Por volta das 13h, os recibos de ações (ADRs) da Petrobras avançavam 0,50% na bolsa de valores de Nova York (NYSE), a US$ 15,14, acompanhando o desempenho do petróleo nesta quinta-feira (12).
A commodity do tipo Brent, considerada referência no mercado internacional, subia de 0,43%, negociada a US$ 86,19 o barril. O movimento reflete o alerta da AIE de uma potencial menor oferta de petróleo devido aos conflitos em Israel.
Enquanto isso, os papéis da Vale recuavam 1,50%, a US$ 13,17 por ativo, acompanhando o tom negativo das bolsas norte-americanas hoje.
No mesmo horário, o EWZ, fundo de índice (ETF) de ações brasileiras listado em Nova York, recuava 1,40%.
Vale ressaltar que, por ser o principal ETF brasileiro negociado nos EUA, o indicador é considerado um termômetro de como a bolsa local deve digerir os dados de inflação no pregão de amanhã, quando as negociações na B3 serão retomadas.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) divulgado nesta manhã nos EUA subiu 0,4% em setembro, mas desacelerou em relação à alta de 0,6% reportada no mês anterior.
Já o núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como alimentação, veio dentro do esperado, com alta de 0,3% em setembro.
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Além da Petrobras, petróleo em alta
O atual conflito em Israel está aumentando os riscos para o mercado petrolífero global e a procura de petróleo bruto deverá atingir um novo recorde em 2023, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
Em relatório mensal, a organização afirmou que a forte escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio deixou os mercados em alerta, uma vez que a região é responsável por um terço do comércio marítimo de petróleo.
"Embora não tenha havido impacto direto na oferta física, os mercados permanecem na expectativa à medida que a crise se desenrola", afirmou a AIE, nesta quinta-feira.
No início desta semana, os preços do petróleo Brent ultrapassaram os US$ 90 por barril, após o ataque surpresa do Hamas a Israel no fim de semana.
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Nem Israel nem os territórios palestinos são grandes exportadores de petróleo, mas analistas apontam para preocupações de que efeitos em cascata do conflito possam afetar alguns dos principais produtores da região, o que provocaria uma queda na oferta.
Esse risco junta-se ao aperto da oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
"Em um cenário de mercados petrolíferos fortemente equilibrados previstos pela AIE há algum tempo, a comunidade internacional continuará focada nos riscos para os fluxos petrolíferos da região", afirmou a agência.
A AIE disse que espera agora que a procura de petróleo cresça 2,3 milhões de barris por dia este ano, atingindo o recorde de procura total média de 101,9 milhões de barris por dia.
A agência ainda reduziu a previsão de crescimento da demanda para 2024, para 102,7 milhões de barris por dia, mas manteve a perspectiva de oferta inalterada em relação ao relatório de setembro, em uma média de 101,6 milhões de barris por dia.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
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