Analistas elegem as ações de um ‘bancão’ e de uma mineradora como as mais recomendadas de março; confira os papéis favoritos de 14 corretoras
As corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro não deram chance para o azar e escolheram ações conhecidas pela solidez para o posto de favoritas do mês
Quem acompanhou a bolsa brasileira ao longo de fevereiro presenciou um um verdadeiro massacre. Ações de diversos setores sofreram com as tensões políticas e fiscais, além das reviravoltas corporativas com novos desdobramentos do caso Americanas (AMER3) e outros pedidos de recuperação judicial.
Em meio ao cenário caótico, o Ibovespa — principal índice acionário da B3 — despencou 7,49% no período.
Como boa parte dos ruídos que provocaram esse tombo seguem rondando o mercado, os analistas das corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro não deram chance para o azar em março e escolheram ações conhecidas pela solidez para o posto de favoritas do mês.
Com quatro indicações cada, Itaú Unibanco (ITUB4) e Vale (VALE3) são os papéis mais recomendados para o período.
O banco, que é a maior instituição financeira privada do país, demonstrou mais uma vez sua resiliência no último balanço financeiro. O Itaú registrou um lucro recorde de R$ 30,8 bilhões no ano passado, mesmo tendo provisionado 100% de sua exposição à Americanas.
A Vale também apresentou números acima das expectativas do mercado no quarto trimestre. Mas a maior fonte de otimismo com a mineradora não vem de seus resultados financeiros, e sim da China.
Leia Também
De acordo com a última leitura do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da região, a indústria do gigante asiático voltou a mostrar fôlego em fevereiro e registrou o crescimento mais rápido em uma década para o setor.
Os números empolgaram as empresas brasileiras, por serem um termômetro para um eventual aquecimento da demanda por commodities metálicas. E, como maior mineradora do Brasil e player competitivo no cenário internacional, a Vale está bem posicionada para suprir uma alta nas necessidades por minério de ferro.
Além do banco e da mineradora, completam o pódio de ações favoritas do mês Gerdau (GGBR4) e Weg (WEGE3). Presentes entre os papéis favoritos de três casas, a siderúrgica e a fabricante de equipamentos eletroeletrônicos também se destacaram na busca por papéis resilientes e capazes de atravessar mais um mês desafiador para o mercado acionário.
Confira aqui todos os papéis apontados pelas 14 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Itaú (ITUB4) — Balanço sólido e blindado
O rombo contábil e subsequente pedido de recuperação judicial da Americanas pegou o mercado de surpresa. O espanto foi ainda maior para os grandes bancos privados brasileiros, que estão entre os principais credores da companhia.
Para evitar novos sustos no futuro, o Itaú (ITUB4) decidiu provisionar 100% de sua exposição à varejista. Assim, um possível calote não deve vir a pesar nos próximos balanços da instituição financeira.
A provisão teve um custo alto e gerou um impacto de R$ 719 milhões no resultado do banco. O Itaú registrou lucro gerencial de R$ 7,7 bilhões — a cifra teria chegado a R$ 8,4 bilhões sem as provisões.
Ainda assim, os analistas afirmam que a decisão foi acertada, pois os resultados de 2023 virão “limpos” desse custo e permitirão que os investidores olhem adiante na hora de analisar os papéis ITUB4.
“O Itaú sempre operou a prêmio, porém o mercado tem descontado o papel devido à ameaça das fintechs. Vemos um negócio mais resiliente do que o mercado precifica”, destaca a Órama, uma das corretoras a recomendar o banco em março.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
Vale (VALE3) — em compasso de espera, mas pagando dividendos
A tese da reabertura da economia chinesa é um dos principais catalisadores para a valorização dos papéis da Vale (VALE3). O fortalecimento da demanda pelo minério de ferro deve elevar os preços da commodity e beneficiar a geração de caixa da mineradora.
Enquanto a reabertura do dragão asiático não se concretiza, porém, a cotação da matéria-prima do aço tem operado mais no campo negativo do que no positivo.
Mas a Órama reforça que os preços se mantêm acima da média histórica de US$ 75 a tonelada. “A expectativa é de manutenção neste patamar atual, o que assegura um preço ainda muito bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos.”
A companhia fortaleceu o argumento da corretora ao anunciar recentemente a distribuição de R$ 8,13 bilhões em dividendos. A cifra equivale a R$ 1,827 por ação e foi apurada no balanço de 30 de setembro do ano passado.
Além disso, a Vale trouxe novidades ao mercado sobre um evento que deve destravar valor das ações: a venda de parte de sua divisão de metais básicos. A companhia contratou Jerome Guillen — ex-braço direito de Elon Musk na Tesla — para avançar nas negociações.
Repercussão das ações de fevereiro
Como antecipado no início do texto, fevereiro não foi um mês positivo para o mercado acionário. A maior parte das ações recomendadas para o período registrou queda, mas é possível encontrar alguns sinais positivos na tabela.
Um dos destaques é a Multiplan (MULT3): medalha de prata na seleção passada, a ação da administradora de shoppings saltou 5,8% em fevereiro. Veja a lista completa:
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
