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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

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Quanto rendem os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 12,75%

Com a nova alta dos juros, remuneração de títulos de renda fixa conservadores sobe um pouco mais e chega facilmente àquele 1% ao mês. Veja quanto eles vão pagar de agora em diante

Ilustração com porcentagem e duas pessoas, simbolizando a alteração na Selic e nos juros
Com Selic em 12,75%, aplicações de renda fixa que pagam 100% do CDI passam a render em torno de 1% ao mês. Imagem: Shutterstock

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou, nesta quarta-feira (04), a taxa básica de juros, a Selic, em mais 1,0 ponto percentual, o que aumenta, um pouquinho mais, a rentabilidade das aplicações de renda fixa pós-fixadas - inclusive a das mais conservadoras.

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O ajuste veio dentro das expectativas do mercado e do que já havia sido sinalizado pela autoridade monetária na reunião passada, elevando a meta da Selic de 11,75% para 12,75% ao ano.

Isso significa que, a partir de agora, os investimentos de renda fixa que pagarem 100% do CDI - taxa de juros que costuma caminhar próxima da Selic - passarão a remunerar em torno de 12,65% ao ano, o que corresponde a cerca de 1% ao mês.

A decisão do Banco Central brasileiro se seguiu à decisão do Federal Reserve, o banco central americano, que elevou os juros nos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual na tarde de hoje, para a faixa de 0,75% a 1,00% ao ano.

Tanto aqui como lá os bancos centrais lutam contra uma inflação galopante - guardadas as devidas proporções de cada economia -, mas o Brasil já está bem mais adiantado no processo, pois começou a aumentar a Selic há mais de um ano. Já o Fed está apenas em seu segundo ajuste, depois de manter os juros zerados durante toda a pandemia.

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Selic deve continuar subindo

Mas ainda não será desta vez que o Banco Central brasileiro vai parar de aumentar os juros. O mercado acredita que o ciclo de alta da Selic já está perto do fim, mas, segundo o comunicado do Copom que acompanhou a decisão, a taxa básica ainda deve subir um pouco mais neste ano, embora talvez em intensidade menor que a alta vista hoje.

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Segundo o último boletim Focus do Banco Central, o mercado espera uma inflação de 7,89% em 2022, com crescimento de 0,70%. A expectativa agora é de que a Selic termine o ano em 13,25%, o que incluiria aí mais uma alta de 0,5 ponto percentual ou dois aumentos de 0,25.

Seja como for, do ponto de vista do investidor, uma Selic de dois dígitos e ainda com perspectiva de novas altas deixa a renda fixa conservadora cada vez mais atrativa.

Fora a possibilidade de receber 1% ao mês líquido de IR em LCIs e LCAs que paguem 100% do CDI, desde que disposto a deixar o dinheiro aplicado por algum tempo, o investidor pode ainda receber boas remunerações em aplicações tributadas, mas que tenham liquidez diária.

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Com a Selic nos dois dígitos, a caderneta de poupança voltou a render a sua taxa máxima de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), a qual também voltou a remunerar alguma coisa, depois de passar cerca de quatro anos zerada.

Já os investimentos de renda fixa pós-fixada - atrelados à Selic ou ao CDI - voltaram a pagar retornos atrativos acima da inflação, mesmo quando tributados. É o caso do Tesouro Selic (LFT), dos fundos DI e dos títulos bancários mais rentáveis, como os CDB, LCI e LCA pós-fixados.

Assim, é um bom momento para investir nesses papéis para além da reserva de emergência, pois a rentabilidade dessas aplicações tende a aumentar com a elevação da taxa básica e a provável manutenção desta nos dois dígitos ainda por um certo tempo.

Além disso, com a nova alta da Selic, aumenta a diferença entre a remuneração desses papéis e a da caderneta de poupança.

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No vídeo a seguir, eu explico o que é a reunião do Copom e como a definição da Selic afeta a sua vida. Assista:

Vencendo o dragão

No patamar de 12,75% ao ano, a Selic já não perde para a inflação oficial projetada para os próximos 12 meses (de 5,51%, segundo o último Focus), como vinha acontecendo há algum tempo.

As aplicações financeiras cuja remuneração é atrelada à Selic ou à taxa DI - taxa de juros que costuma acompanhar a taxa básica - também já vencem o dragão.

Com a perspectiva de que a Selic ainda apresente novas altas, o que tende também a controlar a inflação, essas aplicações devem encontrar cada vez menos dificuldade de preservar o poder de compra do investidor.

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Como ficam os investimentos conservadores de renda fixa com a Selic em 12,75% ao ano

Para você ter uma ideia de como o retorno da renda fixa conservadora está neste momento, eu fiz uma simulação de rentabilidade com quatro aplicações pós-fixadas no novo cenário de juros: caderneta de poupança, Tesouro Selic (LFT), fundo de renda fixa/CDB e Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Considerei Selic constante de 12,75% ao ano e o CDI constante de 12,65%, um pouco abaixo, como costuma acontecer.

Escolhi quatro prazos de forma a contemplar as quatro alíquotas de IR possíveis, no caso das aplicações tributadas (Tesouro Selic e fundos/CDB).

Usei datas reais para poder usar o simulador do Tesouro Direto para calcular o retorno do Tesouro Selic, de modo a incluir a taxa de custódia e o spread nos cálculos no caso de uma venda antes do vencimento.

Para calcular o retorno da poupança utilizei os prazos em meses e anos. Já para simular os retornos do fundo/CDB e da LCI, levei em conta o número de dias úteis entre as duas datas reais consideradas em cada prazo.

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Todas as rentabilidades estão líquidas de taxas, spread e imposto de renda, quando for o caso.

PrazoPoupançaTesouro SelicFundo de renda fixaLCI 100% do CDI
3 meses1,75%2,40%2,42%3,12%
8 meses4,73%6,67%6,69%8,37%
1 ano7,19%10,38%10,39%12,60%
2 anos14,89%22,79%22,76%26,78%

Parâmetros

Com o aumento da Selic para um valor superior a 8,50% ao ano, foi acionado o gatilho de altera o cálculo de rentabilidade da poupança.

Anteriormente, a caderneta pagava 70% da taxa Selic mais Taxa Referencial (TR), mas com a taxa básica neste novo patamar, a remuneração passou para 0,5% ao mês + TR, a mesma rentabilidade da poupança antiga e retorno máximo para esse tipo de aplicação.

Lembrando que a caderneta de poupança não tem taxas nem imposto de renda, e sua rentabilidade é mensal, apenas no dia do aniversário.

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A TR, que desde 2017 vinha se mantendo zerada, voltou a subir recentemente, então eu considerei a taxa de abril (0,0799%) na simulação. Assim, a rentabilidade da poupança mostrada na tabela é de cerca de 0,58% ao mês, supondo uma TR constante de 0,0799% ao mês, mas essa taxa tende a subir ainda mais com novas altas na Selic.

Já o Tesouro Selic é um título público que paga, no vencimento, a Selic mais um ágio ou deságio. Se vendido antes do vencimento, o retorno é levemente sacrificado em função de uma diferença entre as taxas de compra e venda do papel (spread), o que pode deixar a rentabilidade inferior à Selic do período.

O rendimento do Tesouro Selic é diário, e há cobrança de IR e de uma taxa de custódia obrigatória de 0,20% ao ano, paga à B3, apenas sobre o que exceder o saldo investido de R$ 10 mil.

É possível, porém, que a rentabilidade do título seja um pouco maior do que a que aparece na tabela. Isso porque, nos casos de venda antes do vencimento, a calculadora do Tesouro Direto não confere a isenção de taxa de custódia para o valor investido inferior a R$ 10 mil.

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Levei em conta, ainda, que a corretora utilizada para operar no Tesouro Direto não cobra taxa de agente de custódia, que é aquela taxa de administração que as corretoras podem cobrar para oferecer acesso à plataforma do Tesouro - mas que a maioria já não cobra.

Considerei também os fundos de renda fixa que só investem em Tesouro Selic e não cobram taxa de administração, supondo que seu retorno represente a variação do CDI no período menos o imposto de renda. Assim, esses fundos se equiparam, por exemplo, aos CDBs, RDBs ou contas de pagamentos que remuneram 100% do CDI.

Vale aqui uma observação: os fundos Tesouro Selic não costumam pagar exatamente 100% do CDI. Sua remuneração tem ficado um pouco abaixo disso, e eles também estão sujeitos a eventuais quedas nos preços dos títulos, que são raras, mas podem acontecer. A simulação é apenas ilustrativa.

Por fim, simulei o retorno da LCI porque se trata de um título isento de taxas e de IR. Considerei um papel que pague 100% do CDI, apenas para você ver como seria receber uma rentabilidade líquida de 100% do CDI neste momento.

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A renda fixa voltou

Com a Selic em 12,75% ao ano, já dá para dizer que os investimentos de renda fixa atrelados à taxa básica de juros, mesmo os mais conservadores, "voltaram para o jogo".

Repare que, no prazo de um ano e considerando uma Selic constante, as rentabilidades líquidas projetadas para o Tesouro Selic (10,38%), os fundos Tesouro Selic ou CDBs que rendem 100% do CDI (10,39%) e as LCIs que rendem 100% do CDI (12,60%) vencem com tranquilidade a inflação projetada para 12 meses, de 5,51%.

Ou seja, voltou a ser possível enriquecer na renda fixa, pois a pré-condição para um investimento te deixar mais rico é justamente render acima da inflação.

Repare ainda que a poupança se mantém desvantajosa frente aos demais investimentos conservadores, e deve ficar cada vez mais. Mas agora, mesmo a poupança já se mostra capaz de repor a inflação projetada em 12 meses.

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