Já imaginou obter um retorno de IPCA +15% ao ano investindo em músicas do É o Tchan? Esse é o melhor cenário possível para um brasileiro, afinal por aqui o axé é praticamente patrimônio nacional e o gosto por investimentos que oferecem rentabilidade acima da média também não fica atrás.
E a melhor parte desse cenário é que ele não é apenas hipotético. A Hurst Capital, primeira empresa brasileira a estruturar operações com royalties musicais, adquiriu os direitos de 766 composições e 257 fonogramas de axé que estarão disponíveis para investimento no próximo mês.
Para quem ainda não sabe como funciona esse tipo de investimento, a Músicas do Brasil, braço musical da fintech especializada em investimentos alternativos, adquire ativos reais - como os direitos de obras musicais - e repassa esses recebíveis a investidores.
No caso das composições e fonogramas do ritmo baiano - que inclui clássicos para animar qualquer festa como "A Nova Loira do Tchan” e “Dança da cordinha” - a projeção é de um retorno médio de “sacudir e abalar” em 48 meses, com IPCA + 15,17% ao ano, líquido de fees e bruto de impostos, em um prazo de 48 meses.
Olha a onda, olha a onda do streaming
“O axé é um gênero que o brasileiro procura muito na internet. E o Brasil tem uma margem grande de crescimento nas plataformas de streaming musical”, comenta, em nota, o CEO da Hurst, Arthur Farache.
Os dados sustentam a sua afirmação: segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), o Brasil registrou um incremento de 37,1% em streaming e de 24,5% no geral em 2020.
Mesmo com os prejuízos causados pela pandemia, durante aquele ano o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) arrecadou e repassou R$ 947,9 milhões a compositores, intérpretes, músicos e editoras.
Dança investidor, dança loirinha
Os sucessos incluídos no lote são composições de Pierre Onassis e de Dito de Carvalho. Além do É o Tchan e outros clássicos do axé já mencionados, a operação também conta as obras famosas em outros ritmos, como “Tindolelê” e “Ilariê”, na voz de Xuxa, e “A Grande Família", famosa pela abertura do seriado homônimo.
O valor mínimo para investimento é de R$ 10 mil e quem quiser participar da festa poderá aplicar nos royalties musicais até o dia 10 de fevereiro.
Mas é importante relembrar que, apesar do tom festivo, há riscos específicos para este tipo de ativo. A Hurst recomenda que os investidores considerem ameaças ligadas a:
- venda futura, que pode ultrapassar o prazo indicado ou ocorrer a um preço mais baixo;
- alterações no cenário econômico brasileiro que tragam significativas quedas de receita para os indivíduos ou atrapalhem a captação de recursos e investimento para eventos culturais e artísticos;
- pirataria e falsificação, especialmente quanto ao risco de surgirem novos métodos de falsificação com efeitos adversos na geração de receita do portfólio musical;
- e mudanças nas política de remuneração do ECAD, que pode alterar suas taxas de cobrança e distribuição de royalties a depender de movimentos do mercado.