Entenda por que as ações de empresas de varejo e tecnologia da China derretem 12% no pré-mercado de Nova York
Alguns analistas atribuem a queda dos papéis à recondução de Xi Jinping como presidente da China por mais cinco anos

O encerramento dos negócios nas bolsas da Ásia e Pacífico contou com uma queda acentuada do índice Hang Seng, de Hong Kong, que recuou 6,36% durante o pregão regular. A sangria continuou até o pré-mercado de Nova York, com as ações de tecnologia e varejo da China em queda de mais de 12%.
Estamos falando de Alibaba (BABA) e Baidu (BIDU), empresas chinesas focadas em e-commerce do varejo e tecnologia, que recuavam 12,60% e 12,43%, respectivamente.
Agora, se o ditado que diz que uma “verdade chinesa” é a mais real das verdades, o pensamento não se aplica aqui. Isso porque não há um motivo claro para os papéis estarem em queda hoje.
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Alguns analistas atribuem a queda dos papéis à recondução de Xi Jinping como presidente da China por mais cinco anos, como foi anunciado pelo Partido Comunista chinês no último domingo (23).
China e Xi Jinping: o futuro da economia chinesa
Mas o que o líder chinês fez para merecer o olhar torto dos investidores?
Em primeiro lugar, a política de covid zero imposta pelo governo chinês puxou o freio de mão da economia do país durante vários meses.
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Ainda que o PIB do terceiro trimestre tenha crescido 3,9%, acima das expectativas, o mercado entende que o impacto do fechamento dos negócios e limitação do poder de compra da população devem refletir no desempenho econômico nas próximas leituras.
Outro ponto importante foi o anúncio de uma nova equipe econômica para conduzir o país. O mercado enxerga que a nova formação do Comitê Permanente inclui pessoas com menos experiência na economia e sugere que não haverá um mecanismo para corrigir o curso se as políticas de Jinping estiverem falhando.
No entanto, esta não é uma visão única da equipe de Xi. Nomes como Li Qiang, Cai Qi, Ding Xuexiang, Li Xi, Zhao Leji e Wang Huning são velhos conhecidos do Partido Comunista Chinês e integraram áreas importantes dentro do governo em outros momentos.
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Briga com os EUA
Além disso, é preciso adicionar o fato de que a China e os Estados Unidos nunca se entenderam no quesito tecnologia.
A terra do Tio Sam entende que as empresas tech chinesas não têm boas práticas de segurança de dados, inclusive dando a entender que eram usadas para espionagem. As acusações existem, mas os EUA não conseguiram comprovar o suposto roubo de informações.
Novidades não tão novas na China
Por fim, a eleição de Xi Jinping ao cargo não é exatamente novidade. O presidente chinês é centralizador e tem apoio abrangente dentro do Partido Comunista Chinês.
Xi ganhou as eleições para presidência da China em 2012 e está a caminho de seu terceiro mandato, que por lá dura cinco anos.
Aos 69 anos e com uma década à frente da segunda maior economia do mundo, seu governo protagonizou uma ampla repressão nos setores de internet e educação privada, acabando com centenas de bilhões de dólares em valor de mercado para muitas das maiores empresas desses setores.
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