Venezuela voltou? Governo dos EUA autoriza petroleira a expandir a produção no país; saiba o que isso significa
A decisão concede direitos mais amplos à Chevron Corp, como a retomada parcial das atividades da empresa, com respaldo de uma licença de seis meses e que poderá ser renovada mensalmente de forma automática

Com a escalada da inflação americana e sem sinais de que a guerra na Ucrânia terá uma resolução em breve, os EUA avançam nas negociações para derrotar um dos principais vilões da alta dos preços: o petróleo. Para isso, contará com a ajuda improvável de uma rival, a Venezuela.
O governo de Joe Biden, por meio do Departamento do Tesouro, autorizou a Chevron Corp a expandir sua produção na Venezuela, a fim de trazer o óleo bruto para os EUA. A petroleira é sócia de uma joint venture com a estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA).
A decisão concede direitos mais amplos à companhia, como a retomada parcial das atividades da empresa, com respaldo de uma licença de seis meses e que poderá ser renovada mensalmente de forma automática.
Mas, ao contrário do que parece, Biden não liberou geral. Uma das restrições que ainda estão em vigor é o pagamento em dinheiro e investimentos no país latino.
Além disso, o Tesouro informou que as demais sanções também seguem de pé e que o país continuará a aplicá-las “vigorosamente”.
Vale ressaltar que a Venezuela está sob sanções dos EUA e da Europa, adotadas em 2019 como boicote à permanência de Nicolás Maduro no poder. Contudo, os países flexibilizaram alguns embargos econômicos após a invasão da Rússia à Ucrânia, que impactou diretamente os preços do petróleo, somada à crise energética enfrentada na União Europeia.
Leia Também
Fed deve começar a cortar os juros nesta semana; o que vem depois e como isso impacta a Selic
Nesta segunda-feira (28), o petróleo tipo Brent encerrou o dia em alta de 0,21%, a US$ 83,89. Acompanhe as movimentações dos mercados em tempo real.
Petróleo venezuelano: única saída?
Assim como no Brasil, os combustíveis são um dos principais motores para a inflação.
Com o embargo aos produtos energéticos de origem russa — entre eles, o petróleo — como uma das penalidades ao país de Vladimir Putin por invadir a Ucrânia, a crise energética, sobretudo para Europa e EUA, foi intensificada. Como dinâmica normal da economia, se a oferta diminui, os preços sobem — o que aconteceu com o petróleo.
O início da guerra na Ucrânia, por exemplo, representou um acréscimo de cerca de 20% nos preços da gasolina nos EUA, com um impacto considerável na maior inflação enfrentada pelos americanos em quatro décadas, segundo a BBC.
A inflação não pesa apenas no bolso da população americana. A alta dos preços é considerada um risco eleitoral para Biden, que já enfrenta uma baixa popularidade — em uma dinâmica semelhante ao que acontece no Brasil.
Logo, retomar as negociações com a Venezuela, sobretudo na questão da oferta da commodity, foi uma das saídas encontradas pelo chefe da Casa Branca para tentar reverter essa situação. As negociações, que estavam suspensas desde outubro de 2019, foram retomadas em março deste ano.
"Juntamo-nos à comunidade internacional e saudamos a retomada das negociações entre as duas partes, após quase um ano e meio de paralisação", declarou uma autoridade do alto escalão do governo dos EUA sobre as negociações relançadas no México, à agência de notícias France Presse (AFP).
Por fim, o governo americano já admitiu que o petróleo da Venezuela pode ser útil no mercado internacional com preços elevados e contexto de forte inflação nos EUA, devido, em grande medida, ao aumento dos preços dos combustíveis.
A Venezuela detém cerca de 300 bilhões de barris de reservas de petróleo, uma das maiores do mundo. Contudo, o país não consegue atingir suas metas de produção devido à falta de manutenção e suprimentos, sanções dos EUA e ao subinvestimento pelo governo Maduro.
Ganhos dos EUA com o acordo
O documento divulgado pelo Departamento do Tesouro americano não especifica o valor dos recursos a serem liberados. Além disso, o acordo cria um fundo de bilhões de dólares congelados no exterior a ser administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda segundo informações obtidas pela AFP, o acordo deve recuperar cerca de US$ 3 bilhões, sendo que há mais de US$ 20 bilhões represados.
*Com informações de BBC, Reuters, France Presse e Dow Jones Newswire
China aperta cerco ao setor de semicondutores dos EUA com duas investigações sobre práticas discriminatórias e de antidumping contra o país
As investigações ocorrem após os EUA adicionarem mais 23 empresas sediadas na China à sua lista de entidades consideradas contrárias à segurança norte-americana
Trump reage à condenação de Bolsonaro e Marco Rubio promete: “os EUA responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”
Tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros tiveram origem no caso contra Bolsonaro e, mais recentemente, a Casa Branca chegou a mencionar o uso da força militar para defender a liberdade de expressão no mundo
Como um projeto de fim de semana do fundador do Twitter se tornou opção em meio ao corte das redes sociais no Nepal
Sem internet e sem censura: app criado por Jack Dorsey ganha força nos protestos no Nepal ao permitir comunicação direta entre celulares via Bluetooth
11 de setembro: 24 anos do acontecimento que ‘inaugurou’ o século 21; eis o que você precisa saber sobre o atentado
Do impacto humano à transformação geopolítica, os atentados de 11 de setembro completam 24 anos
Bolsa da Argentina despenca, enquanto mercados globais sobem; índice Merval cai 50% em dólar, pior tombo desde 2008
Após um rali de mais de 100% em 2024, a bolsa argentina volta a despencar e revive o histórico de crises passadas
Novo revés para Trump: tribunal dos EUA mantém Lisa Cook como diretora do Fed em meio à disputa com o republicano
Decisão judicial impede tentativa de Trump de destituir a primeira mulher negra a integrar o conselho do Federal Reserve; entenda o confronto
EUA falam em usar poder econômico e militar para defender liberdade de expressão em meio a julgamento de Bolsonaro
Porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, afirmou que EUA aplicaram tarifas e sanções contra o Brasil para defender “liberdade de expressão”; mercado teme novas sanções
A cidade que sente na pele os efeitos do tarifaço e da política anti-imigrantes de Donald Trump
Tarifas de Donald Trump e suas políticas imigratórias impactam diretamente a indústria têxtil nos Estados Unidos, contrastando com a promessa de uma economia pujante
Uma mensagem dura para Milei: o que o resultado da eleição regional diz sobre os rumos da Argentina
Apesar de ser um pleito legislativo, a votação serve de termômetro para o que está por vir na corrida eleitoral de 2027
Mark Zuckerberg versus Mark Zuckerberg: um curioso caso judicial chega aos tribunais dos EUA
Advogado de Indiana acusa a Meta de prejuízos por bloqueios recorrentes em sua página profissional no Facebook; detalhe: ele se chama Mark Zuckerberg
Depois de duas duras derrotas em poucas semanas, primeiro-ministro do Japão renuncia para evitar mais uma
Shigeru Ishiba renunciou ao cargo às vésperas de completar um ano na posição de chefe de governo do Japão
Em meio a ‘tempestade perfeita’, uma eleição regional testa a popularidade de Javier Milei entre os argentinos
Eleitores da província de Buenos Aires vão às urnas em momento no qual Milei sofre duras derrotas políticas e atravessa escândalo de corrupção envolvendo diretamente sua própria irmã
Como uma missão ultrassecreta de espionagem dos EUA levou à morte de inocentes desarmados na Coreia do Norte
Ação frustrada de espionagem ocorreu em 2019, em meio ao comentado ‘bromance’ entre Trump e Kim, mas só foi revelado agora pelo New York Times
Ato simbólico ou um aviso ao mundo? O que está por trás do ‘Departamento de Guerra’ de Donald Trump
Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva para mudar o nome do Pentágono para ‘Departamento de Guerra’
US Open 2025: Quanto carrasca de Bia Haddad pode faturar se vencer Sabalenka, atual número 1 do mundo, na final
Amanda Anisimova e Aryna Sabalenka se enfrentam pela décima vez, desta vez valendo o título (e a bolada) do US Open 2025
Warsh, Waller e Hasset: o trio que ganhou o “coração” de Donald Trump
O republicano confirmou nesta sexta-feira (5) que os três são os preferidos dele para assumir uma posição fundamental para a economia norte-americana
Como o novo pacote de remuneração da Tesla coloca Elon Musk no caminho de se tornar o primeiro trilionário da história
Com metas audaciosas e ações avaliadas em trilhões de reais, o CEO da Tesla, Elon Musk, pode ampliar seu império e consolidar liderança em carros elétricos, robótica e inteligência artificial
Quanto vale um jantar com Trump? Para Zuckerberg, Cook e figurões do Vale do Silício pode custar bilhões de dólares
Executivos das big techs estiveram reunidos na noite de quinta-feira (4) com o presidente norte-americano, que fez questão de reforçar o aviso: em breve o governo norte-americano taxará a importação de semicondutores
“O mundo deve escolher entre a paz e a guerra”, diz Xi Jinping em discurso aberto — mas um microfone capta o que ninguém deveria ter ouvido
A quarta-feira (3) foi marcada por um dos maiores desfiles militares que a China já fez e contou com a presença de dezenas de autoridades, entre elas Vladimir Putin e Kim Jong-un; enquanto a parada acontecia em Pequim, Trump usava as redes sociais para falar de conspiração
O quarteto fantástico contra Trump: como Xi, Putin, Modi e Kim articulam o novo eixo que quer tirar os EUA do tabuleiro global
Enquanto o republicano enaltece suas relações próximas com os presidentes de China, Rússia e Índia, eles se juntam ao líder norte-coreano para reforçar os planos de uma nova ordem mundial