Ações da Uber (U1BE34) despencam após prejuízo bilionário; entenda por que as perdas saltaram 5.490% em um ano
Empresa de transporte por aplicativo registrou prejuízo de US$ 5,93 bilhões no primeiro trimestre de 2022, 55 vezes maior na comparação anual
Esta quarta-feira pode até ser chamada de “Super Quarta”, mas definitivamente não está sendo nada “super” para a Uber Technologies (U1BE34). As ações da companhia estão derretendo, tanto lá em Nova York quanto aqui na B3, e a justificativa é uma só: o prejuízo multibilionário no primeiro trimestre de 2022.
Os papéis despencaram 4,65% no Nasdaq, o índice de tecnologia dos Estados Unidos, negociados a US$ 28,10. Enquanto isso, na bolsa brasileira, os BDRs da empresa (U1BE34) recuaram 6,46%, a R$ 34,44.
O prejuízo de bilhões da Uber (U1BE34)
Desde que foi criada, a Uber não conseguiu encerrar um trimestre com lucro. Porém, entre janeiro e março de 2022, as perdas dispararam 5.490% na comparação anual, para US$ 5,93 bilhões.
O montante é 55 vezes maior que o prejuízo de US$ 108 milhões visto no mesmo período do ano passado.
Segundo a empresa, o desempenho negativo pode ser explicado pelos seus investimentos de capital. A Uber cita as participações na Grab, uma companhia asiática de mobilidade e entrega, na Aurora, empresa de veículos autônomos, e na gigante chinesa Didi, a dona do rival 99.
Nelson Chai, diretor financeiro da Uber, disse que a companhia possui liquidez para manter suas posições e aguardar o momento ideal para vendê-las.
Leia Também
Receita maior no primeiro trimestre
Apesar do gigantesco prejuízo da empresa de transporte por aplicativo, a receita da companhia mais do que dobrou (alta de 136%) em relação ao primeiro trimestre de 2021, para US$ 6,85 bilhões.
A Uber (U1BE34) afirmou que está se recuperando das baixas durante a pandemia da covid-19 e não terá que realizar investimentos de incentivo “significativos” para evitar que os motoristas deixem a plataforma.
“Nossa necessidade de aumentar o número de motoristas na plataforma não é novidade nem surpresa... há muito trabalho pela frente, mas esta é uma máquina que está rodando”, disse Dara Khosrowshahi, diretor executivo da Uber.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) ajustado também fechou o primeiro trimestre de 2022 no campo positivo.
O indicador foi de US$ 168 milhões, revertendo o saldo negativo de US$ 359 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Indicadores operacionais da Uber (U1BE34)
A Uber (U1BE34) registrou aproximadamente 1,71 bilhão de viagens na plataforma durante o primeiro trimestre de 2022, o que representa um avanço de 18% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Os usuários ativos por mês da plataforma chegaram a 115 milhões, crescimento de 17% na comparação anual.
Durante a pandemia, o negócio de entregas da companhia, incluindo o Uber Eats, era responsável por grande parte das receitas da empresa.
Porém, neste trimestre, a Uber viu as receitas de mobilidade ultrapassarem as de entrega, com US$ 2,52 bilhões em mobilidade e US$ 2,51 bilhões em entrega, descontando impostos e taxas adicionais das reservas brutas.
“Nossos resultados representam o quanto nós progredimos na saída da pandemia e como o poder da nossa plataforma diferencia o nosso desempenho de negócios”, afirmou o diretor executivo da Uber, Dara Khosrowshahi.
Leia também:
- Marfrig (MRFG3) despenca 10% mesmo após um trimestre acima do esperado. Há oportunidade de compra?
- Dia ruim para a ITA: Compra suspensa e multa milionária voltam a assombrar empresa; entenda
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
