O que esperar dos shoppings no primeiro trimestre? Inter revisa estimativas e elege suas ações favoritas no setor; veja quais são
As administradoras não têm mais de lidar com as restrições de horário e lotação, mas novos desafios surgem na fase mais branda da pandemia de covid-19
Vacinas no braço, máscaras quase aposentadas, desfiles de Carnaval: 2022 ainda está no início, mas já deu vários indícios de que pode ser considerado o ano da “volta à normalidade”. E a notícia é especialmente celebrada pelos shoppings centers.
Isso porque, ao longo da pandemia de covid-19, o setor enfrentou um risco até então inédito: o de ter que fechar as portas. Agora, com a população novamente circulando (e comprando) nos espaços, as administradoras de shoppings tentam levar as finanças de volta ao patamar pré-coronavírus.
O problema é que, mesmo que a pandemia esteja numa fase bem mais branda no Brasil, ela deixou para trás alguns rastros que ainda pressionam a economia. A inflação elevada, que diminui o poder de compra dos consumidores, e o ciclo de aperto nos juros, responsável por encarecer o crédito, são os principais algozes do segmento.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Recalculando a rota
Considerando esse cenário, o Inter revisou suas recomendações e estimativas para as principais empresas de shoppings brasileiras.
“Apesar de expectativas positivas para o setor, o atual prêmio de risco requerido pelo mercado trouxe uma revisão baixista para os principais papéis do setor”, escreve o analista Gustavo Caetano, da divisão de equity research do banco, em relatório divulgado nesta quarta-feira (27).
Vale lembrar que o prêmio de risco mencionado é a relação entre as ameaças e o rendimento de um determinado investimento: quanto maior o prêmio, mais arriscado é o ativo.
Leia Também
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
No caso dos shoppings, o indicador considera outros fatores além dos macroeconômicos. Um deles é o possível aumento na inadimplência com o fim dos descontos nos aluguéis oferecidos aos lojistas durante a pandemia.
Ainda assim, há administradoras que podem contornar esse cenário e entregar valorização aos acionistas. “Alguns ativos permanecem com significativo desconto frente ao valor intrínseco estimado e por isso são vistos como oportunidade em termos de upside”, diz o analista.
As favoritas no segmento de shoppings
Para o Inter, essas companhias são Iguatemi (IGTI11) e Aliansce Sonae (ALSO3). O banco recomenda compra para ambas as ações, com preços-alvo de R$ 27 e R$ 31 por papel, respectivamente.
As cotações definidas para os próximos 12 meses projetam um potencial de alta de 28%, no caso do Iguatemi, e de 47,5% para Aliansce. O cálculo considera a cotação atual das ações.
Já brMalls (BRML3) e Multiplan (MULT3) já estão melhor precificadas pelo mercado, na visão do banco. Por isso, a recomendação é neutra nestes casos.
Iguatemi (IGTI11) — o luxo nos shoppings contra a inflação
Dentro do segmento de shopping centers voltados para alta e altíssima renda, o Iguatemi (IGTI11) é o preferido do Inter. Para o banco, seu trabalho com marcas exclusivas e o nicho de atuação ajudam a driblar a alta dos preços.
O portfólio premium “lhe confere uma demanda diferenciada junto ao público de renda A e B, gerando maior resiliência em vendas e poder de repasse mesmo diante do cenário de alta inflacionária e contração monetária”.
As vendas da companhia no primeiro trimestre somaram R$ 3,3 bilhões, de acordo com a prévia operacional, e vieram em linha com as expectativas do Inter, reforçando a tese de resiliência dos analistas.
Diante disso, o banco prevê que o Iguatemi reportará um crescimento de 72%, na comparação anual, na receita líquida do período, a R$ 244 milhões.
A projeção para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é ainda mais otimista e aponta uma alta de 99%, para R$ 151 bilhões. A empresa divulga os resultados em 3 de maio.
Aliansce Sonae (ALSO3) — alinhando as margens
A Aliansce Sonae (ALSO3), outra favorita do Inter no setor, já apresentou resultados próximos aos de 2019 no quarto trimestre do ano passado. Por isso, o banco espera que os números do início do ano superem o patamar pré-pandemia.
A expectativa é que a receita líquida cresça 58% na base anual e chegue a R$ 249 milhões entre janeiro e março. Assim como no caso anterior, a previsão para o Ebitda é de um avanço ainda maior: alta de 87% e R$ 150 milhões, com margem de 61%. O balanço da empresa será divulgado no dia 11 do próximo mês.
E a melhora nos indicadores financeiros não deve ficar restrita ao primeiro trimestre: “Com a melhora da pandemia, a empresa deve apresentar um crescimento sólido de receita nos próximos anos, principalmente com a maturação de seu portfólio e aquisição estratégica de novos negócios”.
O banco espera que a administradora de shoppings apresente uma “melhora generalizada” no desempenho operacional e alinhe suas margens às concorrentes do setor.
Além disso, o Inter considera que, com um caixa robusto e baixa alavancagem, a Aliansce tem espaço para expandir sua Área Bruta Locável (ABL) organicamente ou via aquisições.
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
