Pode vir quente, que o Nubank (NUBR33) está fervendo. O roxinho informou nesta segunda-feira (14) que está pronto para cumprir as novas exigências de capital do banco central para as fintechs — como são conhecidas as novas empresas de tecnologia que atuam no setor financeiro.
Cálculos do Goldman Sachs, com base em uma informação fornecida pelo próprio Nubank, mostram que, no pior cenário, o banco digital pode precisar de US$ 360 milhões (R$ 1,8 bilhão no câmbio atual) para atender a norma.
Mas o roxinho informou disse hoje que possui uma posição de capital forte e adequada à exigência do novo marco regulatório.
“Essa alteração não tem um impacto significativo no nosso modelo de negócios ou em nossa capacidade de crescimento”, afirmou o Nubank em comunicado.
Nubank e a exigência de capital
As estimativas do Nubank indicam que, ao final da implementação das novas normas, em janeiro de 2025, haverá uma exigência de capital para todo o conglomerado entre 10% e 15% maior do que o inicialmente previsto.
As estimativas preveem um aumento nas exigências de capital aplicáveis ao negócio de cartões de crédito, mas mantendo praticamente inalteradas as exigências de capital para os demais negócios.
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O Nubank diz ainda que uma avaliação mais detalhada dos efeitos do novo marco regulatório depende de outras normas do banco central, entre elas, o Edital de Consulta Pública sobre o cálculo do requerimento de capital das exposições ao risco de crédito.
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Regulação desagradou
O aperto na regulação era uma demanda dos grandes bancos, que reclamavam de uma suposta competição desleal, tendo em vista que fintechs como o Nubank cresceram, mas permaneciam com regras mais brandas.
No comunicado, o Nubank esclarece que o calendário de implementação das medidas foi alterado em relação à proposta inicial apresentada em novembro de 2020, o que resultou em uma exigência de capital menor em 2023 e 2024 do que a companhia esperava.
Mas o roxinho ressalta que, de 2023 a 2025, a regulação que exigirá das chamadas instituições de pagamentos crescente alocação de capital para fazer frente a maiores riscos operacionais, “diverge da proposta original do banco central, que havia desenhado uma regulação específica, proporcional e adequada para o mercado brasileiro, e incluía bancos pequenos e médios”.