Mubadala desiste de ocupar o trono da Zamp (BKBR3) e da compra do Burger King no Brasil
Após quase dois meses de tentativas, fundo dos Emirados Árabes Unidos desistiu da Zamp (BKBR3) por conta de entrave com a master franqueadora dos restaurantes
Após uma novela que durou quase dois meses, o Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, retirou sua oferta para comprar as operações da Zamp (BKBR3), dona do Burger King no Brasil.
O apetite deles até era maior do que o esperado, mas as dificuldades também se mostraram tão grandes quanto — alguns gestores já previam que o fundo não seria capaz de sustentar os entraves e retiraria a oferta, sem arrastar a briga de preço por muito tempo.
Em comunicado, a companhia aponta que o motivo da desistência é o fato de que a Restaurant Brands International (RBI), dona mundial das marcas Burger King e Popeyes, revelou apenas ontem alguns pontos contratuais que impedem que o negócio seja fechado.
Segundo a RBI, o fato de o Mubadala ter participação em outras empresas que possuem franquias de restaurantes poderia ferir cláusulas contratuais que impediriam a continuidade das operações. Assim, em caso de venda do negócio e descumprimento do contrato, a Zamp poderia até mesmo perder o direito de usar suas duas principais marcas no Brasil.
E foi assim que o Mubadala perdeu o interesse na compra, já que não faria sentido aumentar sua participação na empresa e correr o risco de não poder ser dono das redes Burger King e Popeyes por aqui.
Entenda a história
No último dia 12, o fundo surpreendeu o mercado e ofereceu R$ 8,31 por papel da Zamp, enquanto a anterior falava em R$ 7,55. No pregão de ontem, BKBR3 fechou a R$ 8,02. Se considerada a sessão de 29 de julho, a última antes da primeira oferta, o prêmio diante do preço final era de 34%.
Leia Também
Porém, nesta semana, a disputa pelo trono do Burger King mostrou-se mais acirrada: os detentores de 22,5% do capital da Zamp rechaçaram a nova investida do Mubadala pela empresa.
Entre os detentores desta fatia que não foram seduzidos pela nova oferta do fundo estão Atmos Capital Gestão de Recursos, Fitpart Fund Administration Services, BW GSS Fundo de Investimentos, Mar Asset Management, Vista Capital, Indie Capital e GTI Administração de Recursos.
No fim de agosto, uma primeira carta de parte deste grupo já havia sido enviada, avisando que não havia interesse em aceitar a oferta de aquisição do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos.
Diante de tantas recusas e dificuldades para que seu preço fosse aceito, o Mubadala desistiu do leilão da aquisição das ações ordinárias (OPA), perdendo a chance de controlar o Burger King no Brasil.
O interesse pela Zamp (BKBR3)
Essa fome do Mubadala pela Zamp considera, além dos fundamentos da empresa, um movimento que tem sido visto com maior frequência no mercado — o de fundos de private equity comprando fatias em empresas de capital aberto. O motivo, claro, é o preço baixo de um ativo com liquidez considerável, algo que não ocorre com companhias fechadas.
A primeira oferta do veículo foi feita em agosto, com o objetivo de comprar 45,15% das ações de emissão da companhia, ao preço de R$ 7,55 por ação, num negócio que movimentaria R$ 938,6 milhões.
Assim, o Mubadala se tornaria controlador da empresa, com 50,10% do capital social da operadora do Burger King.
O desempenho das ações
Tantas polêmicas e reviravoltas parecem não ter agradado os investidores, que hoje vendem BKBR3. Há pouco, as ações caíam 5,77%, cotadas a R$ 6,86.
No ano, os papéis da Zamp sobem 21,73%, enquanto a baixa no mês é de 6,54%, com dados do fechamento anterior.

De acordo com dados compilados pela plataforma TradeMap, das nove recomendações existentes para o papel, oito são de compra e uma é de manutenção.
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
