Até onde Mark Zuckerberg iria na disputa com o TikTok? Dona do Facebook está pagando para virar os americanos contra a rede social
Meta contratou uma das maiores empresas de consultoria do país para orquestrar uma campanha anti-TikTok nos EUA, incluindo fake news e notícias a favor do Facebook
Não é novidade para ninguém que a crescente popularidade do TikTok vem assustando Mark Zuckerberg. Mas até onde o dono da Meta/Facebook (FBOK34) iria na competição pela posição de rede social favorita dos usuários? Ao que parece, a resposta é: longe, bem longe.
A Meta está mobilizando uma campanha nos Estados Unidos para convencer a população que a rede social rival é uma ameaça às crianças americanas e virar o público contra o TikTok, de acordo com informações do jornal The Washington Post.
O Facebook está tão determinado em reconquistar público jovem que está pagando — muito dinheiro, diga-se de passagem — a Targeted Victory, uma das maiores empresas de consultoria do país, para orquestrar a campanha nacional.
A campanha de Zuckerberg contra o TikTok
A campanha da Meta usa os veículos da imprensa dos Estados Unidos para espalhar as campanhas anti-TikTok — e a Targeted Victory contratou dezenas de empresas de relações públicas no país para ajudar a influenciar a opinião pública contra o TikTok.
Basicamente, os esforços consistem em levantar suspeitas sobre o aplicativo chinês através de artigos de opinião e cartas ao editor nos meios de comunicação norte-americanos.
As notícias destacavam o TikTok como um aplicativo estrangeiro extremamente ameaçador, que coletava e compartilhava os dados dos seus usuários, que são, na maioria, adolescentes e jovens.
Leia Também
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
“A Targeted Victory precisa passar a mensagem que, embora a Meta hoje seja o saco de pancadas da população, o TikTok é a verdadeira ameaça, especialmente por ser um aplicativo de propriedade estrangeira que é o número 1 no compartilhamento de dados dos jovens que estão usando”, escreveu um diretor da empresa em um e-mail enviado em fevereiro.
Os profissionais de relações públicas que ajudaram nas campanhas contra o aplicativo chinês também conseguiram emplacar artigos de opinião contra o TikTok por todo o país.
Fake news e publicidade
Além disso, a campanha ligava a rede social a vídeos e desafios que incentivavam certos comportamentos perigosos para os adolescentes norte-americanos para representar os supostos danos gerados pelo aplicativo.
“Algum exemplo local de tendências/histórias ruins do TikTok em seus mercados?”, questionou um funcionário da Targeted Victory por e-mail.
Um exemplo disso é a notícia sobre uma suposta “trend” de “dar um tapa no professor” — que, na verdade, nunca existiu na plataforma, e os rumores sobre isso começaram no próprio Facebook.
“O sonho seria obter histórias com manchetes como 'Das danças ao perigo: como o TikTok se transformou na rede social mais nociva para as crianças'”, disse o funcionário.
A ideia era justamente pressionar os repórteres de política, legisladores e políticos locais para ajudar a derrubar o maior concorrente de Zuckerberg.
Também fazia parte das funções da Targeted Victory espalhar notícias e mensagens que beneficiassem a Meta e as empresas de sua propriedade em jornais locais, rádio e televisão.
Um dos exemplos foi a campanha do Facebook para apoiar negócios e empreendimentos de propriedade de negros.
“A Targeted Victory representa a Meta há vários anos e estamos orgulhosos do trabalho que fizemos”, afirmou a companhia.
A disputa entre o TikTok e a Meta por tempo de tela dos usuários
Não é à toa que Mark Zuckerberg está preocupado com a concorrência. Hoje, o Facebook é considerado “cringe” e deixado de lado por muitos jovens, com sua popularidade despencando entre os mais novos.
Então, a briga de gigantes pela atenção do público jovem e pelo tempo de rolagem nas redes sociais está entre o Instagram e o maior rival de Zuck, o TikTok.
Mas o aplicativo chinês está crescendo cada vez mais e, de acordo com um relatório interno, os adolescentes passam em torno de 26 horas na rede social.
Isso significa que os jovens gastam cerca de duas a três vezes mais tempo nele do que no Instagram, que ficou com apenas 8 horas da atenção dos adolescentes.
“As pessoas têm muitas opções de como querem gastar seu tempo, e aplicativos como o TikTok estão crescendo muito rapidamente”, disse Mark Zuckerberg.
*Com informações de The Washington Post
Leia também:
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
- Zuckerberg destronado: o que aconteceu para a Meta, dona do Facebook (FBOK4), sair da lista das dez maiores empresas do mundo?
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
