Dommo (DMMO3) salta quase 30% com possível venda no horizonte, e PetroRio (PRIO3) desponta entre os interessados; entenda
Segundo informações do Pipeline, a empresa contratou o Santander para conduzir as negociações e já tem acordos de confidencialidade assinados
A Dommo Energia (DMMO3) vinha tendo dificuldades para manter-se longe do rótulo de penny stock. Apesar de distanciar-se cada vez mais das controvérsias de seu fundador e ex-controlador, Eike Batista, as ações da companhia de óleo lutavam para superar permanentemente o patamar de R$ 1,00.
Nesta quarta-feira (13), porém, a empresa descobriu que, além do fim das polêmicas, faltava ainda um ingrediente na fórmula para o impulsionamento das cotações: o mistério.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Nada melhor para mexer com o ânimo — e o apetite — dos investidores do que a boa e velha possibilidade de venda de empresas. E, segundo informações do Pipeline, a Dommo está atrás de compradores, já tendo atraído pelo menos cinco interessados, entre eles a PetroRio (PRIO3).
Com isso, os papéis dispararam e estiveram entre as maiores altas do pregão de hoje. As ações DMMO3 encerraram o dia com alta de 28,23%, a R$ 1,59.
Santander à frente e NDAs assinados
O portal de negócios do Valor Econômico informa que a empresa, que está sob o controle da Prisma Capital desde o início deste ano, contratou o Santander para conduzir o processo de venda.
A gestora fundada por Marcelo Hallack, João Mendes e Lucas Canhoto é especializada em ativos problemáticos e complexos. Os fundos da casa investem em empresas em recuperação judicial, títulos de dívida com risco elevado de crédito e companhias com amplos desafios operacionais e financeiros, entre outras teses de investimento pouco ortodoxas.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Em outras palavras: a gestora é especialista em procurar ativos assimétricos, que ofereçam retornos altos e riscos não tão elevados. E a Dommo Energia, seja pela fraqueza operacional, pelas dificuldades financeiras ou pelo passado não muito nobre envolvendo Eike Batista, cumpre todos os requisitos.
Em janeiro, quando a mudança no controle foi anunciada, especulava-se que, por trás do interesse da Prisma estaria uma estratégia “a la SPAC”, sigla em inglês para Companhia com Propósito Especial de Aquisição. Ou seja, a Dommo poderia ser utilizada para atrair uma empresa fechada, mas que tenha interesse em chegar à bolsa sem as burocracias de um IPO.
A notícia da possibilidade de venda parece jogar por terra essa estratégia do SPAC. Mas, com ou sem ele, o mercado gostou da novidade. Confira o desempenho da companhia nos últimos 12 meses, com destaque para a escalada iniciada após a chegada da Prisma:
Agora, a estratégia parece ser outra. O Pipeline afirma que já há acordos de confidencialidade assinados e uma pequena fila de interessados no ativo.
Vale lembrar que a Dommo está com assembleia extraordinária marcada para o final deste mês. Mas, como a possível venda ainda está em fase inicial, o tema não deve entrar na pauta e as discussões estarão concentradas em um plano de opções de ações para remuneração dos executivos.
As mil vidas da Dommo Energia (DMMO3)
A antiga OGX captou R$ 6,7 bilhões em seu IPO, em 2008 — à época, era a maior abertura de capital já feita no mercado brasileiro. A empresa ainda estava em fase pré-operacional, mas as informações passadas por Eike aos investidores pintavam um quadro animador, com reservas comprovadas de mais de 10 bilhões de barris de petróleo.
Nos anos seguintes, a OGX e outras empresas do conglomerado de Eike captaram ainda mais dinheiro através de emissões de dívida. No entanto, conforme a petroleira mostrava dificuldade para começar a produzir petróleo, aumentavam as dúvidas quanto à veracidade dos dados apresentados pelo empresário. Uma bola de neve que culminou na perda de confiança do mercado e na quebra de grande parte das Empresas X.
Em 2013, a OGX deu entrada num pedido de recuperação judicial e trocou de nome, passando a se chamar 'OGPar' — uma tentativa de se dissociar da imagem de Eike. O processo de reestruturação terminou apenas em 2018, quando ocorreu uma nova mudança de identidade: nascia a Dommo Energia (DMMO3).
Isso, no entanto, não quer dizer que os problemas ficaram no passado: a Dommo ainda enfrenta inúmeras dificuldades, tanto no lado operacional quanto no financeiro. Ainda assim, a empresa teve lucro líquido de R$ 56,8 milhões em 2021 e Ebitda de R$ 162,5 milhões.
Atualmente, a Dommo opera apenas no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos — ela tem participação de 20% no ativo. No quarto trimestre de 2021, a fatia produzida que corresponde à companhia foi de 159,2 mil barris de petróleo.
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
