Vale (VALE3) tenta vender parte de seu negócio de metais de olho nas demandas que envolvem a transição energética
Montadoras e fundos soberanos do Oriente Médio estão examinando os ativos da Vale (VALE3), avaliados em US$ 2,5 bilhões
Interessada na demanda cada vez maior por baterias e outros equipamentos que auxiliem na transição para uma energia mais limpa, a Vale (VALE3) está tentando vender uma participação minoritária de seus negócios em metais. A fatia, entre 10% e 15%, é avaliada em US$ 2,5 bilhões.
Assim, a mineradora busca aumentar sua produção de cobre e níquel, mais demandados conforme a procura por soluções de energia limpa também crescem. A própria companhia estima que a demanda global por níquel irá crescer 44% até 2030.
Ainda que seja reconhecida por sua produção de minério de ferro, a Vale é hoje a maior mineradora de níquel fora da Ásia.
De acordo com o Financial Times, montadoras e fundos soberanos do Oriente Médio avaliam comprar essa participação na Vale, com previsão de que uma primeira rodada de licitações aconteça já no começo de novembro.
A grande jogada para a Vale está no fato de que a demanda global por cobre e níquel deve crescer muito nos próximos anos, enquanto a oferta será restrita por conta da escassez de novas minas no mundo.
O setor automobilístico está de olho neste cenário, já que precisa garantir acesso aos metais para fabricar veículos elétricos, que prometem ser uma tendência nos próximos anos.
Leia Também
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Um exemplo é a Tesla, que assinou um contrato de compra de níquel da Vale neste ano, com produção no Canadá. É também um sinal de como a montadora está buscando garantir cadeias de fornecimento de matérias-primas além da China.
É o níquel que garante a produção de baterias de íons de lítio para equipamentos eletroeletrônicos, com desempenho mais potente e maior alcance.
Hoje, a Vale também discute fornecer insumos para outras grandes companhias do setor como Ford, GM e Volkswagen.
Os planos da Vale (VALE3)
Além de procurar possíveis compradores para sua produção, a Vale também trabalha para transformar sua unidade de metais básicos como um todo, que inclui minas de cobre e níquel na Indonésia e no Canadá. A companhia ainda nomeou um novo chefe para essa unidade no fim do ano passado.
Esse quadro também alimenta a expectativa de recuperação dessa vertical de negócios da Vale, que passou por uma baixa de produção em 2021, fruto de uma disputa trabalhista no Canadá e um incêndio na mina de cobre de Salobo, no Brasil.
Por aqui, a Vale também reavaliou toda a estrutura de seus ativos de cobre e níquel, possibilitando que ela seja avaliada separadamente de seus negócios de minério de ferro — o que reforça a intenção de negociações envolvendo esse ativo. Basicamente, a unidade de cobre será transferida para a Salobo Metais S.A., enquanto o setor de níquel passará para uma nova sociedade, ainda a ser constituída.
Espera-se que, ao separar as estruturas, a Vale poderá destravar valor para as atividades de mineração e, ao mesmo tempo, levantar recursos para expandir os ativos de cobre e níquel.
Em comunicado, a companhia se limitou a dizer que de fato contratou assessores e que avalia "alternativas para destravar valor no longo prazo para seus acionistas".
A Vale reforça que nenhuma decisão foi tomada em relação ao assunto.
Segundo fontes consultadas pelo Financial Times, o Goldman Sachs estaria assessorando a mineradora na venda.
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
