Cury (CURY3) supera inflação e vence a última bateria de balanços das construtoras no quarto trimestre; veja o pódio completo
Entre tombos e desacelerações, a empresa encontrou estratégias certeiras para ultrapassar o obstáculo inflacionário
A trajetória das ações das construtoras na B3 pode ser comparada a uma corrida com obstáculos desde o início do ano passado. Além das próprias concorrentes do setor, a pandemia e a alta na taxa básica de juros brasileira (Selic) também surgiram como empecilhos no caminho de Cury (CURY3), Cyrela (CYRE3), Plano&Plano (PLPL3) e Eztec (EZTC3).
Os balanços do quarto trimestre das quatro empresas, divulgados ontem, mostraram que uma barreira que já vinha atrapalhando a vida das companhias ganhou ainda mais força e transformou-se no maior obstáculo no caminho para o ouro: o aumento dos preços das matérias-primas da construção civil.
- IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui!
Impulsionados pela inflação, os insumos construtivos pressionaram as margens brutas das construtoras, pegando as ações-corredoras pelo pé de apoio e derrubando as cotações.
Mas, entre tombos e desacelerações, uma dessas empresas encontrou estratégias certeiras para elevar a potência de seu salto e passou por cima do obstáculo inflacionário, terminando em primeiro lugar.
Com unidades mais caras e ajustes no mix de produtos oferecidos, a Cury foi medalha de ouro da corrida neste trimestre, segundo a XP. Cyrela e Plano&Plano aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, e completam o pódio formado pelos analistas da corretora.
Cury (CURY3) — margens saudáveis garantem medalha de ouro
Reportando receita líquida de R$ 491 milhões, alta de 42% na comparação com o mesmo período do ano anterior, a Cury não deu chance para a concorrência no quarto trimestre.
Leia Também
Ciente de que a inflação estaria mais alta e difícil de superar, a construtora não teve dúvidas e subiu também seu preço médio por unidade em 22,6%, para R$ 241 mil, a fim de impulsionar o salto sobre a barreira.
E a estratégia funcionou: a margem bruta ajustada foi de 38%, mais forte do que a esperada pela XP e apenas 0,4 ponto percentual menor na comparação anual. A leve queda representa uma raspadinha de tênis no obstáculo quando comparada aos números do restante do setor.
Os analistas da corretora também destacam o lucro líquido robusto de R$ 103 milhões — alta de 53% em relação aos últimos três meses de 2020 — e a geração de caixa sólida de R$ 92,7 milhões no trimestre.
“Assim, vemos a Cury como nossa top-pick e reiteramos recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 13,00 por ação.”
O valor considera um percentual de alta de 83,88% em relação à cotação atual dos papéis. As ações CURY3 operam a R$ 7,07 nesta sexta-feira (18).
Cyrela (CYRE3) — resiliência é medalha de prata
A incorporadora voltada para os segmentos de alto padrão e luxo apresentou números “resilientes” para a XP, com lucro líquido de R$ 218 milhões entre outubro e dezembro de 2021 — queda de 16,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A margem bruta da Cyrela avançou 1,6 ponto percentual no quarto trimestre, para 33,4%. Segundo a corretora, este é um número "saudável" considerando a pressão nos preços das matérias-primas do setor.
Para manter a saúde do indicador, a construtora contou, segundo os analistas, com lançamentos robustos e forte desempenho de vendas. “Além disso, a Cyrela registrou geração de caixa sólida de R$ 100 milhões, levando sua alavancagem a 4,1% dívida líquida/patrimônio líquido, o que vemos como saudável nesse ambiente desafiador”.
A XP também reiterou sua recomendação de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 33,00 por ação. Aqui o potencial de ganhos é de 113,73% em relação à cotação atual de R$ 15,44 hoje.
Plano&Plano (PLPL3) — resultados neutros atrasam a empresa na corrida
Medalha de bronze no pódio da XP, a Plano&Plano apresentou resultados neutros no quarto trimestre, indica a corretora.
Para os analistas, o desempenho foi resiliente quando se trata da receita líquida, que subiu 8% na comparação anual, para R$ 298 milhões.
Mas o indicador positivo foi ofuscado pela margem bruta fortemente prejudicada pela inflação. Marcando 31,4%, essa linha do balanço veio abaixo do esperado pela XP e 2,2 pontos percentuais menor do que no mesmo período de 2020.
Outro ponto negativo foi o crescimento da alavancagem da dívida líquida sobre o patrimônio líquido. A relação aumentou 6 p.p. na comparação com o trimestre imediatamente anterior, para 36%.
Ainda assim, a XP mantém uma visão “construtiva” para as ações no longo prazo e recomenda compra. O preço-alvo é de R$ 7 por ação e projeta alta de 166,16% quando comparado ao valor atual dos papéis PLPL3, cotados em R$ 2,63.
Eztec (EZTC3) — menção honrosa das construtoras
Última das companhias que divulgaram resultados ontem a ser analisada pela XP, a Eztec ficou de fora do pódio com resultados mais fracos do que o esperado.
Com vendas líquidas aquém do previsto, a companhia reportou uma receita líquida de R$ 176 milhões. O número veio 51% abaixo das estimativas da corretora e 33% menor do que o registrado no quarto trimestre de 2020.
Ainda assim, os analistas enxergam pontos positivos no balanço. A margem bruta, por exemplo, chegou a 43,7%, resultado 0,1 p.p. superior ao projetado. A posição de caixa líquido de R$ 868 milhões também foi classificada como “considerável” pela XP.
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
