Volta do happy hour impulsionou balanço da Ambev (ABEV3) e empresa vê lucro crescer quase 30%; XP recomenda compra das ações e lista motivos
O desempenho da empresa melhorou em relação ao ano passado, mas o futuro pode ser amargo demais até para os paladares mais aguçados
Descendo uma rodada de resultados positivos, a Ambev (ABEV3) tem motivos para comemorar. O fechamento dos bares durante a pior fase da pandemia pressionou as margens da empresa de bebidas nos últimos anos, mas os primeiros números de 2022 — como o lucro de quase 30% — descem redondos.
A dona de marcas como Skol, Brahma e outras cervejas populares reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,551 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 28,6% ante o apurado no mesmo período do ano passado.
A receita líquida também veio positiva e totalizou R$ 18,439 bilhões nos primeiros três meses do ano, um avanço de 18,5% (orgânico) frente ao mesmo período de 2021.
Volta aos bares impulsiona resultado da Ambev
A pior fase da pandemia de covid-19 manteve bares e restaurantes fechados por meses — o que também afetou o setor. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 30% dos estabelecimentos fecharam suas portas entre 2020 e 2021.
Em seu informe de resultados, a Ambev destaca a execução consistente da estratégia comercial nos mercados, e o retorno das ocasiões de consumo fora de casa no Brasil levaram a uma sólida performance de receita no trimestre.
Com a retomada das atividades presenciais — e consequentemente um chope após o expediente para distrair, como na música de Paulo Diniz cantada por Emílio Santiago — o faturamento da empresa também reagiu nos primeiros meses deste ano.
Leia Também
A “premiumização” da empresa
"Apresentamos um sólido desempenho comercial no primeiro trimestre, impulsionado pela execução consistente de nossa estratégia baseada em 'premiumização', inovação e plataformas tecnológicas”, comenta o comunicado da empresa.
Mesmo com um mês de janeiro bastante desafiador, continua, impactado por uma nova onda de variante de covid-19 e pelo cancelamento do carnaval no Brasil, nosso volume de vendas cresceu 3,6%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ambev somou R$ 5,522 bilhões, um crescimento de 10,2% (orgânico) ante o apurado no mesmo período do ano passado. Na comparação com o Ebitda reportado, o crescimento foi de 3,7%.
Mas o futuro é um pouco amargo demais
Quem pode jogar água no chope da Ambev é certamente um cenário nada favorável pela frente.
Para a XP, a inflação persistente e a pressão sobre os custos gerais de insumos devem limitar o bom desempenho da empresa daqui para frente. A casa de análise ainda pondera que a Ambev se mostrou resiliente à mudança de cenário, com uma adaptação rápida à nova dinâmica imposta pelo coronavírus.
A companhia destaca que, como esperado, as pressões de custo permaneceram, levando a um aumento dos custo dos produtos vendidos por hectolitro (CPV/hl), excluindo depreciação e amortização de 23,4% no trimestre, devido aos aumentos do preço das commodities já previstos.
As despesas gerais e administrativas (SG&A) cresceram 14,8%, impulsionadas pela inflação do diesel e compensado por uma redução das provisões de remuneração variável.
E isso se reflete nos números da Ambev
Segundo a companhia, a receita foi impulsionada principalmente pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 14,5%, com crescimento na maioria dos mercados América Latina Sul (LAS2) +40,8%, NAB Brasil +36,1%, Cerveja Brasil +13,7% e América Central e Caribe (CAC) +4,5%, enquanto no Canadá reduziu em 4,7%.
Este resultado, afirma, foi impulsionado principalmente pela performance no Brasil, onde a empresa foi capaz de "aproveitar o momento" com a retomada das ocasiões de consumo fora de casa em fevereiro e março.
No frigir das bebidas: recomendação de compra
Por último, a XP mantém a recomendação de compra das ações ABEV3, com preço-alvo em R$ 18,80. Nesta quinta-feira (05), os papéis da empresa são negociados a R$ 14,05 — o que representa uma alta potencial de 33,80%.
Na comparação com os últimos 12 meses, as ações caem 10,12% e são negociadas em queda de 1,81% hoje, acompanhando o fraco desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
