Além do Pronampe: saiba quais alternativas de crédito estão disponíveis para pequenos negócios
Os pequenos negócios correspondem a cerca de 20 milhões de empresas e são os que menos têm acesso ao crédito do país
Os pequenos negócios são uma das forças motrizes da economia brasileira, responsáveis por 70% da mão de obra empregada no país e quase 30% de toda a riqueza produzida, segundo o Sebrae.
Isso porque uma grande parcela dos empreendimentos são contemplados nesse grupo: microempresas, companhias de pequeno porte e microempreendedores individuais (MEIs). Ou seja, todos os negócios que possuem rendimento anual de até R$ 4,8 milhões — são cerca de 20 milhões de pequenos negócios no país.
Por outro lado, esses empreendimentos são os que menos têm acesso ao financiamento; um dos obstáculos é, no linguajar financeiro, a falta de histórico de crédito — o baixo valor do faturamento mensal ou a pouca transparência no caixa, com o uso de conta corrente física para operações da empresa, são obstáculos relevantes.
Outro fator determinante para esse gargalo é o tamanho das companhias em si. “Quanto menor o porte da empresa, mas difícil é o acesso ao crédito”, afirma Giovanni Beviláqua, coordenador de acesso ao crédito e investimento do Sebrae.
Apesar disso, o número de pequenos negócios que tomam crédito vêm crescendo desde 2016, com destaque para as microempresas, de acordo com o Sebrae.
No segundo trimestre deste ano, cerca de 7,3 milhões de empresas desse grupo buscaram um “acréscimo” às suas receitas, o que representou uma alta de 46,6% em seis anos — movimento favorecido pelos programas emergenciais durante a pandemia, como o Pronampe e o Peac.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: 46% da população sonha em abrir o próprio negócio. Mas qual é o perfil do empreendedor brasileiro? Confira
Alternativas de crédito para pequenos negócios
Contrair empréstimo ou financiamento no Brasil ainda é caro. De acordo com o Sebrae, as linhas de crédito tradicionais operavam com taxas médias de 35,3% ao ano no segundo trimestre deste ano, a depender do porte da empresa.
A principal modalidade de financiamento operada no Brasil é o capital de giro, que nada mais é do que empréstimo para atender as necessidades de caixa da empresa, como a compra de matérias-primas ou mercadoria e o pagamento de salários e fornecedores, com o prazo mínimo de um ano.
Durante a pandemia, outras linhas também ganharam protagonismo como o Pronampe e o Peac, ambas subsidiadas pelo governo e com taxas que costumam ser menores do que as praticadas no mercado — no comparativo, a taxa média do capital de giro, por exemplo, é de 18% ao ano, enquanto a do Pronampe é formada pela taxa Selic mais 6%.
“No Brasil, é mais comum a ideia de que para tomar crédito é necessário ir aos tradicionais bancos. Isso porque há um incentivo por conta das próprias instituições financeiras, voltadas para uma opção mais simples, como o cartão de crédito”, afirma Beviláqua.
Hoje, os bancos tradicionais ainda correspondem a 77% das operações de crédito. O coordenador do Sebrae explica, porém, que há formas de contrair empréstimos ou financiamentos além dos “bancões”.
“As cooperativas de crédito e as fintechs autorizadas pelo Banco Central para operar crédito — que são as sociedades de crédito direto e as sociedades de crédito, financiamento e investimento — oferecem taxas menores, justamente por serem voltadas para os pequenos negócios”, explica.
Em geral, as cooperativas oferecem juros 10 pontos porcentuais abaixo da média de mercado praticada pelos bancos comerciais. "É sempre importante saber quais são as instituições que ofertam créditos para pequenos negócios, quais são as condições dessas linhas, prazo de juros, justamente para poder tomar as melhores decisões".
Além disso, os pequenos negócios podem buscar financiamentos através de investidores.
Antes de procurar uma linha de crédito
A decisão de buscar uma linha de crédito para o pequeno negócio deve ser tomada após um estudo de caixa da empresa, alerta Giovanni Beviláqua, coordenador de acesso ao crédito e investimento do Sebrae.
"Muitos empreendedores acham que precisam de crédito, mas, à vezes, o que eles necessitam é olhar com mais cuidado para a gestão financeira do próprio negócio. [...] Em muitas vezes, uma pequena mudança no fluxo de caixa, seja no prazo de pagamento de fornecedores, seja a antecipação de recebimento dos clientes, já resolve o problema", afirma.
Contudo, se após a análise dos elementos que compõem a sustentabilidade financeira — contratos com os fornecedores, base de clientes, fluxo de entrada e saída de recursos —, contrair crédito continue sendo a única solução, o coordenador do Sebrae orienta que o pequeno empreendedor precisa:
- Ter certeza que o crédito é a melhor solução para o seu negócio e para quê o dinheiro é necessário;
- Busque informações sobre o mercado, alternativas de crédito que melhor se encaixem no perfil e necessidade da empresa, além de observar o cenário macroeconômico;
- Tente acompanhar as análises do momento do negócio — como controle de fluxo de receitas e despesas — e construa cenários para um melhor planejamento;
- Tenha sempre um bom plano de negócio;
- Alternativa de captar financiamento por meio de investidores.
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30