🔴 VOCÊ PODE RECEBER R$ 200 PARA INVESTIR EM ATIVOS DIGITAIS – ENTENDA COMO

A inflação surpreendeu até o presidente do Banco Central. Veja a melhor forma de investir diante da disparada dos preços

Persistente alta dos preços no Brasil e no mundo exige o investimento em ativos atrelados à inflação – ou resistentes a ela

12 de abril de 2022
6:32
Montagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), com chapéu de aviador olhando sorrindo para o lado
Alta da inflação pegou Campos Neto de surpresa - e agora compromete seu 'plano de voo'. - Imagem: Montagem Andrei Morais / Agência Brasil / Shutterstock/doomu

Se até o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, se disse surpreso com a inflação divulgada na sexta-feira da semana passada, qual o sentido de nós, investidores, não ficarmos também?

Não é uma exclusividade brasileira os patamares consideravelmente altos de inflação que estamos vivendo hoje. Por exemplo, nesta terça-feira (12), os EUA devem divulgar o seu índice de preços ao consumidor de março.

A estimativa de consenso é de um aumento de 8,4% na comparação anual, o mais alto em 40 anos, após um aumento de 7,9% em fevereiro.

Com a inflação nos EUA e globalmente subindo de forma relevante, os aficionados por história têm feito comparações com a década de 1970, quando a inflação explodiu e medidas dolorosas foram tomadas para reverter seu curso.

Ninguém quer revisitar estagflação dos anos 1970

A verdade é que ninguém gostaria de revisitar aquele período de estagflação (falta de crescimento e alta dos preços) e o nível de dois dígitos das taxas de juros que se tornaram uma marca registrada do esforço para quebrar a espiral dos preços.

Por aqui, o IPCA de março apresentou alta de 1,62% na comparação mensal, rompendo o teto das estimativas (1,44%) e acumulando 11,30% em 12 meses. Falamos aqui da marca mais elevada para um mês de março desde o Plano Real.

Leia Também

A inflação começa com muito dinheiro fazendo frente a poucos bens e então, só em um segundo momento, se não for devidamente controlada, se torna endêmica. Vale citar a frase do falecido Milton Friedman: "a inflação é sempre e em toda parte um fenômeno monetário de crescimento excessivo."

Reação à pandemia

O crescimento excessivo da oferta monetária (dinheiro na economia) atingiu novos patamares nos últimos anos, derivado de um esforço conjunto para combater a pandemia.

Assim, os Bancos Centrais agiram com rapidez e força, fornecendo enormes quantidades de liquidez e garantias ao sistema financeiro, o que foi fundamental para monetizar uma quantia exorbitante de gastos dos governos entre 2020 e 2021.

Acima, trouxe a evolução do IPCA acumulado em 12 meses, mostrando a aceleração dos preços em nosso país. Sim, os consumidores estão pagando muito mais pela maioria dos bens e serviços hoje em dia.

Tal elevação dos patamares de preço, como não poderia deixar de ser, provocou uma reação por parte de nosso Banco Central, que vem elevando a taxa básica de juro já há alguns meses. Embora isso possa conter o aumento dos preços, também tornará os empréstimos (financiamentos) mais caros (taxas mais altas).

Alta da inflação diminui demanda por empréstimos

Menor demanda por empréstimos é possível, pois consumidores e empresas podem adiar compras à medida que a acessibilidade se torna um problema. Isso normalmente resulta em uma recessão quando as taxas chegam ao ponto de desacelerar a atividade econômica.

Ao que tudo indicava, porém, teríamos apenas mais uma elevação de 100 pontos-base em maio, encerrando o nosso ciclo de aperto e nos dando uma vantagem competitiva relevante a outros players globais que começaram só agora o processo de subida dos juros.

Inflação compromete ‘plano de voo’

Agora, porém, a surpresa de março desafia o Comitê de Política Monetária (Copom) a puxar o juro acima dos 12,75% anteriormente contratados.

Vale destacar que ainda estamos com um histórico de 12 meses muito complicado, com contaminação da recuperação pós-pandêmica e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, que afeta principalmente combustíveis e alimentos.

Abaixo, separei os principais itens de inflação de 2021 — note como os bens inflacionados não estão passando por um arrefecimento, mas, sim, por uma continuidade da alta, em decorrência dos efeitos mais recentes da guerra na Ucrânia.

Em outras palavras, se a coisa já estava ruim em 2021, tem ficado cada vez pior em 2022. Claro, haverá um pico neste processo, como veremos a seguir, mas, ainda assim, o trajeto é doloroso para o consumidor brasileiro.

A inflação de 2022 deve acabar em algo entre 7% e 8%, acima do teto superior da meta, hoje em 5%. Mais uma vez o BC deverá enviar a carta se explicando sobre não ter entregado a meta contratada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o ano que vem, a situação parece mais bem ancorada por volta de 3,75%.

De todo o modo, é inegável que a situação seja preocupante.

A necessidade de mais juros, sendo que começamos a sentir os efeitos iniciais das primeiras altas do ano passado apenas agora, poderá ser bem problemático para a economia brasileira no longo prazo, em uma perspectiva mais estrutural.

Até entendo que devemos encontrar um pico até a metade deste ano, com algo por volta de 12% no IPCA entre abril e maio (devemos ter fatores desinflacionários agora, como a bandeira tarifária verde para a energia e a queda do dólar nos primeiros meses do ano), mas a herança desse processo ainda será sentida, em especial a falta de crescimento contratada para 2022 e talvez 2023.

Situação exige investimento em ativos indexados ou resistentes à inflação

Como a nova realidade é a de uma inflação preocupante ao redor do mundo, precisamos procurar por investimentos que tendem a ir bem num cenário de inflação mais salgada por mais tempo.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Particularmente, gosto dos títulos indexados, em especial uma combinação de mais curtos e longos (algo como IPCA+ 2026, IPCA+ 2035 e, em menor proporção, IPCA+ 2055).

Ativos reais também ganham destaque, como ações e imóveis (via FIIs também vale, inclusive os de papel, indexados à inflação), porque a médio e longo prazo deveriam caminhar nominalmente.

Por fim, um pouco de moeda forte e metal precioso, como ouro, pode compor bem em uma carteira diversificada.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Decisões de juros no Brasil e nos EUA são destaque em “Super Semana” de decisões de política monetária

16 de setembro de 2024 - 6:37

Além das decisões dos juros das principais economias globais, a agenda econômica também aguarda índices de inflação no Reino Unido, Zona do Euro e Japão

MAIS CARO

Fazenda atualiza estimativas e eleva previsão para inflação em 2024; veja quais são os ‘vilões’ do IPCA

13 de setembro de 2024 - 20:00

Segundo o boletim macrofiscal, a expectativa da Fazenda é de que a inflação volte a cair no acumulado em doze meses após outubro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA

13 de setembro de 2024 - 8:19

O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas  de juros norte-americanas

SOBE E DESCE

Itaú revisa projeção para Selic e agora vê juros a 12% em janeiro de 2025, mas espera dólar (um pouco) mais barato

12 de setembro de 2024 - 12:26

Relatório do banco aponta ciclo de alta da Selic até atingir certa desaceleração da economia, podendo voltar a cair no final do ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa

12 de setembro de 2024 - 8:10

Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A afirmação seguinte é verdadeira, e a anterior é falsa

11 de setembro de 2024 - 20:00

No início da semana, o Focus – que andava dormente em relação à Selic – trouxe um salto repentino de 10,50% para 11,25% ao final de 2024

REAÇÃO

‘Efeito Kamala’ faz bitcoin (BTC) cair após debate com Donald Trump, mas dado de inflação salva criptomoedas hoje

11 de setembro de 2024 - 14:45

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em agosto, em linha com as previsões

ELEIÇÕES NOS EUA

Kamala Harris domina debate, e Donald Trump demonstra pouco preparo, afirma analista Nate Silver – mas ele ainda enxerga disputa acirrada pela Casa Branca

11 de setembro de 2024 - 14:12

O bom desempenho de Kamala Harris durante o debate contra Donald Trump abre oportunidades para novos eventos. Democratas ainda enfrentam obstáculos na corrida eleitoral pela presidência dos EUA

CORRIDA À CASA BRANCA

Donald Trump vs Kamala Harris: os melhores momentos do primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA

11 de setembro de 2024 - 10:24

Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram pela primeira vez na corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos; os candidatos falaram sobre economia, guerra na Ucrânia e aborto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que dizer sobre Trump e Kamala? Em dia de inflação nos EUA, mercados reagem ao desempenho dos candidatos à presidência

11 de setembro de 2024 - 8:24

Além disso, os investidores aguardam os dados do índice de inflação dos EUA, o CPI, serão divulgados nesta quarta-feira, às 9h30

PREÇOS CAÍRAM

Morar e comer ficou mais barato: veja o que levou a inflação a cair pela primeira vez em mais de um ano. E agora, Campos Neto?

10 de setembro de 2024 - 10:47

O IPCA de agosto caiu 0,02% no mês de agosto; a mediana das projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast apontava para uma alta de mesma intensidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Debates e embates: Ibovespa acompanha IPCA de agosto em dia de debate entre Donald Trump e Kamala Harris

10 de setembro de 2024 - 8:11

Principal índice da B3 tenta manter os ganhos do dia anterior na esteira dos dados de agosto, que serão conhecidos às 9h desta terça-feira

ACABOU O APETITE?

Stuhlberger pessimista com a bolsa. Por que o fundo Verde reduziu exposição a ações brasileiras ao menor nível desde 2016 depois da pernada do Ibovespa em agosto

9 de setembro de 2024 - 12:29

Para a gestora do lendário fundo, a situação fiscal do Brasil encontra-se na “era da política pública feita fora do Orçamento”

NÃO DEU PRA SEGURAR

Boletim Focus se rende ao mercado e eleva projeção da Selic para 2024 pela primeira vez em onze semanas 

9 de setembro de 2024 - 10:31

Com isso, a perspectiva de juros passou de 10,5% ao ano para 11,25% ao ano, uma alta de 0,75 ponto percentual (p.p.)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA

9 de setembro de 2024 - 8:15

Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Inflação e prévia do PIB são destaque nesta semana, com decisão de juros do BCE no radar

9 de setembro de 2024 - 6:22

Também acontece nesta semana a publicação dos números de inflação dos Estados Unidos, medidos pelo CPI

REVISÃO DE DADOS IMPORTA

A chance de um corte de juros mais intenso nos EUA aumentou? Economistas dizem o que esperar depois do payroll

6 de setembro de 2024 - 11:14

Reação do mercado leva em consideração a revisão dos dados de postos de trabalho criados em junho e julho, segundo o payroll

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ajuste seu alarme: Resultado do payroll define os rumos dos mercados, inclusive do Ibovespa; veja o que esperar

6 de setembro de 2024 - 8:11

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano será decisivo para antecipar o próximo passo do Fed

POLÍTICA MONETÁRIA

O Copom “errou a mão” nas decisões de juros? Diretor do Banco Central revela perspectivas sobre Selic, inflação e intervenções no câmbio

5 de setembro de 2024 - 17:53

Segundo Diogo Guillen, a visão do Copom não mudou em relação a fazer o que for necessário para convergir a inflação à meta de 3% ao ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa repercute cardápio de notícias locais e dados sobre o mercado de trabalho dos EUA

5 de setembro de 2024 - 8:13

Números do governo central e da balança comercial dividem atenção com Galípolo, conta de luz e expectativa com payroll nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar