🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Os rumos das moedas: quais devem ser os próximos passos do dólar, do euro e do real

Normalmente são os mercados emergentes que arcam com o peso de um dólar forte, mas não é o que ocorre dessa vez

13 de setembro de 2022
6:10 - atualizado às 13:28
dólar euro
Imagem: Shutterstock/Júlia Shikota - Imagem: Imagem: Shutterstock/Júlia Shikota

Da mínima recente, o euro já sobe mais de 2,5%. O fortalecimento da moeda europeia chama a atenção, principalmente por acontecer pouco depois da desvalorização da divisa para abaixo da faixa de US$ 1.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem acompanhou mais de perto sabe que os europeus tiveram uma desvalorização cambial considerável ao longo dos últimos meses, muito por conta da saída de recursos do continente.

Os investidores estão preocupados com as sucessivas crises sobre o bloco econômico e não perdem tempo em retirar os recursos. Como podemos ver abaixo, os europeus passaram pelo pior episódio de saída de recursos desde 2016.

Fonte: BofA

A consequência foi a perda de valor do euro, que alcançou seu patamar mais baixo em 20 anos — moedas fiduciárias reagem à percepção de vigor da economia subjacente. Não há escapatória com guerra, inflação e possibilidade de recessão.

Fonte: Bloomberg

Os investidores que procuram um bom retorno sobre a dívida do governo sempre buscam o juro real mais elevado. Quando o Federal Reserve aumenta as taxas de juros, os investidores transferem os recursos para os EUA, impulsionando o dólar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o que explica o fôlego recente do euro?

Bem, à medida que a situação energética na Europa ficou mais complicada, os membros do Banco Central Europeu (BCE) elevaram o tom de sua postura monetária agressiva, apresentando um aumento de 75 pontos-base na última quinta-feira.

Leia Também

O maior aumento dos juros nos 24 anos de história da instituição se deu em resposta à alta do custo da energia, que constitui o principal fator para que a taxa de inflação da zona do euro chegasse a 9,1% em agosto.

Em outras palavras, o banco central está tentando fazer com que a inflação não fique fora de controle. Dessa forma, a autoridade monetária europeia deverá aumentar ainda mais as taxas de juros, porque a inflação continua muito alta.

Tanto é verdade que a própria presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou pelo menos mais duas reuniões com elevações dos juros, embora tenha sinalizado também que provavelmente serão menos de cinco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, se antes o euro estava fraco por conta da situação de crise da Zona do Euro, enquanto outras potências centrais, como os EUA, já subiam os juros e atraíam capital, agora o jogo começa a mudar.

Ainda que o aumento dos custos de empréstimos eleve o risco de que a zona do euro entre em recessão, fazendo com que o banco central reduza drasticamente as projeções de crescimento para o próximo ano, o sacrifício se faz necessário.

Com juros mais elevados, seria natural esperar uma resiliência maior do euro, que mesmo com a recuperação recente ainda cai mais de 10% em 2022. Entendo ser válido esperar a marginal apreciação da moeda europeia, mesmo que pouca coisa.

Argumento pelo fato de ser marginal porque o Federal também está apresentando uma postura bastante agressiva. A próxima reunião do Fed sobre taxas de juros será no dia 21 de setembro, quando devemos ter mais uma alta de 75 pontos-base.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso confirmada, será a terceira vez seguida que a autoridade monetária americana eleva em 0,75 p.p. o juro básico da economia dos EUA. O movimento se dá à luz dos direcionamentos recentes dos membros do Fed.

Há preocupações de que, se o Fed for muito agressivo, isso possa levar a uma recessão. Ao mesmo tempo, a força do mercado de trabalho dá certa margem para uma postura contracionista, normalizando a política monetária.

Quem arca com o peso do dólar forte?

Neste caso, o dólar americano ainda deveria permanecer forte no mundo (iene e franco suíço). É curioso. Normalmente são os mercados emergentes que arcam com o peso de um dólar forte. Não é o caso dessa vez.

Tradicionalmente, um dólar forte machuca os países menos favorecidos que devem cumprir suas obrigações de dívida em dólares e dependem dos EUA para a importação de alimentos. Mas algo diferente tem acontecido em 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, o dólar está se valorizando mais em relação às moedas das economias ricas do que às dos mercados emergentes, como o real. Isso acontece porque os bancos centrais dos países emergentes também estão se restringindo monetariamente.

Como os países desenvolvidos mantêm taxas de juros relativamente baixas mesmo com o aperto, o diferencial de juro real se mantém interessante para emergentes, não permitindo que haja muita fuga de capital. O real, por exemplo, se valoriza em 2022. 

Fonte: Trading View

As autoridades do Fed disseram que provavelmente continuarão com os aumentos das taxas em 2023, então há pouco alívio chegando. Contra moedas desenvolvidas, o dólar pode subir ainda mais, ainda que marginalmente.

Contra o euro, boa parte da desvalorização já aconteceu, permitindo que a política mais restritiva do BCE consiga impedir novas quedas da moeda europeia. Contra o real, contudo, a história é diferente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos últimos cinco anos, nossa moeda se desvalorizou em mais de 60% contra o dólar. Foi só agora que voltamos a ganhar um pouco de tração. Considerando que a inflação será um "não-evento" (representa mais ruído do que sinal), o real pode se manter forte.

Não entendo que seja o caso de uma grande valorização da moeda brasileira, mas pelo menos há espaço para que ela continue entre R$ 5,00 e R$ 5,50 contra o dólar de maneira mais estrutural do que pensamos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

13 de novembro de 2025 - 6:03

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

EFEITO MCMV

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques

12 de novembro de 2025 - 20:03

A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora

APURAÇÃO SEU DINHEIRO

O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”

12 de novembro de 2025 - 13:45

Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis

SEGUNDA OFERTA DE AÇÕES

Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa

12 de novembro de 2025 - 12:11

A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores

ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar