XP ainda vê algumas ações na B3 mais atrativas que a renda fixa mesmo com a Selic em 13,75%; confira a seleção da corretora para 2023
Para a corretora, uma boa carteira composta por ações defensivas pode ter um prêmio de risco superior ao da renda fixa

Investir na renda fixa é inevitável com a taxa básica de juros (Selic) a 13,75% ao ano? A XP acredita que não. De fato, as aplicações mais conservadoras devem seguir ganhando protagonismo, como foi ao longo de 2022.
Mas para o estrategista-chefe da corretora, Fernando Ferreira, o patamar atual do Ibovespa — na faixa dos 110 mil pontos — é atrativo e traz oportunidades mesmo com a incerteza com relação à política econômica que será adotada pelo governo eleito.
A XP aponta que o múltiplo preço/lucro da bolsa brasileira está 40% abaixo da média dos últimos 15 anos, o que dá atratividade às ações locais, com um prêmio de risco (rentabilidade menos a taxa de juro real) de 8,9%, superior à média histórica — uma oportunidade.
Para a corretora, o Ibovespa deve terminar o próximo ano no patamar dos 125 mil pontos — cerca de 15% superior ao atual. O número, no entanto, foi revisado para baixo após a reação negativa do mercado ao plano de expansão de gastos públicos para os próximos anos.
"Para o próximo ano, temos uma visão um pouco mais cautelosa para a Bolsa brasileira como um todo, considerando os riscos de uma recessão global e, na parte doméstica, dúvidas sobre quais serão as políticas no próximo governo", aponta.
O movimento em direção à bolsa em momentos de instabilidade pode ser contra-intuitivo para muitos investidores. Nathália de Sá, analista de alocação e fundos da XP, aponta que isso acontece pois muitos dão grande importância para o passado — principalmente o resultado dos últimos 12 meses —, e acabam deixando de olhar para o futuro e as oportunidades que podem surgir nesse período.
Leia Também
Tesouro Direto pagará R$ 153 bilhões aos investidores em maio; veja data de pagamento e qual título dá direito aos ganhos
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Onde investir em 2023?
Apesar de acreditar nas oportunidades que estão disponíveis na bolsa brasileira, é bom lembrar que o cenário global e doméstico é adverso — assim, a corretora não indica investimentos em empresas ou setores mais arriscados ou de pouca liquidez.
Na visão do estrategista-chefe da XP, o foco deve estar em papéis mais defensivos, sólidos e capazes de pagar bons dividendos no próximo ano. Assim, é melhor que o investidor evite empresas em processo de reestruturação expressiva, altamente endividadas e com baixa lucratividade.
Para 2023, as apostas principais se concentram em commodities, teses de crescimento pouco correlacionadas com o crescimento econômico e preços atrativos de ativos de qualidade. Perguntado sobre setores específicos, o estrategista-chefe mostrou preferência por três setores — financeiro, shoppings centers e elétrico.
Dentre os bancos brasileiros, a preferência da casa é pelo Itaú Unibanco (ITUB4), uma vez que Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Santander (SANB11) se encontram em posições mais delicadas com relação ao crescimento da inadimplência.
Ferreira aponta também que apesar de o Banco do Brasil (BBSA3) apresentar múltiplos atrativos, a preferência é deixar estatais fora da carteira até que se tenha uma noção mais concreta dos planos do governo eleito.
Com relação aos shoppings centers, a aposta é no segmento de alta renda — com Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3) apresentando bons resultados, mas ainda sendo negociadas com múltiplos descontados. Outro setor atrativo é o elétrico, representado pela Eletrobras (ELET6).
Confira algumas outras projeções da XP Investimentos para 2023:
- Ibovespa: 125 mil pontos
- Câmbio: R$ 5,30
- Selic: 13,75%
- Inflação: 5,4%
- PIB: 1%
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Focus prevê IPCA menor ao final de 2025, mas ainda acima do teto da meta: veja como buscar lucros acima da inflação com isenção de IR
Apesar da projeção de uma inflação menor ao final de 2025, o patamar segue muito acima da meta, o que mantém a atratividade dessa estratégia com retorno-alvo de 17% e livre de IR
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Após vazamento, XP admite acesso indevido a base de dados, mas nega ataque hacker: o que sabemos até agora
A falha só foi comunicada aos clientes um mês depois do ocorrido. À reportagem do Seu Dinheiro, a XP nega que seus sistemas ou recursos tenham sido comprometidos