Petrobras (PETR4) diz que nada muda na política de preços, mas comunicado confuso abre a porta para maior poder do conselho na tomada de decisões
Com a Petrobras (PETR4) sob intenso ataque, o mercado monitora de perto as possíveis interferências estatais na companhia
No início desta tarde (27), a Petrobras (PETR4) teve as suas negociações interrompidas na B3: um Fato Relevante foi arquivado na CVM com o mercado em pleno funcionamento. E o assunto, uma atualização quanto à política de preços, deixou os investidores em alerta.
Só que a comunicação da Petrobras não foi exatamente clara. O documento informa que o conselho de administração aprovou uma nova diretriz para a formação das cotações no mercado interno; ao mesmo tempo, ratificou que a diretoria da estatal é responsável pela execução da política de preços.
E, para arrematar, o comunicado disse que a Petrobras sempre tem em mente o objetivo de “otimizar a geração de valor ao acionista”. Mas, então, como é que a coisa vai funcionar?
Bem, vamos voltar algumas páginas. Nos últimos dias, após meses de ataques do governo federal ao modelo atualmente empregado pela Petrobras, houve ruídos quanto a uma possível mudança nos responsáveis por autorizar os reajustes.
Atualmente, essa diretriz cabe à diretoria executiva, composta em sua maioria por nomes técnicos e executivos, como o CEO, o CFO e o diretor de logística. Mas, levantou-se a possibilidade de o conselho de administração — um órgão com maior interferência da União — assumir essa função.
Assim, apesar de manter a política de preços atual, a diretriz publicada hoje formaliza que os conselhos de administração e fiscal passam agora a ter um papel de supervisão dos reportes trimestrais, que precisarão ser apresentados pelos executivos.
Leia Também
Petrobras (PETR4): qual o risco?
Em uma primeira leitura, o comunicado pareceu não trazer grandes mudanças: a redação confusa não ajudava a compreensão do que foi anunciado. E, após uma rápida conversa com diversas fontes do mercado, ficou claro que o fato relevante deixou uma pulga atrás da orelha de muitos.
Isso porque, na percepção da maior parte dos especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, o texto não é claro. Segundo Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, é passível da interpretação de que toda a decisão sobre os preços de petróleo e derivados terão de ser validados pelos conselhos fiscal e de administração antes de serem efetivados.
Você pode ler o fato relevante divulgado nesta tarde, assim como a nova diretriz — basta clicar neste link.
Em outras palavras: apesar de não alterar a política de preços atual, o comunicado abre uma fresta de possibilidade para que o conselho — e por tabela, a União — exerça um papel mais significativo nessa tomada de decisão.
Rafael Passos, sócio-analista da Ajax Capital, acredita que essas medidas não devem ter um impacto imediato nos resultados da Petrobras ou em sua capacidade de distribuição de dividendos, mas o ruído no entorno da estatal deve prevalecer.
Mas, como as decisões de preço são técnicas, dificilmente o conselho deve se opor à diretoria, por mais que exista uma pressão do governo para segurar os reajustes.
“Eles não podem violar o estatuto da Petrobras e muito menos a Lei das Estatais. Esses documentos resguardam, por ora, esse risco. A verdade é que, para o governo, é mais fácil mexer no conselho do que na diretoria”, aponta o gestor.
Em meio às dúvidas, o mercado assumiu uma postura neutra: as ações da Petrobras, que operavam perto da estabilidade nesta terça-feira (27), continuaram próximas do zero a zero após a divulgação do fato relevante.
Por volta de 16h, os papéis PETR4 avançavam 0,30%, a R$ 33,89, enquanto as ações PETR3 tinham leve alta de 0,71%, a R$ 31,23.

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
