Fim do bear market e a hora do varejo: no Market Makers, as expectativas da Encore e da Versa para a bolsa
João Luiz Braga, da Encore, e Luiz Alves Junior, da Versa, foram os convidados do Market Makers na semana, passando suas visões para a bolsa
A temporada de balanços do segundo trimestre de 2022 trouxe um sinal importante para João Luiz Braga, gestor da Encore: os ventos estão mudando — as notícias ruins, afinal, pararam de derrubar a bolsa.
Ele compara o comportamento de ações americanas na publicação de resultados corporativos mais recente com o que foi observado no primeiro trimestre.
Na temporada passada, as ações das empresas caíram com força após a divulgação — tanto que um cálculo da FactSet mostrou que, em média, as empresas reportaram resultados piores do que o esperado. Mas, agora, mesmo com os números ainda mostrando que as companhias passam por um momento complicado, as ações estão subindo.
“Tende a ser o final do bear market”, disse o gestor, durante o episódio #07 do Market Makers.
Caso essa tendência se confirme, em qual área estariam as oportunidades na bolsa brasileira? Para Luiz Alves Junior, da Versa, há boas chances delas estarem no varejo.
Os gestores compartilharam sua visão sobre o mercado — e suas apostas na bolsa — com os apresentadores do Market Makers, Thiago Salomão e Renato Santiago. Abaixo, trazemos alguns detalhes sobre a conversa, mas você pode ouvir o podcast na íntegra aqui:
Leia Também
Sinais, fortes sinais
Dá para afirmar, com todas as letras, que a era do urso nas bolsas chegou ao fim? Ainda não — mas Braga vê alguns indícios de que, talvez, o mercado de ações tenha atingido o piso.
No mês passado, o S&P 500 acumulou alta de 9,1% — curiosamente, a mesma leitura da inflação americana em junho, no acumulado em 12 meses. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve elevou os juros e sinalizou novos apertos monetários, contratando uma recessão no curto prazo. Mas nada disso atrapalhou a bolsa.
“Achei brutal esse movimento de alta, que foi 100% técnico. Se brincar, o pior já passou”, afirmou o gestor da Encore.
O cenário macro atual fez Braga deixar a carteira do Encore Ações FIC FIA mais pulverizada; o motivo é que há muitos papéis baratos.
“Imagine que você entrou no supermercado agora e está tudo a metade do preço. O que você vai comprar? Apenas o melhor: lagosta, filé mignon…”, disse Braga no programa.
E, para ele, o Mercado Livre é o prato nobre das varejistas na sua carteira atual — e está num grupo de ações que ele define como as “atacantes” do fundo, responsáveis por 25% da alocação.
Além dela, Petz (PETZ3), Totvs (TOTS3) e Localiza (RENT3), entre outras, compõem esse grupo.
O varejo do Grupo Soma (SOMA3) e Marisa (AMAR3)
Se Braga elegeu o Mercado Livre como seu filé mignon varejista, Luiz Alves, da Versa, escolheu o Grupo Soma (SOMA3) e as Lojas Marisa (AMAR3).
Ele explica que o Grupo Soma está com margens altas e um bom retorno sobre o capital investido, mas a ação segue abaixo do preço do dia seguinte à fusão com a Hering. Por isso, Luiz acredita numa retomada.
Ao mesmo tempo, ele vê a Marisa num momento parecido com o da Locamérica, uma posição passada do Versa Long Biased que se multiplicou por 20.
“A Marisa estava muito mal operada, passou por um processo de repaginação e hoje é uma mini Renner. Isso se reflete nas vendas e na margem”, explicou Luiz.
Para saber mais detalhes sobre as teses de investimento de João Luiz Braga e Luiz Alves Junior, veja o episódio #07 do Market Makers:
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
